O assassino está de volta

311 28 31
                                    

Joshua Beuachamp

(Até q fim um pov do gatão)

Estava me arrumando para ir ao centro de Nova York onde o tribunal fica. Pressentia que algo aconteceria, porém não faço a mínima ideia do que seja. Talvez eu só esteja enlouquecendo mais ainda. Não contei isso para ela: Estava tomando remédios que me ajudavam a não perder a cabeça. Eu não tinha melhorado nenhum pouco e quando tudo aquilo aconteceu com a Heyoon, só fez com que tudo aumentasse de intensidade. Alucinações, sede de sangue e escuridão. Tudo só aumentava. Isso tem que acabar logo antes que fuja do controle. Não posso desaparecer, não quero deixar Heyoon bem agora que ela mais precisa de alguém. Por isso eu tenho que arrumar um jeito de aguentar essa pressão antes de tudo piorar.

  - Josh. - Escutei batidas na minha porta. - Vamos querido. Nós estamos te esperando para irmos até o tribunal. Falta pouco tempo para começar o julgamento. Estamos esperando você. - Úrsula disse do outro lado da porta.

Amarrei meu tênis e me levantei abrindo a porta abruptamente, fazendo minha mãe dar um sobressalto devido ao susto. Porém sem dizer nada, recompôs-se e sorriu para mim. É estranho o modo como ela quer que tenhamos a mesma relação de antes. Quando eu ainda era normal. Por muito tempo eu a culpei, achava que ela era a razão de ter feito com que eu passasse por tudo aquilo. Mas agora eu percebi que nenhum de nós foi culpado. O problema é que eu não consigo agir normalmente com ela, pois Úrsula se afastou de mim assim como meu pai. Ambos não se importaram comigo quando comecei a matar. Foi a partir daí que eu afundei num abismo sem fim. Não me importa mais. Tudo isso fez quem eu sou hoje.

- Vamos. - Eu disse ignorando minha mãe que continuava com um sorriso apreensivo no rosto. Sei que posso estar sendo ignorante, porém eu não consigo controlar. Há uma parte de mim, que ainda guarda a mágoa e como eu não consigo compartilhar com ninguém, prefiro que tudo fique como está.

Após alguns segundos, senti sua presença atrás de mim e continuei a andar até a sala de estar onde meu pai e Sina estavam nos esperando. Sim ela estava aqui. A melhor amiga da Heyoon ficou eufórica quando soube que conseguimos prender o homem que tinha feito mal a Heyoon. Porém a mesma ficou preocupada quando soube que sua amiga participaria do julgamento. Segundo ela, a mesma pesquisou sobre Robert e informou que ele conseguia persuadir qualquer um. Até mesmo um juiz que o liberou de uma acusação de estupro. Isso eu não sabia, mas quando ela me disse, na mesma hora concordamos que devíamos fazer com que Heyoon não participe do julgamento. Entretanto, ela é teimosa, mais do que eu gostaria. Então nos disse que iria de qualquer jeito mesmo se nós não concordássemos. Acabamos por desistir, mas se qualquer coisa acontecer naquele lugar, eu tiro Heyoon na mesma hora.

Cumprimentei com o olhar os dois que esperavam sentados. Se levantaram para me seguir até a saída. Os três iriam no carro de Ron, enquanto  eu ia em minha moto. Havia nela coisas que eu escondi. Eu precisava me precaver e sei que a opinião deles, seria oposta a minha. Por isso eu menti a eles, assim como menti para a Heyoon, dizendo que eu estava cada dia melhor. Só eu sei o que estou verdadeiramente sentindo, porém ninguém vai se intrometer.

Dirigimos por meia hora lado a lado até que pudemos ver o tribunal logo a nossa frente. Vários carros estavam estacionados em frente ao local e sei que isso é obra de minha mãe e de Priscila. As duas têm amizades espalhadas por toda Nova York, a maioria vítimas da mesma pessoa. Não foi somente Any que sofreu nas mãos de meu tio e elas chamaram todas as vítimas possíveis para depor contra ele, caso o mesmo faça algo para que o júri e o juiz concordem que ele é inocente.

Estacionei minha moto ao lado do carro de Ron e encostei na mesma vendo as três pessoas saírem do automóvel e pegarem o essencial. Quando tudo estava pronto nos dirigimos à porta principal do tribunal. Fomos parados para que os policiais pudessem nos revistar. Revirei os olhos, achando aquilo uma besteira, já que os mesmos foram muito incompetentes, pois não perceberam o facão que eu carregava no bolso de minha calça e sorri, sabendo que eu os enganei.

𝐏𝒔𝒊𝒒𝒖𝒊𝒂𝒕𝒓𝒂 𝒅𝒆 𝒖𝒎 𝔸𝒔𝒔𝒂𝒔𝒔𝒊𝒏𝒐  [Concluída✓]Onde histórias criam vida. Descubra agora