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Capítulo Vinte e Três

Depois de compartilhar a notícia Harry e Louis continuaram no quarto, sentados na cama frente a frente feito dois adolescentes planejando o futuro juntos, é claro que o alfa insistiu para que o ômega comesse os bolinhos, afinal Louis carregava um bebê dele, seus instintos falariam mais alto do que qualquer coisa por meses. De qualquer maneira o ômega não recusou, lambendo o glacê nos bolinhos, se deliciando alegremente, e Harry suspirava as vezes, não resistindo beija-lo no pescoço e cheirar sua pele tão macia, agora misturado com o suave aroma do filhote em seu ventre. Aquilo ainda parecia um sonho.

"Parando pra pensar agora, eu poderia ter percebido, eu sentia você, às vezes irritado ou cansado no meio do dia, me dava uma vontade louca de ir até você." Harry resmungou rouco, sentado diante de Louis, o pescoço inclinado, e o ômega sorriu assentindo, mordendo o segundo bolinho. Ele poderia ficar com todos, o alfa não se importava, não naquele momento, era fascinante ver seu ômega comendo e consequentemente alimentado o bebê deles. Louis estava grávido, aquele mero pensamento faria Harry sorrir feito um bobo por semanas.

"Eu adoro quando chega em casa, eu e o bebê te queremos por perto o tempo todo." Admitiu rindo baixo, esticando a cabeça para perto, roçando seus narizes, e Harry inspirou mostrando suas covinhas, em um sorriso completamente rendido, com os dedos grandes esfregando as coxas dobradas de Louis, concordando devagar. Ele também queria estar perto o tempo todo, seus dedos já tremiam para tocarem na barriga do ômega, seus instintos tinham assumido a frente, possivelmente Harry faria qualquer coisa para manter Louis seguro, desfrutando de uma gravidez tranquila e protegida.

"Não vou conseguir tirar minhas mãos de vocês por sete meses." Harry sussurrou fechando os olhos, inspirando e roçando o nariz pelo rosto de Louis, fazendo o sorrir amoroso mas gostando de ouvir aquilo. Ele não tinha um alfa na primeira gestação, algumas vezes se sentia inquieto, inseguro com a situação, mas não dessa vez, ele tinha um homem incrível em casa. Abaixando a cabeça quando sentiu Harry beijar devagar seu pescoço, resmungando. "Por estar carregando consegue sentir alguma coisa? Se é ele ou ela?" Perguntou inexperiente, e Louis evitou o riso, observando os olhos do alfa encontrarem os seus novamente, erguendo as sobrancelhas, depois curvando a boca quando o ômega negou.

"Não babe, só vamos descobrir com exames em algum tempo." Murmurou baixo, levantando os cantos da boca com um sorriso calmo, e Harry abriu as narinas, concordando impaciente, lambendo os lábios e sorrindo depois. De qualquer forma aquela era uma felicidade sem fim, mais um filhote para eles. "O que gostaria que fosse?" Perguntou arqueando uma sobrancelha divertido, mordendo o bolinho e suspirando em deleite, açúcar lhe fazia bem, Harry já tinha notado como o corpo de Louis se animava comendo aqueles doces.

"Eu não sei, mas não me importa..." Declarou balançando o tronco forte, e o ômega achatou os olhos questionador, sentindo Harry se remexer, abaixando os olhos e sacudindo os ombros, como se quisesse se mostrar indiferente inflando o peito. "Uma menina, acho que os moleques iriam gostar de ter uma irmã. E seria bom pra aprenderem a dar a descarga." Resmungou, fazendo Louis rir de boca cheia, concordando rapidamente. Ter uma menina seria sensacional, mas não importava realmente, contanto que o bebê fosse saudável eles estariam felizes.

"Eu acho que nunca vão aprender a dar a descarga, eles são como papagaios, aprendem um número máximo de coisas." Disse zombando, e Harry levantou as sobrancelhas olhando-o, gargalhando em seguida, tombando a cabeça, estava praticamente rindo a toa naquela noite, esticando os dedos nos joelhos dobrados do ômega, inclinando o rosto novamente para beija-lo no queixo, sentindo Louis se esticando, procurando seu nariz para roça-los outra vez.

"Papagaios fazem isso? Irado." Disse num sussurro, e Louis concordou sorrindo, afastando a cabeça para poder o bolinho novamente. "Eu vou ter um bebê com uma pessoa que compara nossos filhotes com papagaios, posso lidar com isso..." Ele resmungou para provocar o ômega, e o mesmo arqueou uma sobrancelha, se entregando para as pequenas piadas entre eles, os atrevimentos eram bons, eles não perdiam a essência.