Duas irmãs marcadas por um passado terrível encontram a chance de recomeçar. O destino as leva para a cidade de Manassas, Virgínia, onde passam a morar com sua avó, Elizabeth, uma senhora simpática e proprietária de uma charmosa livraria-café.
Joset...
Leitura. Mergulhar em diversos mundos alternativos criados pela minha mente, idealizados através da leitura. Prazeres que somente um livro pode proporcionar. Quando comecei a escrever foi como abrir as portas de um mundo mágico. Um mundo criado exclusivamente para mim. Um milhão de histórias consumiam minha cabeça desde pequena. E eu sabia que era diferente das outras crianças. Meu pai, Alaric Saltzman, costumava me chamar de minha pequena escritora. Ele dizia que minha mente era um lugar inexplorado cheio de grandes ideias e que eu iria longe se me dedicasse a esse talento. Foi por isso que ele passou a me mostrar grandes obras, histórias famosas ao redor do mundo, uma fonte infinita de inspiração. Ser misteriosa e reservada é quem eu sou. Essa história deveria ser sobre mim. De fato, é difícil falar sobre mim sem citar todas as pessoas importantes da minha vida. Os personagens que mudariam minha história para sempre.
Penelope passou a tarde de quinta comigo. Maratonamos filmes e jogamos conversa fora. Ela me ajudou na livraria. E outra vez estava me fazendo companhia durante a tarde. Ela se ofereceu para preparar um chá para nós, enquanto eu lia o novo romance da autora Mary Louise. Presente da mesma, entregue pela Davina após o jogo da final. Eu estava sentada na poltrona situada na varanda do quarto. Ela trouxe duas canecas, pondo em cima da mesinha de centro que eu usava para colocar minha caderneta de anotações. Agradeci sem tirar os olhos do livro. Penelope sentou-se ao meu lado sem falar. Ela soprava delicadamente a fumaça do seu chá, minutos se passaram em silêncio. Meu foco estava na leitura. Em determinado momento pude perceber sua caneca ser posta ao lado da minha. Seu braço direito passou por meus ombros ficando no encosto da poltrona, sentia seu olhar em meu rosto, sua respiração quente bater em minha bochecha levemente corada pela intensidade do olhar. Não sei por quanto tempo ela ficou me olhando, ali, imóvel. Me deixando extremamente tímida.
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Sua voz começa a cantarolar baixinho.
Kiss me (Kiss me)
Down by the Broken tree house
Swing me
Upon it's hanging tire
(Beije-me
Sob o crepúsculo enevoado
Conduza-me
Pelo chão enluarado)
Era a trilha sonora do filme que assistimos ontem "She All That" (Ela é Demais). Não contive o sorriso apaixonado. Virei o rosto olhando em seus olhos enquanto a melodia suave saia da sua boca.