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                 Capítulo 3

      📌Ethan Martinez 📌

     Eu realmente não sou do tipo que tem medo de viver. É claro, tomo algumas decisões erradas algumas vezes, mas sei aproveitar a vida como ninguém.

   Anelise costuma dizer que sou imaturo e irresponsável, e bom, eu não discordo, mas também não concordo.

   Apenas me intitulo como o cara que sabe curtir ao máximo, sem se importar com as consequências, mesmo que isso resulte em uma noite na cadeia, ou diversas broncas da baixinha ou dos meus pais.

    E, é exatamente por esse motivo que mesmo temendo perder minha cabeça, não mudo de ideia, enquanto Anelise me encara como se pudesse me fuzilar com apenas o olhar.

—  Você não vai,  para cacete nenhum.—  Sentencia, ao escutar um dos manés comentar que estamos planejando ir a uma festa hoje, o que não a deixou nada feliz.

  Tinha que ser o bocudo do Caio.

—  Qual é Lise? Eu vou me comportar.—  Tento tranquilizá-la, mesmo sabendo que não tenho certeza disso, vendo os idiotas rirem.

   Não é que eu tenha medo dela, eu só não gosto de vê-la irritada comigo.

—  Não estou com vontade de acordar às seis da manhã, para ir te buscar na cadeia.—  Retruca com desdém, com os braços cruzados abaixo dos seios.

  Baixinha linda da porra.

—  Essa doeu até em mim.—  Comenta Felipe rindo da minha cara, e lanço-lhe o dedo do meio.

   Parece uma capivara, esse capiroto.

—  Aproveita que eu não pedi a tua opinião, e se convida a vazar do meu apartamento.—  Ela retruca e vejo, ele ficar sério, diferente de Caio que cai na risada

[...]

   No fim das contas, depois de um grande escarcéu, estamos nós quatro em uma festa, e tenho que lidar com os resmungos da minha baixinha, que só concordou em vir,  para  garantir que não vou passar a noite no xilindró.

    Vai entender.

   Seguimos até o bar, e Caio faz questão de pedir quatro caipirinhas. Sento na banqueta a frente do balcão, e puxo Lise  para  o meio das minhas pernas.

   Pretendo evitar que algum cara, arrume problemas, já que ela sempre dá um jeito de se meter em brigas.

—  Vocês vão ficar assim, é?—  O loiro oxigenado, do Caio pergunta, me fitando com um sorrisinho safado no canto dos lábios, e o encaro sério.

   Ele que nem tente se aproximar dela.

—  Qual o problema?—  Lise questiona, ficando séria.—  Eu já disse, que não vou buscar, ninguém na delegacia.—  Avisa, e dou uma breve risada, atraindo sua atenção.

   Faço sinal de rendição com as mãos, e a puxo de volta  para  mim, cheirando seu cabelo.

—  Não se preocupa baixinha, eu vou me comportar.—  Sussurro em seu ouvido, e escuto ela dizer um "acho bom".

    As horas que seguiram, foram baseadas em Caio tentando chamar atenção de algumas garotas, consequentemente passando vergonha, e Felipe bebendo uísque sentado um pouco mais afastado da gente, conversando com uma ruiva.

Nada mais que amigos, ou não? (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora