Liam nunca esperou que aquele dia chegasse, mas chegou e agora seu filho, Hakim, quer conhecer o pai biológico.
Ou aquela onde Zayn está numa merda de relacionamento quando alguém do seu passado bate na porta.
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*Esse capítulo contém spoiler da temporada 12 e 14 de Grey's Anatomy*
Englewood, casa n°204.
- ...Senhor Benson? - Zayn fica parado, olhando através da cortina fina que antecede a grade; não é uma hora muito boa, mas ele não diz isso - Posso ajudar com algo? - quer saber, ele tem uma marca feia no rosto, por isso não abre a porta totalmente, o velho não pede que faça.
- Isso aqui é seu - estende checando os lados, nada, não há ninguém por ali nesse horário - Seu homem veio até mim - Zayn engole, respiração superficial - Queria receber todo seu fundo, dei a ele metade, embora pense que é tudo que há - levanta uma sobrancelha, Zayn ainda tem um pouco de inchaço no lado esquerdo quando abre a grade depois da porta - Tem quatrocentos dólares aí, você pode contar.
Ele pega o envelope com os dedos trêmulos.
- Obrigado... - diz, olhos ardidos.
- Certo... estou indo agora - avisa, anda e, para no último degrau, olhando sobre o ombro ele diz: - Sempre há lugares que ajudam pessoas na sua situação.
- ...Eu não tenho uma situação - ergue a cabeça - Isso aqui foi só um acidente, aconteceu enquanto eu limpava o armário - senhor Benson balança a cabeça.
- Sei, até mais ver Zayn.
Ele entra, fecha a porta, Samir trabalha no porto até as seis, ainda são três e, Zayn sobe, entra no quarto que eles dividem, ele sente o peito queimando, anda de lá para cá, o lábio entre os dentes, os olhos esbugalhados, ele bate o envelope na mão, respira fundo e cai de joelhos em cima do seu tapete de oração, a voz quase não sai e, quando termina seus olhos estão muito vermelhos.
- ...Não me abandone por isso - pede, caminha até a cama, pega o travesseiro, abre a fronha e guarda o envelope lá dentro.
East High - River North, 11:30am
Hakim faz uma bigspin, ele tenta, mas acaba com o cotovelo ralado e a bunda no chão, Dimo dá uma mordida grande no cachorro-quente, o olhando da arquibancada do colégio, é o intervalo, 11:30.
- Foda-se - chuta o skate, respira fundo, o rosto sério.
Ele se levanta, pega a coisa de volta...
- ...Ei, vai pra onde? - não há uma resposta, Hakim contorna, vira e caminha pra fora, não olha pra trás, ele ouve passos corridos - Hakim - Dimo chama, grita, Hakim olha pros lados antes de sentir a mão puxando seu braço - Que foi?
- Nada - dá de ombros, sai do aperto, ele anda na direção dos armários, repassa o segredo e puxa a mochila de lá. - Tô vazando daqui.
