Interlúdio 0.5 : And fall right into you

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Eu escrevi isso aqui pro capítulo passado, mas não acho que se encaixaria muito bem, também não acho que sirva pro próximo capítulo e como não quero descartar se tornou basicamente um interlúdio?

"O último" não foi bem o último e, quando Zayn se deu por si isso era uma coisa agora, ele tinha a boca gostosa de Liam colada na sua numa frequência alarmante demais pra ser tida só como platônica, então ele só

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"O último" não foi bem o último e, quando Zayn se deu por si isso era uma coisa agora, ele tinha a boca gostosa de Liam colada na sua numa frequência alarmante demais pra ser tida só como platônica, então ele só... porra.

— ...Esse foi o último – Liam repete o que ele disse antes, a voz abafada e o coração muito acelerado, Zayn solta um som inexpressivo e, é tão bonito que faz com que suas bocas se juntem novamente... como se, como se fossem feitas de imãs, como se fossem encaixes de lego.

— Não – Zayn inspira profundamente, olhos nevoados e boca vermelha, ele afunda os dedos pelo cabelo crescido e geme em desespero.

Desde o primeiro esse é o vigésimo e, notavelmente um ser humano (adulto) comum não devia, nunca, beijar vinte vezes a mesma boca num período tão curto de tempo.

Merda, eles já não eram adolescentes hormonais sedentos pra gastar um pouco de energia.

— Pelo amor de Deus isso – Zayn aponta entre eles enquanto fala: — Tem que parar, precisa parar – termina, mas Liam tem os olhos fixos na sua boca, a língua vermelha correndo pela carne macia — Para de fazer isso, droga – pede lamentosamente. — Me olhar desse jeito não tá ajudando em nada.

É o seu intervalo na Ong e o hospital não fica muito longe, por isso que Zayn está aqui e não desfrutando de uma hora de almoço ininterrupta... apenas- eles tinham (precisavam) conversar sobre o bebê, sobre Hakim, sobre o acidente, mas nada surgia ao ficaram a sós; era como se o mundo se tornasse uma doma de desejo, de querer, de precisar...

E porra, Liam precisava, agora, pra caralho. Ele podia sentir cada parte sua queimando, seu sangue fervendo e seu pau latejando como o de um colegial.

— ...Eu tenho que voltar – Zayn fala, dedos no lábio, olhos brilhantes, ele vira-se pra porta e de volta pro homem quente esparramado na cama, ele vê o volume, claro que vê, é como se estivesse dizendo: "Olá, me chupe". — Eu tenho-

Liam acena e, sente sua própria lucidez escorrendo através dos dedos, porque merda, ele não era um ser volátil sem autocontrole e refém dos próprios desejos, não, mas havia algo tão apelativo nesse homem que ceder feito um cachorrinho era automático.

— Sim – responde com mandíbula tensa — Você tem – mas, Zayn fica onde está, seus olhos fixos um no outro. — Eu sei.

Um segundo é o tempo que Zayn considera antes de envolver o punho envolta do pau rígido; Liam parte a boca, olha sobre seus ombros e sente o polegar passando em cima da sua glande, então há o deslizar experimental e... caramba, é mais satisfatório do que tinha o direito de ser, seu corpo reage e seus olhos fecham apreciativos.

— ...Senhor Liam – o médico entra com os olhos na prancheta, Zayn o solta rápido — Como se sente? Uma enfermeira veio mais cedo checar suas ataduras, soube que a cicatrização está caminhando bem, nenhum inchaço ou edema de pressão, é um bom sinal – levanta o rosto —... Se continuarmos assim vou te liberar em uma semana, só vai ter que voltar aqui pra retirada dos pontos e o início da fisioterapia.

— Bem, uh... me sinto bem doutor – responde, travesseiro no colo e tudo.

— Ótimo, eu quero um novo exame de sangue pra descartamos qualquer sinal de inflamação, depois é só descanso, estou retirando o soro e o ácido fólico também, não há nenhum sinal de anemia ativa – seus lábios esticam num sorriso agradável — Alguma pergunta senhores?

— Não, nenhuma – Liam diz, Zayn cruza os braços com as bochechas muito aquecidas.

— Certo, a partir de amanhã eu quero que você comece a dar pequenas caminhadas pelo hospital, vamos movimentar o corpo pra estimular a circulação... eu não gosto muito desse inchaço surgindo no seu quadril.

— O que o senhor disser – faz sinal de continência, o cara dá meia risada, batuca a caneta na prancheta e rasura a folha.

— Você se sentiu enjoado em algum momento? – Liam diz "Não". — Boca seca? Tontura? Nada? Ok... muito bom — larga a prancheta e caminha pra perto — Se incline um pouco – coloca o estetoscópio no ouvido — Respire fundo e prenda – Liam aperta o travesseiro enquanto faz o que ele diz — Relaxe, mais uma vez, outra... ótimo, seus pulmões estão limpos – informa, pressiona seu peito e franze o nariz — Seu coração é que está bastante acelerado – solta o estetoscópio e pega o medidor de pressão — Solte o braço – Liam expande os olhos — Vai sentir uma pequena pressão – pressiona a bomba depois solta — Tudo normal... aconteceu alguma coisa que pode ter disparado seus batimentos?

— Uh, bem eu pensava no acidente – mente.

— Oh, sim, entendo – cantarola — De qualquer maneira não se preocupe, você está bem agora, mantenha sua mente apenas na recuperação – sorri — Eu volto pra checá-lo amanhã se não houver qualquer incidente.

— Ok, obrigado.

— Com licença senhores – pede, Zayn acena assustado, se afasta da cama e cai sentado na poltrona de visita.

— Nunca mais – resmunga, olhos no teto — Ouviu? Isso foi... terrível, você- – aponta pra cama —... fez de mim um adolescente impulsivo – esfrega o rosto, Liam contém a risada, coça a barba por fazer e ajeita seu pau por baixo do lençol — Não vai voltar a acontecer, agora é pra valer – pressiona a boca, Liam concorda com a cabeça. — Tô falando sério – grunhe — Eu nem devia tá aqui – reclama emburrado — Seu pai disse pra checá-lo e sumiu dentro do taxi, me deixou sem escolha... esse é o único motivo – cutuca o dedo no meio da testa dele.

— Obviamente.

Zayn se frustra, então amassa as bochechas dele com as duas mãos. Um bico surge enquanto sobrancelhas juntam e palavras abafadas tentam passar.

— Você é uma tentação – reclama — Essa boca maldita — grunhe — Esse queixo – inspira, bochechas pálidas ficando quentes.

Liam o segura pelo quadril e, ouve o grunhido saindo suave.

— Para de fazer isso – desvia, mas a mão sobe até suas costelas, então um dedo desliza envolta do seu mamilo dolorido — Desgraçado – se esquiva, solta o rosto e vê o sorriso safado. — Eu vou embora, ligue pro seu pai e diga você mesmo que está bem – engole — Na verdade, ele devia ter feito isso desde o começo.

—...Sim, mas então você não teria uma desculpa pra vir até aqui – indignado Zayn estica os lábios, leva a mão pra baixo do lençol e toca o membro quase macio, Liam morde a boca, arfa e aproveita o toque gostoso — Isso – choraminga, olhos se abrindo quando a mão solta dele.

— Ligue pro seu pai – o lembra, pisca e dá as costas. — Ele tá preocupado, seja um filho bom.

— Zayn, venha aqui e termine isso.

— Não quero – sorri e sai pela porta.

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