mike; flores

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“a cor é a minha obsessão diária, a alegria e o tormento”

— Claude Monet

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Estava deitado de forma desajeitada, com suas pernas descansando na parede e o tórax deitado na cama, enquanto sua cabeça pendia, escrevendo em seu celular.

Nas últimas semanas estava empenhado em finalizar a fanfic que havia iniciado alguns anos atrás, mas a faculdade roubava grande parte do seu tempo de lazer, e embora tentasse esconder, ficava evidente o quão desapontado e irritadiço seu humor se tornava ao pensar em seu curso.

Publicou o capítulo que havia passado dois dias escrevendo e então, buscando seus materiais e se arrumando na velocidade da luz, deixou sua casa em direção ao campus.

Bem, não o campus exatamente. Antes de tudo, fazia uma parada em uma casinha simples onde sua melhor amiga, Max, morava.

A garota já estava no quintal o aguardando. Seu quintal era recheado de grama verde radiante, com flores diversificadas, estátuas gregas falsas e um balanço delicado de madeira, onde Max passava a maior parte de seu tempo, e era ali que estava, aguardando.

Usava uma calça jeans justa com rasgos profundos no joelho e na coxa, uma camisa branca de botões por dentro da calça, seus cabelos estavam presos por uma bandana verde pastel e para complementar, como se não fosse um estereótipo suficiente, um lápis atrás da orelha.

Se levantou ao ouvir o som do motor e adentrou o carro, se sentando no bando do passageiro. Sem um "olá", "bom dia" ou "como vai?", ela começou:

— Eu estava lendo o capítulo que você postou — Sorriu com um suspiro — Está ficando lindo.

Mike corou e retirou o carro do meio-fio, andando calmamente pelas ruas do interior de Hawkins, em direção ao centro:

— Eu não tive tempo para revisar, teve algum erro?

— Alguns de digitação — Deu de ombros e desbloqueou o celular novamente — Eu marquei para você...segundo parágrafo, primeira linha, quinto parágrafo, sétima linha, décimo parágrafo...

— Você sabe que sou péssimo com números, May, me perdi nos parágrafos.

A ruiva riu e bloqueou o celular, agora mexendo na rádio do carro:

— É incrível como a antena não capta nenhuma rádio que seja boa — Comentou fazendo o garoto rir.

— Essa é a magia dos carros velhos — Deu dois tapinhas no volante, como se fizesse carinho na máquina. A ruiva revirou os olhos, deixando a rádio de lado e observando a cidade enquanto se aproximavam rapidamente do grande e lindo campus.

ו×

O campus era composto por níveis, por exemplo, passava-se pela portaria, e havia um estacionamento, que sempre estava lotado, geralmente com carros de professores. Então, sobe-se uma estradinha de terra e pedras e há mais um estacionamento, juntamente de dois prédios e uma cantina. Assim se seguia mais três vezes, até o último prédio que, era o maior, tanto em altura como em largura, além de conter uma escada de mármore que era cobiçada para fotos e então, era lá que se encontrava os maiores cursos.

La Grenouillère ☾ bylerOnde histórias criam vida. Descubra agora