Reaprendendo o Jogo

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Eu vou me perder entre as pernas dessa mulher.

Em toda minha vida pregressa nenhuma transa se comparava ao que estava acontecendo. Eu podia sentir nossos corpos suados, as roupas de cama abaixo de nós completamente inutilizadas.

Me detive por um instante com esse pensamento. Merda.

-Não quero ser um estraga prazer - disse suspendendo meu corpo. Uma mecha do seu cabelo estava sobre o seu rosto. Levei minhas mãos a ela e a coloquei trás da sua orelha - mas não usamos proteção outra vez. 

-Não posso ter bebês, se é com isso que está preocupado. - Ela disse de forma melancólica. Senti o peso da sua frase. 

Merda Barnes! Não estraga tudo! Me repreendi. 

Claro, doenças não eram qualquer preocupação para alguém como nós, e eu simplesmente não me atinei para o óbvio. A Sala Vermelha e sua cerimônia de formatura

Pensar no que ela passou me fez esquecer as minhas dores por um instante e só quis protegê-la para que nada mais a machucasse.

-Ei linda- chamei por ela, trazendo seu olhar para mim. - Me desculpa. Eu nem pensei.

Toquei seu rosto com a mão direita, depositando um beijo lento em seus lábios. Sua expressão mudou outra vez, e aquele rubor maravilhoso voltou para suas bochechas.

-Está flertando comigo James? - Ela me olhava com um sorriso derretido.

Aquele sorriso doce seria capaz de derreter qualquer Inverno.

-Não sei mais fazer isso - confessei.

Disse sincero, ainda sorrindo e apreciando a forma maravilhosa que seu rosto tomava quando ruborizado. Era um espetáculo à parte.

-Bucky, hum? Eu gosto. - Seu olhar mudou outra vez, agora provocativa. - É sexy. Você não perdeu o jeito Bucky. - Ela declarou.

Ouvi-la me chamar assim me fez sorrir envaidecido. Era só eu, Bucky. Girei nossos corpos e a coloquei por cima outra vez. Trouxe seu tronco junto ao meu corpo e busquei sua boca mais uma vez. Tudo parecia novo. Um novo sabor. 

Intenso, cheio de sentimentos que eu não sabia nomear. Um raio de sol atravessava a janela, que eu nem havia notado que estava lá, iluminando seu rosto de repente. Suas feições eram delicadas, e só agora notara pequenas sardas sob seus olhos, e o tom castanho mais claro na sua íris revelado pelo sol.

Deus, ela é realmente linda.

Me perguntei que horas eram quando percebi o som do seu estomago protestando.

-Aceita me acompanhar no café da manhã? - Perguntei no meu melhor tom de cavalheiro, tirando sarro do fato que éramos os dois, de outro tempo.

-Claro gentil senhor, ela respondeu. - Reagindo ao meu linguajar antiquado.

- Você se importa de pedirmos aqui? - Sugeriu travessa.

- Prefiro continuar onde posso assistir você nua. - Brinquei. 

-Desde que eu possa assistir você também eu não me oponho - concorda divertida se levantando da cama me deixando uma piscadela safada a caminho do banheiro

Sorri divertido, sem entender como tudo isso havia acontecido. Tentei limpar os lençóis e ao final decidi que era preciso trocá-los. Pedi o serviço de quarto que trouxesse junto com a comida, e logo o café da manhã estava servido sobre as bandejas em cima da cama.

Entrei no banheiro e a vi se secando. Me apoiei no batente apreciando a visão até que ela me percebeu ali. 

- Uma moeda pelos seus pensamentos - ela sorri divertida.

BARNES 1917Onde histórias criam vida. Descubra agora