Capítulo 20- Padrinho?
• Ana Júlia
Hoje completar 18 anos que meu pai morreu, hoje é dia 20 de dezembro, vovó disse que vamos na capela aonde enterraram o meu pai biológico, no começo eu não queria ir, mas eles insistiram tanto, que no final eu concordei.
Arthur andou esses dias estranhos, sempre quando estava no telefone falando com alguém, ele praticamente desligava e mudava de assunto rápido, eu ainda não descobrir nada sobre o meu Pai, no final eu não vou descobrir nada mesmo, já que depois do Natal dia 26 ou 27 vamos para Nova York e meus avós vão juntos.
- Já tá arrumada querida?.- Vovó entrou no meu quarto, eu olhei para a mesma e concordei.- Tá tudo bem?.
- Tá sim vovó, só estou com umas sensaçães aqui.- Coloquei minha mão no peito e vi ela engolir seco.- Mas tá tudo bem.- Sorrir e caminhei até a mesma e saímos do quarto.
Chegamos na sala e o pessoal estava lá, até o Arthur estava, estranhei já que ontem não vi o mesmo e ele também não respondeu nenhuma mensagem minha.
- Vamos lá galera.- Vovô chamou e fomos em direção ao carro do mesmo que tem 8 lugares.
Sentei nos últimos bancos do carro e Arthur sentou do meu lado, o mesmo não puxou assunto e eu muito menos não ia puxar, já que ele foi o errado de não me respondeu ontem o dia todo.
Chegamos no cemitério, vimos que tinha uns carros em volta, saí do carro e esperei o pessoal, vovó e vovô foram na frente e logo atrás nós.
Entramos numa capela que era do nível mais chique, vovó parou na frente de um túmulo e colocou a mão, eu me aproximei e vi o nome "Matheus Rocha" e logo em baixo uma mensagem gravada "Sempre vamos amar você", eu sorrir e vi que tinha umas flores mais vivas aqui.
- Vocês sempre vem aqui?.- Perguntei e vovó balançou a cabeça que não.- Ué pq tem flores vivas aqui, parece que são de agora.- Falei e vi que vovó e vovô olharam em volta e senti uma sensação.
- Eu acho que algum amigo ou amiga dele, lembrou e vieram aqui.- Vovô falou e abraçou a vovó, eu olhei pros dois e em seguida olhei pro Arthur que estava olhando pro celular.
Tenho a sensação que eles estão me escondendo alguma coisa, Bernardo veio pro meu lado e Mali ficou do lado do Rodrigo e da Sofia.
Deixei minhas flores ali, que tinha comprado em frente do cemitério e saímos de lá, mais na frente vimos 4 pessoas de costa, parece que já vi uma delas, a sensação que estou sentindo estava mais forte, uma angústia estava se formando, a pessoa se virou e vi que era o Benício, o homem que derrubou meu açaí na praia.
- Droga.- Ouvir baixinho o Arthur falar e olhei pro mesmo.
Benício olhava para nós, e quando parou o seu olhar em mim sorriu, eu sorrir fraco, sem entender nada.
- Vamos embora né.- Vovó falou nervosa e todos concordam.
Arthur caminhou pro meu lado e colocou a mão nas minhas costas para caminhar rápido, eu não estava entendendo mais nada ali.
- Ei calma, eu sei caminhar.- Falei braba com o mesmo e ouvir ele suspirar.
- Como assim já estão indo!!.- Ouvir a voz do Benício, me virei e com ele estava, uma mulher e dois homens.
- Benício.- Arthur falou e eu olhei pro mesmo confusa.
- Você disse que não conhecia.- Falei baixinho e ele me olhou e suspirou.- Você mentiu.
- Ana Júlia.- Benício falou e eu senti um arrepio no corpo, Bernardo colocou uma mão na volta da minha cintura.- Aposto que ainda não ouviu falar de mim.
Olhei para ele, e depois olhei pros meus avós e Arthur que mantiam o olhar pro mesmo.
- Seus avós, Arthur e sua mãe não falaram de mim ainda?.- Perguntou chegando perto de mim e eu ainda olhava pro mesmo.- Sou seu Padrinho.
Como assim, padrinho? mamãe nunca me falou que tinha um padrinho por parte de pai aqui no Brasil, e pq meus avós não falaram sobre.
- Benício.- Vovô chegou perto e parou do meu lado e olhou pro mesmo, benício olhava pro mesmo sorrindo.- Melhor manter distância.
- Ué pq, a minha afilhada tem que sabe que tem um padrinho e tem uns negócios para resolver aqui.- Falou calmo e eu fiquei pensativa com o que ele falou.
- Como assim?.- Perguntei e me afastei deles, eu olhava pros meus avós e pro Arthur.- Vocês sabiam que tinha um padrinho aqui no Brasil e não me falaram nada, pq? vocês estão me escondendo mais alguma coisa sobre o meu pai.- Falei braba e vovô suspirou e vovó nem me olhava direito, Arthur mantia o olhar no Benício.
- Quero conversar com você direito, será que podemos?.- Benício perguntou e olhei pro mesmo, Arthur veio pro meu lado e segurou minha cintura com força.
- Ela só vai, se eu for junto.- Falou com raiva, o mesmo só balançou os ombros e saiu caminhando.
Olhei pros meus avós e suspirei, me afastei do Arthur e caminhei atrás do Benício.
(...)
Bom estamos numa mansão que tem na zona sul do Rio, era um pouco afastado da cidade, Benício tinha trazido nós até aqui, meus avós não paravam de ligar, até a mamãe ligou, não estava no clima para falar com nenhum dos três, Arthur mantia o seu olhar pro Benício, já que o mesmo estava de costa para nós.
- Alguém pode me explicar o que tá acontecendo aqui?.- Perguntei e vi que o Benício se virou e me olhou.
- Você tem os olhos da sua mãe e o sorriso do seu pai.- Falou e sentou na nossa frente, eu sorrir com vergonha e cruzei os braços.- Como anda a vida lá para fora?.
Achei estranho o mesmo perguntar sobre isso.
- Bem até, começo minha faculdade ano que vem já.- Respondi por educação o mesmo sorriu fraco.
Olhei pro Arthur e o mesmo baixou a cabeça e começou a brincar com os dedos.
- Ninguém mesmo falou sobre mim? nem mesmo sua mãe.- Perguntou e eu balancei a cabeça que não.
- Minha mãe só me falou o básico do meu pai, sobre o namoro dos dois e sobre a morte dele, não cheguei a perguntar muito coisa.- Respondi calma e o mesmo balançou a cabeça.- O que você queria conversar?.
- Queria falar sobre o seu pai e o que ele deixou para você, já que a mesma completou 18 anos.- Falou me olhando e senti o Arthur se mexer do meu lado.
- Benício.- Arthur chamou o mesmo, que olhou para ele com cara de deboche.- Você sabe muito bem, se o Matheus tivesse vivo, o mesmo não ia deixar a Ana Júlia assumir isso.- Falou ele, e eu fiquei olhando pros dois, já que eu não sabia o que eles estavam falando.
- Ué, pensei que você sabia Arthur, o mesmo me deixou uma declaração sobre ela.- Apontou para mim.- Nessa declaração dizia, "Deixo a Máfia para meu irmão/melhor amigo até minha única filha completar 18 anos, e depois daí quem tem que decidir é ela".- Benício falou e eu congelei ali mesmo.
"Máfia", "Filha única", " Decidir"
Meu deus era muita informação para mim.
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Oii gente, capítulo novoooooo ❤️
Espero que vocês gostam ❤️
VOCÊ ESTÁ LENDO
Meu Milagre - 2° Temporada
ParanormalAna Júlia Braun, uma menina doce, inteligente, bonita e simpática, filha de Helena e Justin Bieber, irmã mais velha e é apaixonada por fotografia. Anaju, vai descobrir o que o seu Pai biológico deixou para ela há 18 anos atrás, a mesma vai assumir...