Capítulo Doze

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Espero que gostem do capítulo de hoje.
Desculpe qualquer erro.
Frase de Hoje:
" E de repente, em um dia qualquer, acordamos e percebemos que já podemos lidar com aquilo que julgávamos ser maior que nós mesmos. Não foram os abismos que diminuíram, mas nós que crescemos- Desvendando segredos"


6 meses depois do natal

John foi buscar Helena na casa da mesma, até que Will apareceu na porta junto a ela, e fez uma cara de "eu estou de olho", então ele levantou o dedo indicador e o dedo médio apontando para seus olhos e os de John.

-Estou de olho viu John- gritou Will.

-O.K. CIUMENTO- respondeu John rindo.

-Will, eu já estou indo, lembre-se deixe o celular ligado, caso qualquer coisa der errado você atende- disse ela bem baixinho para que só ele escutasse.

-Tá bom- então ele deu um abraço na menina- se cuida.

Quando John e Helena chegaram ao local combinado foram comer. Era um restaurante chique, era iluminado apenas por velas, as mesas eram enfeitadas por vasos com rosas, era romântico, lindo, foi o primeiro encontro deles.

-Vai pedir o que? – Disse John sorrindo.

-Não sei, mas só sei que salada não vai ser, é coisa de menina mimada- falou Helena rindo.

-Mas você é mimada- disse John entrando na brincadeira.

-Ué, por quem? – Perguntou Helena confusa.

-Pelo o Will, já reparei o jeito que ele te trata, parece que ele é uma mãezona coruja protegendo o filhote, não te deixa ser livre, sair com outros caras- disse John mudando totalmente o clima leve para o pesado, bem pesado.

-Quem não com os outros caras sou eu, eu que decido com quem eu vou sair- disse Helena ficando séria já.

-Então você tem tanta opção assim? – John olhou para Helena, parecia que queria entrar na sua alma.

-Talvez- disse ela desafiando-o.

-Não, mas sério, o Will não te deixa fazer nada- falou John com uma voz de tédio.

-Ele não é uma mãezona coruja... Você nunca iria entender, sempre fomos só nos dois, sempre foi Will e Helena, nunca foi Will, Helena e outras pessoas. Sempre que eu ficava triste era ele quem me consolava, só ele sabe me alegrar, é o mesmo com ele. Poxa somos só nos dois, O.K existe você, mas não é a mesma coisa. Desculpa dizer isso, mas às vezes você é só o irmão do meu melhor amigo, você é o popular, sai com outras meninas, você nunca iria saber o que é ficar sozinho no recreio, se sentir sozinho em todos os lugares. A solidão para você não existe. Will é o meu porto seguro, é a ela que eu vou procurar quando eu precisar.

-Nossa, está me dando uma moral da vida agora? - disse John tentando quebrar o clima que estava ali.

-Estou, por que não quero que você pense assim do Will.

-Você pode ser psicóloga sabia? Você dá bons conselhos- disse John sorrindo.

-Obrigada, eu não o que eu quero fazer de faculdade, mas quero ajudar as pessoas de alguma forma sabe? Ajudar o mundo, quando eu morrer eu quero ter feito alguma diferença, ou pelo o menos ter deixado ele menos pior- disse Helena sorrindo meio desengonçado.

-Entendi mais enfim o que vai pedir?

-Eu vou pedir um Pad Thai- disse ela olhando para o cardápio de comida tailandesa e logo direcionando seu olhar para o garçom.

-Eu vou querer um Panaeng Muú- disse John entregando o cardápio para o garçom, Helena fez o mesmo.

Após jantarem, estavam saindo do estabelecimento. Caminhando para casa, mas no caminho pararam em um parque.

-Desculpa ter falado do Will daquele jeito- desculpou-se John.

-Sem problemas.

-Eu disse aquilo por que o Will tinha você e era a única coisa que eu queria dele, pode parecer estranho eu dizendo isso, mas é a verdade, ver vocês dois, a amizade mais perfeita do mundo, me deixou meio que triste? Me deu vontade de ter isso com alguém, me deixou com ciúmes, mas você sempre vai ser alguém que o Will tem e eu não, mas não me importo, afinal vocês até namoraram, mas pelo o que eu vi não deu certo- disse John sem graça.

-Nem sei o que dizer, mas por que você nunca foi o meu amigo? E sim a gente até namorou, mas não deu certo- disse Helena pensativa.

-O Will não me deixava ser seu amigo, e eu entendo, ele não quer te perder, mas isso não me impede agora, não me impede de eu fazer isso- John foi chegando bem perto de Helena, mas sem beijá-la- você não sabe como eu esperei por isso- disse o menino sussurrando- bom vou te deixar em casa, e qualquer coisa você me liga, pode ser? – Disse ele se separando da mesma.

-Pode- disse Helena completamente vermelha.

-Vamos- disse ele direcionando a mão para o caminho.

Enquanto caminhavam, John foi soltando a sua mão de atrás do corpo e levemente foi tocando a dela, um dedo de cada vez, primeiro o mindinho tocou o dela, até que ela entendeu o recado e segurou a mão do menino. E foram assim até a casa da menina, chegando lá...

-Está entregue- disse John soltando a mão da garota.

-Você não quer entrar?

-Não, não precisa, já estou indo- disse o garoto olhando para ela.

-Tá bom então- ela se virou e foi andando até a porta. Até que John segurou seu punho, e no momento em que ela se virou foi surpreendida com um beijo.

-Boa noite- disse ele após se separarem.

-Boa noite- disse Helena envergonhada.

Flashback Off

-John, acorda John- disse Will sacudindo o irmão.

-O que foi? –Perguntou John sonolento esfregando os olhos.

-O Joseph disse que é alérgico a látex, e quem foi o assassino de Helena usou a luva, e isso era uma prova para ele. Vem vamos fazer o teste- cada vez que Will falava "o assassino de Helena" ele se odiava mais ainda por tudo o que aconteceu, e quanto mais dizia mais rasgava seu peito.

Ao chegarem lá em baixo John deu de cara com Joseph fazendo o teste de látex, estava se contorcendo de dor, pois suas mãos coçavam muito.

-É, ele não mentiu, ele é mesmo alérgico- disse Michael tirando a luva de Joseph.

-Mas e aí, já analisaram do que ela foi assassinada? Que tipo de arma foi usada? Coisas do tipo? – Perguntou John intrigado.

-Já, a autópsia já veio, era um veneno, chamado de tetrodotoxina , vem de animais marinhos, mas o estranho é que para morrer desse veneno tem que ser picado, mas a Helena não tinha nenhuma picada no corpo, então eu acredito que ela ingeriu e... – parou de falar o detetive.

-Morreu na hora- completou Will friamente.

Will não aguentou ficar ali então saiu e foi pegar um ar fresco. Saiu de carro e foi para em uma praça de Los Angeles.

O Tempo Que Me RestaOnde histórias criam vida. Descubra agora