único.

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Foram dois meses árduos, mesmo para o exército proclamado como o mais forte daquele mundo

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Foram dois meses árduos, mesmo para o exército proclamado como o mais forte daquele mundo. Guerras nunca eram fáceis, se fôssemos ser justos; sempre haverá mortes, sempre haverá batalhas perdidas e mudanças drásticas de situação que podem prejudicar ambos os lados. Mas, ao fim, o Faraó e o Egito triunfaram sobre o inimigo. A cabeça do rei destronado finalmente seria levada ao Egito como prova de sua vitória, e o reino conquistado, por lei, deveria ser escravizado: mulheres, crianças, idosos; alfas, ômegas e betas, ninguém deveria ser poupado da vida de escravidão e dor.

Mas o Faraó sabia que estas eram ações que sua rainha não aprovava, e o alfa mais poderoso daquele mundo era nada mais do que um homem apaixonado. Fosse lei ou não, a vontade de seu amor sempre se faria maior.

— Podemos cruzar o mar dentro de algumas dias, Hórus vivo. Em breve estaremos novamente nas terras áridas do deserto — diz o conselheiro, Shikamaru. — Quanto ao reino, vossa majestade decidiu?

— A família real está morta?

— Sim, majestade. Suas cabeças estão prontas para serem expostas nos muros do palácio.

— Bom — O Faraó, sentado no trono do rei que matara, analisava a situação que lhe foi apresentada. — Escolha os ômegas mais apresentáveis para o harém. Crianças devem ser separadas de seus pais e levadas conosco; as crianças ômegas serão enviadas ao templo do Baixo Egito para cultuarem nossos deuses, alfas serão treinados para o exército e betas servirão os nobres da corte.

— O restante?

— Deixarei que vivam livremente — disse o Faraó, quase generoso. — Contanto que enviem espólios ao Egito a cada quinzena e aceitem o meu conselheiro como regente. — não que o povo tivesse qualquer escolha.

Shikamaru se curva, ajoelhando-se diante da divindade terrestre acima dele e falando humildemente: — Tenha certeza de que farei o meu melhor esforço para tornar deste reino uma colônia promissora, majestade.

— Sei que fará. — O Faraó encara o homem com satisfação, e então sua voz poderosa ressoa mais uma vez, inquieta: — Em quantos dias cruzaremos o mar?

— As ondas estão agitadas, majestade. — responde o conselheiro, seus joelhos ainda no chão. — De acordo com a meteorologia, apenas em três ou cinco dias.

— Faça ser antes — ordena o Faraó.

— Majestade...

— Não tenho tanto tempo para perder. — grunhe o Hórus vivo, seus pensamentos voando para aquele que tinha, entre pequenas e delicadas mãos, o seu pulsante coração.

— Se é permitido a este súdito questionar o senhor de todo o Alto e Baixo Egito... — começa Shikamaru, sua voz relutante. — É por conta do Grande Esposo Real que se encontra em tamanha aflição?

O Faraó não faz questão de esconder os sentimentos angustiantes em seu peito; meses longe do detentor de seu amor transformaram-no em um homem insensato que buscava formas de retornar aos braços de quem amava. Mas havia mais, claro: sentia agitações em seu peito, o alfa dentro dele uivando em pura agonia todas as vezes em que sentimentos turbulentos lhe perturbavam. Sua rainha estava triste, e isso o destroçava. Seu amor sabia que um Faraó tem deveres e papéis a cumprir, mas desde que selaram sua união, este foi o tempo mais longo que passaram afastados. A ausência um do outro era excruciante.

canção de areia | sasunaruOnde histórias criam vida. Descubra agora