Conhecendo o passado

141 32 3
                                    


-Não eu não posso fazer isso-digo encarando Sushi que me lança um olhar debochado-não é da minha conta, se ela quisesse que eu soubesse teria me contado.

Bufo irritada e me sento na minha cama puxando meu computador para meu colo, abro o mesmo e entro no navegador,encaro Sushi novamente e seu olhar é como se duvidasse de mim, volto a atenção para meu computador e encaro a barra de pesquisa.Vamos Wanda,é só pra matar a curiosidade. Digito o nome da Natasha e pondero se devo ou não pesquisar,Sushi solta um miado como se me encorajasse e convencida aperto o botão de pesquisar.

Meus olhos se arregalam com a primeira notícia que aparece, decido clicar nela e sinto que se eu arregalar os olhos mais um pouco eles vão saltar para fora do meu rosto. Leio a noticia e a cada paragrafo sinto meu coração apertar dentro do peito, as palavras corem soltas por meu pensamentos, como um lembrete que eu deveria ter ficado na minha e não pesquisado nada.

Assassinados.

Familia Romanoff.

Sobreviventes.

Natasha.

Brutal.

A sangue frio.

Balanço a cabeça tentando afastar essas palavras e passo para uma próxima notícia, dessa vez mais recente, de quando Natasha tinha 16 anos, enquanto leio a notícia algumas fotos de Natasha vão aparecendo, em uma ele está cercada de policiais, seu olhar é assustado e seus cabelos estão molhados, em outra suas pupilas estão dilatadas, quase que tomando conta de toda a parte verde de seus olho, em uma das mãos ela segura um saquinho que parece ter alguns comprimidos dentro, eao julgar pelo fundo da foto, ela está em uma balada, em uma outra Natasha está desacordada no colo de um homem que a encara com preocupação.

Olho espantada para todas as fotos e tenho vontade de chorar, tanto pelo que eu li, tanto pelas fotos, saio do site e abro em um de três anos atrás que parece ser uma biografia de Natasha.Descubro que ela é da linhagem da família real que no passado já governou a rússia, neta do atual presidente da rússia e que vem vem de uma família podre de rica que lidera o mercado de vodca, petróleo,e são donos da maior rede particular de ensino na rússia, a irmã mais nova de quatro, única a dos filhos a nascer menina, e o fato que me deixou mais surpresa, Natasha é dona de duas ONG'S, uma para proteção de jovens LGBT e outra para proteção e auxílio de jovens viciados em drogas. Sinto meu coração acelerar quando leio essa última parte e uma onda de...orgulho atravessa meu corpo ao saber que Natasha se preocupa com alheios.

Não tenho muito tempo para explorar essa emoção , pois uma Natasha bicuda entra no quarto, fecho meu computador rapidamente e ela me olha desconfiada, coro e desvio o olhar.

-O que você está escondendo?

-N-Nada-digo colocando o computador de lado e me levantando-só estava conversando com meu pai.

Ela me encara desconfiada mas dá de ombros, suspiro aliviada e a encaro enquanto ela tira o tênis e logo em seguida se deita na propria cama, sendo recebida por uma Sushi resmunguento.

-Como foi seu dia?-pergunto me sentando na beira de sua cama.

-Uma merda-ela diz acariciando a cabeça de sushi-Laura me obrigou a comer, todas as refeições do dia, e eu quase apanhei da mesma, quando me recusei a comer a salada do almoço, vou denunciá-lo por maus tratos-Natasha diz com um bico na ponta dos lábios e eu sorrio-sem contar que os professores deram lição para um caralho.

Me aproximo me deitando ao seu lado, tomando cuidado para não esmagar Sushi e ela me encara corando, sorrio para ela e coro também ao perceber que nossos rostos estão muito perto.

-E o seu?

Ela pergunta me pegando de surpresa.

-O mesmo que o seu, óbvio, ninguém me forçou a comer nada, só Visão que está testando minha paciência-digo bufando-eu gosto dele, de verdade, mais não do jeito que ele gosta de mim, mas ele parece não ter entendido.

Natasha cai na gargalhada e eu faço bico.

-Não tem graça, Nana.

-Desculpa, tem sim.

Eu belisco sua barriga e ela para de ri e me lança um olhar irritado.

-Por que me beliscou?

-Por que eu quis.

Ela bufa me fuzilando com os olhos e eu solto uma risadinha vitoriosa, aproximo nossos corpos mais ainda e a envolvo em um abraço, seus corpo se enrijece, mas minutos depois ela relaxa se deixando ser abraçado, tiro coração, não sei de onde, e beijo o topo de sua cabeça, ela não recua ou reclama, sorrio e a aperto mais contra mim, sussurrando baixinho em seu ouvido:

-Eu estou aqui, Nana, caso precise conversar.

Ela parece saber do que eu estou falando pois levanta um pouco a cabeça para me encarar e sorri como se soubesse o que eu estava pesquisando no computador.

-Obrigado Wanda.

For youOnde histórias criam vida. Descubra agora