— Por que sumiu ontem? — Questionou Eduarda, se aproximando de Thiago na sala de aula. O ambiente estava iluminado e ainda vazio.
— Você quem sumiu á noite. — Thiago sorriu enquanto observava Eduarda sentar-se na carteira da frente. No dia anterior, quando chegou em casa, ficou o tempo todo checando se a garota estava online. Infelizmente teve que aguentar sua euforia para contar sobre o passeio.
— Meu celular quebrou. — Eduarda soltou um longo suspiro. — Havia me maquiado atoa, acredita? Ia tirar várias fotos, mas ele acabou caindo do tripé.
Thiago não soube o que dizer, apenas pressionou os lábios e ergueu as sobrancelhas.
— Mas e então, o que fez a tarde? — Apoiou suas mãos no queixo enquanto o olhava adoravelmente.
— Fui ao museu histórico. — Thiago se ajeitou na cadeira. Estava ansioso para contar todos os detalhes. Achava que a conversa iria render demais, entretando, logo seu ânimo se dissipou.
— Aí, aquele lugar chato? Só tem coisa velha! — Eduarda soltou o corpo, demonstrando que esperava coisa melhor e desviou seus olhos para a turma que entrava na sala.
— A história é boa... — Disse Thiago, cabisbaixo. Talvez não fosse boa ideia falar sobre os quadros e nem sobre o desenho que viu. A verdade é que era difícil encontrar o momento certo para falar sobre ele para a garota, nem mesmo sobre o clube de arte ele havia contado.
— Se você gostou. — Deu de ombros. — Vou sair com alguns amigos para beber no sábado à noite, quer ir? — Questionou Eduarda. Thiago demorou para responder lembrando-se da última vez que bebeu. Sentiu-se tão horrível que prometeu que nunca mais faria de novo, mas ele não queria rejeitar um convite de Eduarda.
Por sorte, enquanto a garota esperava por uma resposta e ele buscava alguma alternativa, alguém interrompeu a conversa:
— Ei boneco de Olinda, a professora pediu para irmos lá depois da aula. — Alye se aproximou dos dois, sem nenhum ânimo estampado em seu rosto. Eduarda e Thiago olharam para a garota ao mesmo tempo.
— Beleza curupira. — Lançou o garoto, devolvendo o insulto. Alye franziu o cenho, estranhando uma resposta do rapaz, mas logo soltou um sorriso, mordeu seu lábio inferior e foi para o fundo da sala. Thiago ficou nervoso, não podia ser zoado na frente de Eduarda e não dizer nada.
—Eu gosto da sua altura. — A loirinha elogiou, quebrando o clima de silêncio.
— Ela também não é uma das mais baixas da escola. — Resmungou, ainda olhando Alye sentar-se na cadeira.
— Relaxa. — Eduarda coloca uma de suas mãos na de Thiago. A professora entrou no mesmo momento recebendo diversos olhares. — Pensa no meu convite e me responda depois. — A garota se levantou e foi para seu lugar, dando espaço para Pedro, que estava impaciente parado na porta da sala, querendo voltar ao seu lugar natural.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Arte Em Flores
RomanceThiago se muda para Holambra, a cidade das flores, em pleno último semestre do ensino médio. Sua personalidade chama a atenção de Alye, uma garota da mesma idade de cabelos vermelhos, mas ele acaba se aproximando de Eduarda, uma jovem loira e simpá...