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Era inegável que passar mais tempo que somente no clube de arte ao lado de Alye seria completamente insuportável

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Era inegável que passar mais tempo que somente no clube de arte ao lado de Alye seria completamente insuportável.

A verdade é que nenhum dos dois haviam combinado nada para o trabalho da maquete. Na tarde anterior, quando Alye saiu apressada, não deu tempo de resolverem como seria a visita ao parque do qual Thiago iria a força. O garoto nem ao menos confirmou se iria ao encontro de Eduarda á noite e a loirinha também estava sem celular. Ele não sabia o que fazer.

Mesmo assim, teve tempo o suficiente para pensar na proposta de Francine. O seu primeiro desenho para o clube de arte estava sendo concluído. Não foi muito difícil descrever Alye quanto pensava... a verdade que o rosto da garota estava guardado em sua mente, e algumas alterações facilitaram ainda mais na criação do ser mitológico.

Thiago estava confiante na sua arte e mal podia esperar para ver Alye perdendo toda sua confiança na frente do público que tanto odiava. Por um lado, a rivalidade entre ele e a garota o ajudava cada vez mais a ser melhor e apesar de ele saber, jamais poderia aceitar dar a Alye crédito por algo bom em sua vida.

Todos da sua família estava se dando bem na nova cidade, ele não deixaria ser o único contrário nessa história. Sua mãe sempre elogiava o trabalho e gostava muito das suas amigas, já seu pai havia começado no novo emprego mais rápido do que imaginava. Seu irmão se destacava cada vez mais no time de futebol, o que facilitaria seu futuro no próximo ano do ensino médio, quando seria seu último.

Douglas era um ser surpreendente, sempre se dava bem com garotas e com o seu sonho, mas na mesma hora em que estava interessado em namoro, mudava completamente sua visão e focava na sua carreira. 

Seu foco em Holambra era a carreira, mas isso não impedia que seu cabelo raspado, seu maxilar marcado e seu corpo de atleta chamassem a atenção de várias garotas da escola. Pela primeira vez, diferentemente da outra cidade, ele não queria ninguém e estava sozinho.

Não havia uma garota naquela cidade que fazia seu coração bater mais forte ou que fizesse com que ele tivesse vontade de dedicar um gol a ela.

Apesar do rapaz ser extremamente gentil e talentoso, isso não impediu frustações no seu primeiro relacionamento, tal esse que durou apenas dois meses e terminou com uma traição por parte da namorada. Isso não machucou tanto como imaginava, mas sua visão sobre garotas apesar de guardar para si mudou completamente. Ele não queria qualquer uma, não queria alguém que apenas o namorasse por ser o camisa dez ou o mais bonito da turma. Ele queria sentimentos reais, queria alguém por quem lutar, alguém que o incentivasse a ser o melhor jogador pelo bem dele e não apenas por status, queria acordar todos os dias e ter alguém com quem compartilharia suas conquistar fora dos holofotes, sem plateias. Queria um romance para a vida toda e depois da traição que sofreu, queria mais que nunca o carinho. Apenas ser único para alguém.

Naquela tarde de sábado, usando uma camisa de time e um short de pano mole preto, ele foi em direção a porta da sala após ouvir algumas batidas.

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