𝐎𝐜𝐮𝐥𝐭𝐨 || 𝒎𝒊𝒏𝒔𝒖𝒏𝒈

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Jisung atendeu sem pensar

"Oi. hum, merda- oh olá!" Ele deixou escapar, tentando o seu melhor para não soar estranho. Minho, do outro lado da linha, deu uma risadinha.

"Por que está tão nervoso, gracinha? Você não disse que sentia falta da minha voz?"

"Bem, eu- sim, mas eu não esperava que você realmente ligasse."

"Como sempre dizem, espere o inesperado."

"Touché." Jisung disse, sentando-se em sua cama. A lua cheia iluminava o quarto, sua luz branca dando a tudo um brilho natural.

O céu estava nublado, mas ele ainda podia ver algumas estrelas através do cinza. Jisung se perguntou se Minho poderia ver as mesmas estrelas também.

"Ei, Min-" Ele foi interrompido pelo som de algo batendo em sua janela. "Oh meu Deus," ele sussurrou, "Minho, eu acho que tem alguém aqui."

"Tem certeza?"

"Sim!" Outra batida na janela. "Merda, cara, estou falando sério, acho que tem alguém me perseguindo ou algo assim."

Ele lentamente saiu da cama, rastejando em direção à janela. "Se eu morrer hoje, diga aos meus pais que os amo." Jisung disse, antes de parar um momento para pensar. "... para o Chan também."

"E quanto a mim?!"

"Agora não é hora de se preocupar com detalhes, Minho! Estou prestes a ser assassinado por um perseguidor e é com isso que você está preocupado?"

"Basta verificar quem já está lá fora, pelo amor de Deus." Outra batida na janela, desta vez com mais força.

"MINHO, ESTOU COM MEDO DE QUE ELE ESTEJA FICANDO COM RAIVA"

"APENAS ABRA A JANELA!"

"VOCÊ QUER QUE EU MORRA?"

"ABRE A JANELA LOGO"

Jisung fez exatamente isso. Minho ouviu um grito abafado através do telefone, seguido por um baque, como se alguém tivesse caído.

"Minho...?"

"Oi." Minho respondeu, outro silêncio passando por eles, fazendo-o de repente se sentir nervoso. Minho não queria deixar Jisung desconfortável. Ele queria surpreender seu —definitivamente em breve — namorado, mas agora ele não tinha tanta certeza de que essa era a melhor ideia que ele poderia ter tido.

"Oi." Jisung finalmente falou. "Eu me sinto como Julieta."