Meu limão, meu limoeiro

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Olá!

Primeira vez por aqui, espero que gostem <3

Para: a Rainha e a Mary , que me mostraram o primeiro conforto.


•*'¨'*•.☆••☆.•*'¨'*•


Harry andava para lá e para cá com toda a astúcia e coragem que uma criança de 5 anos teria, olhando atentamente para os puffs e caixas de papelão dispostas pelo seu quarto de brinquedo.

Olhos verde-grama escaneavam centímetro por centímetro de todo o carpete macio, em outros momentos, ele procurava em espaços pequenos que teria por ali. As bochechas inchadas e a língua para fora expressavam sua concentração.

Onde será que ele se meteu?

O dragão não poderia ser tão bom em esconde-esconde, poderia?

Segurando firmemente sua doninha de pelúcia, Lupin ouve uma risada bem baixinha vinda de trás da estante de livros. Tão baixinha que teve que se esforçar para ouvir de novo, e aí sim atacar sua vítima.

Determinado, ele encara confiante, a grande pintura de flores de jacarandá que circundavam com delicadeza o móvel, e se moveu até lá.

Calado, ele conseguia ouvir a risada cada vez mais alta, já se preparando para pegar o seu amigo. Passo por compasso, suas pantufas iam até lá.

Um, dois, três...

— BU! - Harry fala, e Draco gargalha enquanto fingia susto.

O loiro pega impulso e se joga em cima do amigo, fazendo os dois caírem em cima de um leão de pelúcia gigante.

— Você me pegou!

— Eu te peguei!

Eles se encaram seriamente, até explodirem em outra gargalhada gostosa de se ouvir.


"Os meninos se conheceram no parquinho em frente à casa onde Sirius e Remus moravam, quando curiosamente os Malfoy se mudaram para ali devido uma oferta de emprego que Lucius não poderia recusar.

Narcissa havia levado Draco para conhecer a pequena e aconchegante praça, e esperou seu menino terminar sua caça enquanto lia um livro.

— Menino bonitinho, menino bonitinho, onde tá você? - A criança loira murmurava pelo parque, e avistou o menino brincando no balanço de pneu, que era pendurado num galho firme dum grande limoeiro que havia ali.

Draco havia observado o garoto durante a manhã, mas só agora tinha encontrado a coragem para falar com ele.

As sardas do menino enfeitavam o nariz reto e parte das bochechas coradinhas da pele morena. O cabelo terracota tinha ondas tãão bonitas, e parecia macio apesar de ser bastante desgrenhado.

Chegando pertinho, ele parou na frente do moreno, e aguardou pacientemente para falar com ele.

— Oi! - Diz ele.

— Oi! - Responde o menino.

Um momento silencioso, preenchido pela brisa leve com cheiro cítrico, vindo das folhas do limoeiro.

— Sou Draco Malfoy, você quer ser meu amigo? - Perguntou, movendo seu braço para oferecer sua mão.

A palma suava, o coração batia com medo da rejeição, a outra mão estendida na frente de seu corpo quase desistindo da posição. Ele jurava que poderia desmaiar durante aquele momento.

E uma outra mão cobre a sua.

— Harry Lupin-Black!

Um sorriso tão doce e iluminado preencheu o rosto de Draco, e uma risada chama sua atenção.

— O que é engraçado?

— Você parece um pequeno príncipe! É muito bonito – Harry elogiou, e o rosto do loirinho se avermelhou como rosas.

Analisando de novo o rosto do seu, agora, amigo, Malfoy sorri ainda mais e mostra uma doce covinha na bochecha esquerda.

— O que é engraçado?

— Seus olhos brilham demais! É muito bonito.

Assim, a família Lupin-Black e Malfoy não tiveram opções a não ser assistir enquanto Harry Lupin-Black e Draco Malfoy se encontravam pela primeira vez, e desde então as crianças não se desgrudaram."


Abraçados e atentos, os meninos brincavam de "quem pisca primeiro?".

— Draco? - Uma voz chamou do quarto, e o Malfoy só resmungou baixinho, nunca se desconcentrando.

— Sim, tio Pads?

O homem sorriu e admirou silenciosamente os dois pacotinhos de amor no meio da brincadeira. Obviamente, ele tinha uma pose a manter e não ditou seus pensamentos em voz alta.

Mas ele podia muito bem pensar nos apelidos mais doces e bobalhões na segurança de sua mente fenomenal, obrigado.

— Sua mãe chega em 15 minutos, você já arrumou suas coisas?

Como em um susto, Draco assopra os olhos de Harry e se levanta rapidamente, jogando o amigo no chão no processo enquanto pegava os brinquedos que havia trago, ignorando o olhar indignado do moreno em sua direção.

— Hey, isso é trapaça! - Reclamou.

— Em nenhum momento eu disse que não podia trapacear! - Retrucou.

Harry fez cara feia e mostrou a língua, e tudo que recebeu em troca foi um beijo na bochecha.

Resmungando sobre como crianças excessivamente adoráveis derretiam seu coração de pedra, Sirius fechou a porta silenciosamente. 

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