Uma das primeiras lembranças que Kiara teve quando era pequena foi de ficar abaixada escondida em um cômodo junto aos irmãos, disseram para ela que iam brincar de esconde-esconde e ficaram ali por muito tempo, amedrontados pelos gritos de horror que saíam do lado de fora. Quando enfim a mãe deles teria aberto a porta, estava cansada e o corpo dela empapada de sangue e feridas a dava um aspecto assustador, mas esta sorriu de uma felicidade intensa e se sentou de joelhos para abraçar suas crianças, chorando:
- Está tudo bem...ninguém mais machucará vocês agora
Kiara ainda era muito pequena para entender o que parecia ter acontecido ali, ou o que realmente teria acontecido, mas a irmã mais velha começou a chorar e em seguida o irmão também, como uma reação em cadeia Kiara foi junto. Mamatori, o apelido carinhoso que davam a mãe, sobreviveu mesmo muito machucada saindo com cicatrizes enormes, tendo que os dois mais velhos cuidar de toda a situação enquanto a mãe estava acamada, cuidar da casa, da mãe, da mais nova, fazer comida, matar monstros que invadiam feito praga o quintal em busca de frutas, era cansativo mas dividindo para dois dava para manejar. Kiara? Coitada, agora que os dois estavam muito ocupados e a mãe passava quase todo o tempo na cama, ela então ficava sozinha consigo mesmo observando os céus e como os pássaros voavam alto.
Ela queria conversar com os pássaros e perguntar como ser livre, obviamente ninguém na casa deixava mas agora que ela tem um tempo sozinha então enfim pode ir em direção a varanda e observar os animais voadores por ali. Eles ainda estavam muito altos e lhe foi avisada severamente que não poderia ir além disso, mas a ousadia infantil dela impediu de lembrar desses avisos, e Kiara revelou suas asas assim as estendendo completamente as asas e subindo a varanda ela respirou profundamente antes de pular, começando a bater as asas com força e aproveitar o vento que soprava para a fazer subir, e não é que quando esta menos percebeu, de fato estava voando junto aos pássaros e esta abriu um enorme sorriso nos lábios, rindo surpreendida que conseguia chegar longe mesmo tão nova:
- Hey! Vocês mesmo, olhem para mim!
Falou com os pássaros e eles que voavam em bando a encararam por alguns segundos antes de mudar a rota, a pequena criança de cabelos alaranjados tentou ir com eles porém o vento soprou forte rápido demais para ela manter o equilíbrio, e a inexperiência da jovem fez ela rapidamente cair ao chão, batendo a cabeça. Quando esta abriu os olhos ela não reconhecia os imensos campos verdes que existiam ao redor da habitação dela e nenhum rosto familiar, apenas um imenso corredor de paredes escuras e pessoas andando lentamente para frente, e quando a criança se virou para tentar sair dela ela bateu a testa em outra parede que impedia sua saída. Estava assustada demais e aquelas figuras estranhas apenas a faziam ter ainda mais medo, em resposta a isso as penas dela começaram a brilhar intensamente a tornando uma luz incandescente, e assim esta seguia em frente correndo enquanto gritava por algum rosto conhecido. No fim do túnel não encontrou mais as figuras fantasmagóricas, apenas um imenso espaço aberto como uma caverna oca, um rio além do que os olhos enxergariam, e um barco com duas pessoas dentro vestidas de mantos pretos, Kiara ainda brilhava quando chegou perto da borda e viu um deles se levantar e estender a mão para a criança:
- Entre, não tenha medo, eu lhe garanto que para o seu tipo ficará tudo bem - 3 metros de altura e o rosto escondido pela manta mas mesmo assim ela se sentiu calma, a voz daquele homem a manteve contida e ao menos confiante de que ficaria tudo bem. A criança pegou na mão dele e entrou junto do barco assim se assentando num canto oposto a da outra pessoa de manta, eram do mesmo tamanho e segurava um tipo de mini-foice, silenciosa mas perceptível que encarava a de asas laranjas, foi aí que Kiara percebeu que ainda estava com as asas de fora. O barqueiro pôs o remo na borda e empurrou para seguirem o rio, ele continuamente balançava o remo na água num ritmo calmo, não tendo pressa alguma de chegar ao outro lado:
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Contos e mitos: Hololive fanfic
FanfictionOs deuses a muito abandonaram a Terra, e assim a humanidade ficou em "paz", porém quando criaturas destrutivas emergem e o equilíbrio se encontra quase em ruínas todas terão que formar um time sólido, ou o resultado será obscuro. Acompanhe as cinco...