Capitulo 1 Fuga da realidade

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Todos nós, temos um momento na vida, em que só queremos fugir da nossa realidade, porque isso acaba nos sufocando, e eu costumava acordar todas as manhãs com isso.
Mas ao longo do dia meu humor mudaria, eu terminaria o dia sendo grata pelo que tinha e então o sol surgiria novamente, só que invés de raios de sol pela janela e um bom humor, uma nuvem cheia de incertezas pairava sobre minha cabeça, fazendo eu ter medo de tudo, que me fazia sentir como se aquele não fosse meu lugar.

As memórias são como sonhos, elas desaparecem com o tempo, no meu caso, não havia memórias e nem sonhos, só havia uma voz interior que mandava eu ter cuidado. E também mandava eu correr, e não parar.

~semanas antes~

O sol atravessa as árvores e aqueciam meu rosto, então abri meus olhos e vi vários flocos de neve caindo em mim, eu estou sentada, encostada perto de uma árvore, tentei me levantar, mas assim que tentei uma dor muito forte na minha cabeça me fez parar.

-Arrgh! Está doendo.

Minutos depois eu percebo o ambiente ao meu redor, uma floresta coberta de neve.
Mas, então como eu vim parar aqui? Procurei nas minha roupas, para ver se eu achava algo útil, que talvez me fizesse lembrar alguma coisa, mas eu procurei e não tinha nada.
Será que fui roubada?
O que realmente aconteceu?
Por que eu não consigo me lembrar de nada?
Me segurei na árvore, e me levantei, mas com esses movimentos me deu uma forte tontura.
Eu não posso continuar aqui está muito frio, tenho que procurar por ajuda.
Eu andei lentamente, de árvore em árvore, tentando achar qualquer coisa importante, pra me ajudar a encontrar a saída e a entrada dessa floresta.
Até que eu parei, o que eu estou fazendo?
E se, ao invés de eu achar a saida, eu estou indo cada vez mais fundo da floresta?
E se... Ninguém nunca me encontrar?

-SOCOOORRRO!!!

Eu não obtive nenhuma resposta, a única coisa que eu ouvia, era meus fortes batimentos cardíacos.
E eu sabia que o medo, era meu maior inimigo agora, por isso tentei me acalmar.

-Eu vou ficar bem...

Eu ainda tinha a esperança de ouvir alguém, procurar por mim, chamando meu nome, mas foi ai que percebi.

-Meu nome... Qual é meu nome?

Eu não conseguia aceitar o fato, de que eu não lembrava meu passado e nem o meu próprio nome, que eu nem lembrava como acabei vindo parar aqui, nessa floresta coberta de neve, eu estava com tanta raiva e desesperada, que acabei cerrando meu punho e dei um murro em uma árvore, uma pulseira que eu estava usando, quebrou e caiu no chão. Eu peguei ela, mas não conseguia lembrar o como consegui a pulseira, acho que posso tentar conserta-la, observei a linda fileira de pedras da pulseira, por acaso eu percebi uma assinatura: "Filha"
Essa não pode ser a única assinatura. Eu olhei com cuidado a pulseira, e encontrei mais palavras: "Para minha amada filha, Maya"

Então, continuei andando em círculos e repetindo o nome da pulseira, esperando que isso me fizesse lembrar de alguma coisa.
Bem provavelmente é meu nome, mas como posso ter certeza? Não me Soa familiar Maya, eu sou a Maya. Cheguei a beira da floresta, eu estava com muito frio, sede e fome, mas eu não iria desistir.
Na minha frente vi uma linda aldeia, coberta de neve, mas o único problema era que eu estava no topo da colina, e perto não havia nenhum caminho para descer.
Finalmente! Talvez alguém escute meu pedido de ajuda.

- socorro

Eu queria gritar, mas minha voz não era mais alta que um sussurro, eu estava exausta... Até que um barulho atrás de mim, me fez acordar do meu estado meio adormecida, por instinto, me escondi atrás de uma árvore.
Tem alguém atrás de mim! Vai ficar tudo bem se eu ficar calma e quieta... Ele vai embora
Eu fiquei escondida atrás da árvore, sustentado minha respiração. Eu tinha esperança que fosse só um animal, procurando comida, e não o meu perseguidor.
Está silencioso...
Espreitei e consegui ver as botas de alguém, levantei minha cabeça e encontrei seus olhos, eu fiquei apavorada, mas não tinha pra onde correr, tinha um abismo atrás de mim. Ele estendeu as mãos pra mim, mas com medo recuei, eu estava com tanto medo, que acabei dando um passo em falso e escorreguei...

-Ahhhhhh! Nãooooo!

Naquela hora, pensei que fosse meu fim, e que a última coisa que eu veria, seria o rosto do Homem que estava me perseguindo.
Mas eu estava errada...
Eu só teria que agradece-lo por, ter salvo minha vida, ele segurou na minha mão de forma rápida, e me salvou do abismo que eu estava prestes a cair, fiquei cara a cara com ele.

?: - Essa foi por pouco! Te segurei!

Maya: - obrigada! Eu estava tão assustada...

? - Eu percebi que você estava apavorada, eu tinha medo que isso acontecesse, você escorregou, e quase caiu no abismo!

Maya: - Eu pensei que você... Estava me seguindo!

? : - Não! Eu nunca faria isso, só queria saber oque você estava fazendo, sozinha nessa floresta... Fiquei preocupado!

Eu demorei um pouco pra me acalmar, e dei uma olhada nele, ele era alto e forte, com seus cabelo castanhos grossos e bagunçados, os seus olhos azuis, tinham um brilho mágico, que poderia fazer qualquer um sorrir, mesmo em uma situação como aquela. As pessoas dizem que os olhos nunca mentem, mas os dele.. Eram misteriosos, mas ao mesmo tempo me fizeram sorrir.

? : - bem vamos começar novamente, meu nome é: Henry.

-Olá Henry! Eu sou a Maya - pelo menos acho que sou-

Henry: -prazer te conhecer, Maya! Agora deixa eu ajudar você, e te mostrar o caminho da aldeia.

-Obrigada! Eu estou realmente precisando, de alguma comida quente, acho que estou a dias sem comer...

-Dias!? Maya, vamos logo! E assim que você se recuperar, você me conta oque aconteceu.

Ele me abraçou pela minha cintura, e eu coloquei minhas mãos no seu pescoço.

Henry: -Devagar... Esta escorregadio.

A adrenalina que estava pelo meu corpo, começou a diminuir lentamente, comecei a sentir uma dor nos meus dedos congelados, e músculos enfraquecidos.

~No dia seguinte~

Continua...



𝙲𝚊𝚗𝚝𝚒𝚗𝚑𝚘 𝚍𝚊 𝚊𝚞𝚝𝚘𝚛𝚊

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