Olá!
Primeira vez por aqui, espero que gostem <3
Para: a Rainha e a Mary , que me mostraram o primeiro conforto.
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Harry andava para lá e para cá com toda a astúcia e coragem que uma criança de 5 anos teria, olhando atentamente para os puffs e caixas de papelão dispostas pelo seu quarto de brinquedo.
Olhos verde-grama escaneavam centímetro por centímetro de todo o carpete macio, em outros momentos, ele procurava em espaços pequenos que teria por ali. As bochechas inchadas e a língua para fora expressavam sua concentração.
Onde será que ele se meteu?
O dragão não poderia ser tão bom em esconde-esconde, poderia?
Segurando firmemente sua doninha de pelúcia, Lupin ouve uma risada bem baixinha vinda de trás da estante de livros. Tão baixinha que teve que se esforçar para ouvir de novo, e aí sim atacar sua vítima.
Determinado, ele encara confiante, a grande pintura de flores de jacarandá que circundavam com delicadeza o móvel, e se moveu até lá.
Calado, ele conseguia ouvir a risada cada vez mais alta, já se preparando para pegar o seu amigo. Passo por compasso, suas pantufas iam até lá.
Um, dois, três...
— BU! - Harry fala, e Draco gargalha enquanto fingia susto.
O loiro pega impulso e se joga em cima do amigo, fazendo os dois caírem em cima de um leão de pelúcia gigante.
— Você me pegou!
— Eu te peguei!
Eles se encaram seriamente, até explodirem em outra gargalhada gostosa de se ouvir.
"Os meninos se conheceram no parquinho em frente à casa onde Sirius e Remus moravam, quando curiosamente os Malfoy se mudaram para ali devido uma oferta de emprego que Lucius não poderia recusar.
Narcissa havia levado Draco para conhecer a pequena e aconchegante praça, e esperou seu menino terminar sua caça enquanto lia um livro.
— Menino bonitinho, menino bonitinho, onde tá você? - A criança loira murmurava pelo parque, e avistou o menino brincando no balanço de pneu, que era pendurado num galho firme dum grande limoeiro que havia ali.
Draco havia observado o garoto durante a manhã, mas só agora tinha encontrado a coragem para falar com ele.
As sardas do menino enfeitavam o nariz reto e parte das bochechas coradinhas da pele morena. O cabelo terracota tinha ondas tãão bonitas, e parecia macio apesar de ser bastante desgrenhado.
Chegando pertinho, ele parou na frente do moreno, e aguardou pacientemente para falar com ele.
— Oi! - Diz ele.
— Oi! - Responde o menino.
Um momento silencioso, preenchido pela brisa leve com cheiro cítrico, vindo das folhas do limoeiro.
— Sou Draco Malfoy, você quer ser meu amigo? - Perguntou, movendo seu braço para oferecer sua mão.
A palma suava, o coração batia com medo da rejeição, a outra mão estendida na frente de seu corpo quase desistindo da posição. Ele jurava que poderia desmaiar durante aquele momento.
E uma outra mão cobre a sua.
— Harry Lupin-Black!
Um sorriso tão doce e iluminado preencheu o rosto de Draco, e uma risada chama sua atenção.
— O que é engraçado?
— Você parece um pequeno príncipe! É muito bonito – Harry elogiou, e o rosto do loirinho se avermelhou como rosas.
Analisando de novo o rosto do seu, agora, amigo, Malfoy sorri ainda mais e mostra uma doce covinha na bochecha esquerda.
— O que é engraçado?
— Seus olhos brilham demais! É muito bonito.
Assim, a família Lupin-Black e Malfoy não tiveram opções a não ser assistir enquanto Harry Lupin-Black e Draco Malfoy se encontravam pela primeira vez, e desde então as crianças não se desgrudaram."
Abraçados e atentos, os meninos brincavam de "quem pisca primeiro?".
— Draco? - Uma voz chamou do quarto, e o Malfoy só resmungou baixinho, nunca se desconcentrando.
— Sim, tio Pads?
O homem sorriu e admirou silenciosamente os dois pacotinhos de amor no meio da brincadeira. Obviamente, ele tinha uma pose a manter e não ditou seus pensamentos em voz alta.
Mas ele podia muito bem pensar nos apelidos mais doces e bobalhões na segurança de sua mente fenomenal, obrigado.
— Sua mãe chega em 15 minutos, você já arrumou suas coisas?
Como em um susto, Draco assopra os olhos de Harry e se levanta rapidamente, jogando o amigo no chão no processo enquanto pegava os brinquedos que havia trago, ignorando o olhar indignado do moreno em sua direção.
— Hey, isso é trapaça! - Reclamou.
— Em nenhum momento eu disse que não podia trapacear! - Retrucou.
Harry fez cara feia e mostrou a língua, e tudo que recebeu em troca foi um beijo na bochecha.
Resmungando sobre como crianças excessivamente adoráveis derretiam seu coração de pedra, Sirius fechou a porta silenciosamente.
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Meu Limoeiro
Short StoryQuando a promessa de algo eterno é escrito nas raízes dum pé de limão.