NOTAS DO AUTOR: Olá, querides!! Aqui estou eu publicando FINALMENTE algo novo nesse site. Esta história em questão já está publicada no spirit e no ao3, todas sob o nome de Vulcan Joseph. Eu meio que desprezei o wattpad por uns bons meses, mas cá estou eu de volta! Eu sei, eu deveria ter postado isso antes, mas tive preguiça. Eu realmente não sei usar direito esse site, então me desculpem. DEEM UMA OLHADA NO FINAL PARA CURIOSIDADES!
AVISO DE GATILHO: A HISTORIA É BASICAMENTE SOBRE LUTO, E SOBRE NEGAR QUE ESTÁ PASSANDO POR UM ESTADO DE LUTO, POR FAVOR, NÃO LEIA SE ISSO TE DEIXAR MAL!! PELO AMOR DE DEUS, NÃO FAÇAM MAL A VOCÊS!!
DADO O AVISO, BOA LEITURA!!
Arthur se esgueirou para longe do impostor que dizia ser Shinra, havia acabado de passar por si tentado lhe jogar um charme, com um sorrisinho provocador, tentando discretamente tocar nas mãos de Arthur, na esperança de ser correspondido, primeiramente aquele não era Shinra e jamais seria. Não passava de incubo impostor, roubando o corpo de um garoto para tentar por algum plano maligno em ação. Arthur imediatamente afastou as mão e direcionou ao impostor um olhar cortante, tão frio como gelo ou o aço de uma espada tradicional. O incubo impostor se encolheu, temia ele o rei cavaleiro, ou a descoberta de sua identidade? Saiu correndo rapidamente, assim que Arthur ameaçou tentar tirar sua espada da bainha, se escondendo pelos corredores longos da sétima unidade que os acolhera. Arthur suspirou, o incubo nunca o enganaria, nunca sequer pensaria que aquela aberração pudesse, de alguma forma ser Shinra Kusakabe, o demônio com sorriso distorcido e nervoso, que desejava com a própria alma ser um herói. O incubo fazia questão de profanar o corpo de Shinra a cada dia que passava, os cabelos antes escuros e macios tinham sido tingidos de branco, e penteados para trás com gel, colocou pircings, fez tatuagens na pele de Shinra.
Arthur se perguntava se aquele maldito sequer comia, nunca o viu ingerindo nem sequer um copo de água, ou qualquer coisa semelhante.
Parando para pensar, incubo não comiam, ou bebiam. Se alimentavam da força vital das pessoas através do ato carnal, sonhos e ilusões eróticas.
Aquela criatura, Arthur a odiava tanto, e queria tanto que sumisse tão de repente quanto surgiu. A cada segundo, minuto, hora, dia ou até mesmo mês, Arthur odiava aquele incubo que dizia ser Shinra, o seu rival e amigo, e a pessoa que mais amava nessa terra.
Era quase que revoltante, a criatura dizia ser Shinra, mas seus olhos tinham um vermelho frio, de sangue coagulado. Olhos cruéis, Arthur via a necessidade de matar estampada nos olhares que aquela criatura ia lançando a cada membro do oitavo, a cada pessoa que havia sido importante para o Shinra de verdade.
Dizia ser Shinra, mas não tinha a voz doce e melodiosa que Arthur se lembrava, aquela voz encantadora, a voz de um príncipe. Dizia ser Shinra, mas a postura antes calma e retraída foi substituída por uma arrogância insuportável. Dizia ser Shinra, mas o espírito livre e a essência quase que angelical que rodeava o jovem de cabelo escuro já não estava mais lá. Dizia ser Shinra, mas não olhava para Arthur com a mesma ternura que Shinra o olhava. Dizia ser Shinra, mas nem de longe tinha a mesma essência, a mesma presença nesse mundo. Dizia ser Shinra, mas o loiro nunca o viu se irritar por nenhuma de suas histórias, muito menos discutir por Arthur ser muito ingenuo, ou por seja lá o que fosse. As vezes Shinra resolvia apenas que queria implicar com Arthur, ou Arthur que decidia que queria implicar com Shinra. Sentia saudades disso.
O jovem auto intitulado como herói, tinha algo que Arthur achava peculiar, se perguntava se era só ele que sentia isso, mas era como se Shinra emanasse um tipo de energia, quase como um som. Para Arthur, era como uma energia quase divina, angelical, talvez? E se ele fosse um anjo? Fosse o que fosse, Arthur o chamaria de luz.
Shinra Kusakabe era como uma luz, uma tocha na escuridão que resistia a todo tipo de tempestade, um jovem que nunca desistiu de proteger o próximo, por mais que o odiassem. Shinra era como um príncipe de contos de fadas, doce e amável, altruísta e generoso. Seu espirito era selvagem, livre, nunca poderia ser preso por ninguém além dele próprio. Quando mostrava seu sorriso verdadeiro, sem nenhum tipo de influência de seu nervosismo, era como se o universo parasse ali. Era como se o tempo desse uma pausa para apreciar tamanha perfeição, ternura e beleza. O universo de curvava diante dele, daquela criatura tão inexplicável, sublime. Daquele... anjo? Poderia um anjo parar o tempo, e fazer com que o mundo o apreciasse por um momento? Porque era isso que acontecia sempre que ele sorria verdadeiramente, para o loiro, era como se tudo se curvasse diante de Shinra como súditos se curvam perante seus príncipes.
Arthur perguntava-se se poderia mesmo chamar Shinra de demônio, era o Rei Cavaleiro, e seu dever era governar com honra e justiça. Seria justo chamar Shinra Kusakabe de demônio? O seu Shinra Kusakabe? O jovem que está junto de si desde a escola, que foi praticamente o primeiro a lhe olhar além das barreiras de seu reino, que lhe ensinava tudo o que podia sobre as artes dos números? Que lhe olhava com ternura, e se esgueirava até sua cama nas noites que não conseguia dormir? Que se encolhia junto de si, e dormia tão tranquilamente quanto um príncipe enfeitiçado? Que havia lhe enfeitiçado com o amor? Arthur não sabia dizer que tipo de criatura Shinra era, chamava-o de demônio inicialmente por conta dos boatos, mas como poderia aquele jovem ser um demônio? Começou a chamar-lhe de príncipe, mas só em sua cabeça, não queria que Shinra pensasse que sentia algo por ele na época. Mas mesmo que Arthur quisesse esconder no fundo de sua alma, seu coração batia mais forte quando Shinra sorria, quando ele falava consigo sobre qualquer idiotice que fosse. Queria negar que sentia.
Mas sentia. Sentia, e sentia com cada pedacinho de si. A cada sorriso que Shinra lhe lançava discretamente, a cada risinho tímido que Shinra soltava quando estavam juntos, cada olhar que parecia queimar seus rancores e seus ressentimentos que um dia pensou em cultivar sobre aquele menino. Sentia algo, um sentimento forte que o fazia cometer loucuras, como avançar contra um dos membros dos capuzes brancos, este estando armado até os dentes com seja lá o que for que o fazia ter corpo de inseto. Arthur cortou-o antes mesmo que pudesse reagir, ninguém iria por um dedo em Shinra, o príncipe de seu reino sagrado. Sentia como se fosse enlouquecer sempre que Shinra estava perto de si, tudo nele o entorpecia, da voz, até o cheiro de seus cabelos. Tudo deixava Arthur encantado, fascinado por aquele demônio, príncipe, anjo?
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E o Meu Anjo Voou Para Longe
FanficCONTÉM SPOILERS DO MANGÁ!! CUIDADO!! Era quase que revoltante, a criatura dizia ser Shinra, mas seus olhos tinham um vermelho frio, de sangue coagulado. Olhos cruéis, Arthur via a necessidade de matar estampada nos olhares que aquela criatura ia la...