Capítulo 3

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"Quanto mais me despedaço, mais fico inteira e serena."
- Cecília Meireles

"- Cecília Meireles

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1 ano atrás

Me espreguiço esticando os braços, cada pedacinho do meu corpo dói, acho que estava tão enferrujado que nem nos meus dias mais intensos de academia tenho estado tão dolorido. Viro de lado, abrindo os olhos, constatando que Adriano não está ao meu lado, franzo o cenho, mas não me alarmo de imediato. Aspiro profundamente, sentindo o cheiro do meu sabonete no ar, então sorrio feito um bobo, lembrando de tudo o que fizemos durante toda a madrugada.

Todos os cômodos da minha casa foram palco para nossas loucuras. Eu fui chupado, mordido, devorado... Adriano é um homem completo na cama, me satisfez de forma tão espetacular como jamais tinha acontecido, geralmente é bem difícil encontrar alguém que complete você em todos os sentidos entre quatro paredes, que esteja disposto a tudo sem ressalvas. Foi assim nas várias vezes que transamos, tudo muito intenso e sem reservas, literalmente entre tapas e beijos. Eu só conseguia pensar que todos os outros homens estariam ferrados depois de Adriano, porque o meu nível de exigência subiu para uns noventa por cento depois dele.

Ele é uma mistura de agridoce que me faz sorrir, é um sabor que adoro quando a mistura do sal com açúcar explodem na boca de forma louca e confusa, causando uma sensação indescritível nas papilas gustativas. Escolhi a palavra certa para definí-lo, ele é agridoce de muitas formas, pois fui dominado e cuidado em proporções idênticas; durante o ato sexual era tudo muito quente e selvagem, mas bastava estarmos satisfeitos para que eu fosse coberto de carinho, cuidado e beijos, muitos beijos. Não conversamos muito, nem deu muito tempo, é engraçado que mesmo diante da louca maratona sexual que tivemos, nos momentos silenciosos regados à muita atenção e carinho, dividimos muitos elogios com nossos olhares profundos. Cheguei até a pensar que Adriano também era muito carente, por mais louco que seja chegar a esse denominador, principalmente por não conhecê-lo, entendi que o médico gostava de dar e receber carinho, como se fosse algo que faltasse constantemente na sua vida, porque ele é atencioso demais nesse sentido.

Em algum momento, perto de amanhecer o dia, acabei cochilando agarrado a ele, um dos muitos cochilos que tiramos para nos recuperarmos. Não faço ideia de que horas seja, não sei onde meu celular possa estar, quero apenas encontrar o fugitivo e me deliciar outra vez em seu corpo, quem sabe até mesmo convidá-lo para passar o dia aqui comigo, inclusive, poderíamos ir até uma cachoeira aqui perto, onde tem um restaurante simples e que eu adoro ir aos fins de semana de solidão. É um bom lugar, como estamos em baixa temporada de visitação é bem reservado, dá para fazer churrasco, levar algumas bebidas e apreciar as águas claras e deliciosas que descem pela cachoeira pacata, é um programa diferente, talvez ele goste por ser afastado de tudo.

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