11° Capítulo

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Emma Elizabeth

Já é segunda e estou chegando de uma reunião do almoço com Connor quando recebo uma ligação assim que estamos saindo do elevador.

"Alô?" Flo atentando a ligação.

"Oi Emma, quanto tempo."

A pessoa do outro lado fala e paro de andar na hora, travo no lugar e fico em silêncio alguns minutos.

'Haryt? mas... o que?" fico confusa.

Assim que Connor ouve eu falar o nome do nosso chefe ele vem até mim e pega na minha mão.

" Emm, calma." Fala baixo só pra eu ouvir.

"Quero uma reunião com você, tenho que conversar com você querida."

Haryt sempre me considerou uma filha, mas ele sabe como sou, sempre foi carinhoso comigo e fico feliz em ter um carinho assim.

"Cla... é claro, me manda por mensagem quando e vou aí." Digo já sentindo minha boca seca.

" Tá bom querida, tenha uma ótima tarde, até." desliga

Connor me analisa e olha pra Ana, ela também está me olhando, ignoro eles e vou para minha sala.

" Você está bem Emma?, está pálida." Pergunta Ana com uma voz meiga. Paro no meio do caminho e a respondo.

"Estou Ana, é só impressão sua." Lhe dou um sorrisinho e passo pela mesa de James, que ainda não chegou do seu almoço.

Entro no sala e me sinto sufocada, olho em volta e vou até o mini bar pegar uma água.

Sinto alguém atrás de mim e me viro dando de cara com um Connor preocupado.

"Emm calma, eu tô aqui ok? respira." Tenta me acalmar.

Dou um gole na minha água e percebo algo que até agora não tinha percebido.

Olho para minha mão que está começando a tremer.

" Que droga, Connor, por favor, sai."

Eu não gosto de deixar ninguém me ver assim, nem meus amigos, me sinto fraca quando dou uma crise porque eu fico tão sensível, sempre dou uma de durona e feliz para todos, mas não é bem assim.

Começo a sentir falta de ar, e logo depois vem uma tontura e quando me desequilíbrio Connor me segura e me leva para o sofá, eu sento-me e coloco meus cotovelos no joelho abaixando minha cabeça tentando respirar e ficar calma, droga, nem é 14h ainda.

"Emm vem comigo, olha pra mim, por favor, olha." diz e eu me viro já sentindo as lágrimas queimar meus olhos.

"Isso, vem comigo inspira e expira. "Fala e faço o que está pedindo, aos poucos vou me acalmando mas continuo a tremer.

"Ok, foi só uma crise, ta tudo bem." Falo abaixando a cabeça e encarando minhas mãos.

" Ei, tudo bem?" Pergunta Connor e me viro pra ele.

"Está sim, obrigada, eu só..."

"Não precisa me falar Emm, quando estiver pronta, lembra? sempre vou estar com você." Pega na minha mão dando um leve aperto.

"Você é o melhor Salvatore." digo lhe dando um sorrisinho, já ele fica me olhando sério.

" Salvatore é teu rabo!" diz falando firme e começo a rir, ele odeia quando chamo ele assim, mas o que posso fazer? ele parece um pouco com o Damon, e fora que a personalidade é a mesma.

" Você deveria me agradecer, isso é um elogio cara, aquele homem é maravilhoso, eu choro só de pensar que nunca vou dá uma sentada nele. "

Connor solta uma risada gostosa de se ouvir, era poucas vezes que esse homem ria assim.

" Você é uma safada, não sei porque chama John de putinha sendo que você é mais safada que ele Emm." Se levanta e vai  até o bar buscar uma bebida, e pela garrafa que pegou, só tem álcool.

"Agora, me fala o que aconteceu pra você ter uma crise e me deixar assustado." coloca a mão esquerda no bolso da calça,  fica ereto e sério na hora, desgraçado de lindo, pena que vejo ele como um irmão.

Fico tensa, mas ele não vai sair daqui sem uma resposta.

"Haryt me ligou, e pediu pra conversar com ele, uma reunião pra ser mais clara. " digo e solto um suspiro, queria me levantar e andar pela sala, mas minhas pernas não me obedece.

Connor fica me olhando em silêncio, quando acho que ele não vai falar nada ele solta.

"Você está bem agora?."

"Sim, só estou... em choque, depois de três anos Connor, eu não sei o que quer, ele não vai me forçar a nada, ele disse pra ir no meu tempo, mas e se ele quiser saber? não estou pronta." Falo essa última parte mais para mim do que pra ele, passo a mão no cabelo aflita.

"Vai para casa, me ligue se precisar de algo, ok? e ele não vai forçar nada Emm, ele sempre foi muito cuidadoso com você, e sabe que ele te considera uma filha."

"É, talvez eu só esteja pensando demais. Vou juntar minhas coisas e vou."

"Isso, vou chamar um Uber, você não está na condição de dirigir. "Vem até mim e beija minha testa com carinho.

Connor vai até a porta e abre a mesma mas não dá nenhum passo. Ele me olha e vejo que está lutando contra algo.

"Eu vou com você, assim que ele mandar o dia e a hora, me fala, e não vem falar que não precisa, eu vou!. " e sai, me deixando ali pensando.

NUNCA VOU TE DEIXAROnde histórias criam vida. Descubra agora