O meu pé de Jacarandá

164 50 122
                                    

Olá!

Segunda vez, nesse eles estão um pouco mais velhos, quebra de tempo até o feriado de Natal. Espero que gostem!!

Para: A Sah, a Lalah e a Cap, que me trouxeram tartarugas e flores <3

•*'¨'*•.☆••☆.•*'¨'*•

— O que aconteceu? - Narcissa perguntou preocupada.

— Ele está assim desde o começo das férias, especificamente quando vocês viajaram. - Remus explicou. - Harry adoeceu de saudades, e só hoje se sentiu confortável o suficiente para vir na praça.

O menino brincava sozinho no balanço do limoeiro, balançando tristemente seus pezinhos cobertos sob a neve rala e o cascalho. O barulho dos galhos ao mover balanço era agudo, como se mesmo ele chorasse pela falta do menino dos cabelos platinados.

Moony não havia mentido, Harry realmente havia adoecido durante o feriado, principalmente nos primeiros dias.

A criança não levantava da cama e não tinha ânimo para brincar, o que era um baque para quem conhecia o menino extrovertido. Sorrisos grandes e doces eram difíceis de arrancar, e a única coisa que o animou parcialmente foi o dia seguinte à véspera de Natal, quando finalmente pode abrir seus presentes.

"— Draco não me mandou "Feliz Natal"? - Perguntou o mini-Lupin com a voz amuada.

Ele já tinha desembrulhado seus presentes, e o seu favorito havia sido a cobra de pelúcia que ganhara de Lucius Malfoy, animal a qual carinhosamente nomeou de Meliel.

Em uma troca de olhares, Remus rapidamente pegou o menino no colo e Sirius se sentou na frente deles.

— Ele disse que vai dar o "Feliz Natal" e o seu presente quando chegar de viagem, meu neném. - Explicou.

Ele poderia sim chamar seu filho de neném, mesmo que Harry já tivesse seus 6 aninhos de idade.

Harry Black-Lupin será sempre seu eterno filhote.

— Eu não quero presentes, eu quero o Dragão! - Rebateu emburrado.

— Mas você sabe que não pode tê-lo agora, então seja um bom garoto. - Remus retrucou em voz doce, apesar de ter um leve tom de advertência. - Agora, porque você não vai terminar o presente dele enquanto eu converso com seu pai sobre assuntos chatos?

Mais do que feliz em se retirar do recinto, Harry correu felicíssimo até seu quarto para terminar seu incrível trabalho manual, que conseguiu fazer com a mínima ajuda de Moony e Padfoot!"

— Onde está Draco, querida? - Lucius perguntou logo após beijar sua esposa, se sentando ao lado da senhorita Malfoy e de Lupin-Black.

— Tentando surpreender Harry.

Passos macios eram silenciados pela neve rasa e fofa, um menino de olhos cinzas andava lento e precisamente em direção ao seu melhor amigo, ele para rapidamente para colocar um embrulho vibrante atrás de uma árvore.

Como um gato se preparando para atacar a vítima.

Chegando por trás, mãozinhas enluvadas taparam os olhos verdejantes do amigo por trás dos óculos, e sussurrou em voz arteira:

— Adivinha quem é?!

— Meu Dragão!

Em um pulo mal calculado, Harry pula do balanço e rapidamente se joga no melhor amigo, que já o esperava de braços abertos, aguardando o gostoso abraço que só ele tinha, não se importando com o baque dos dois corpos na neve.

Duas risadas preenchem o ambiente branco daquele pequeno parque, e o sorriso do menino de cabelos escuros era quente e brilhante o suficiente para derreter toda a geada que ali havia.

— Feliz Natal, Draco!

— Mas já é dia 28, Harry.

— Não tem problema, sem você aqui meu Natal não foi Natal, então agora é, Feliz Natal!

Rindo da explicação boba do amigo, Draco deixou um beijinho na bochecha do Lupin-Black, e se levanta, indo buscar um embrulho verde e prata que havia deixado parcialmente escondido.

— Toma! É pra você, Hazz. - Disse ele entregando o presente.

Olhos verdes e felizes brilharam de deleite quando viu o pacote brilhante. Mas rapidamente se recompôs e foi correndo até a sua casa para buscar um pacote vermelho e dourado.

— Pra você, Dragão! - Falou quando entregou o embrulho, sorrindo mais feliz quando viu a felicidade no rosto de seu amigo.

Abrindo ansiosamente o presente, Malfoy rasgou com cuidado o embrulho e se deparou com uma das suas coisas mais favoritas do mundo inteiro:

Uma tartaruga de costura um pouco torta e casco em cores leves de verde e tom de musgo, patinhas fofinhas, olhos cor de terracota e sorrisinho puxado com a língua para fora.

— É uma taraguga! - Exclamou Harry enquanto mostrava alegremente seu trabalho, e falava como fez isso e quando encaixou aquilo.

Draco, de tão feliz, não corrigiu a fala do amigo, e abraçou com todo o amor a tartaruga que havia ganhado.

— Ela é perfeita, eu adorei Harry! - Draco sorriu brilhantemente – Sua vez de abrir o seu!

Assentindo, o mini-Black rapidamente pegou seu embrulho e rasgou o papel brilhante agressivamente, até encontrar uma coroa de flores falsas, trançada firmemente e um pouco gasta dos lados.

As flores eram em tons azulados, roxos e púrpura, e se destacavam com o verde-vivo das folhas e ramos do acessório.

— É uma réplica de flor de Jacarandá, uma árvore que tem lá no Brasil - Apresentou – As flores de verdade não iriam durar, então pedi à mamãe para que comprasse as falsas e eu pudesse fazer pra você.

Com a mãozinha na boca, Harry não conseguia esconder seu choque ou felicidade, e colocou delicadamente a coroa em seus cachos negros, ajeitando precisamente onde queria que ficasse, e todo seu rosto se iluminou quando ele finalmente terminou de coloca-la.

— Draco... esse é o melhor presente de todos os tempos! - Exclamou, enquanto pulava – outra vez – em cima de seu melhor amigo. - Eu te amo tanto, taaanto!

— Eu te amo ainda mais, um monte assim!

O sorriso dos dois, brilhantes e inocentes, seria o suficiente para o mais santo dos anjos pecar ou o mais bárbaro dos demônios pedir por salvação.  

Meu LimoeiroOnde histórias criam vida. Descubra agora