Capítulo II

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Os domínios
do mistério prometem
as mais bela experiências

Albert Einstein

▌O Primeiro Desejo ▌

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▌O Primeiro Desejo ▌

Havia aflição, surpresa e dúvida. Tantos sentimentos em um só olhar. Aquela mulher continuava a encarar sem dizer uma palavra.

Devagar, a desconhecida ergueu sua mão cuidadosamente em direção ao rosto de Hope, que estava inerte na situação como uma névoa que ensurdecia os seus sentidos.

Era estranho, quase magnético.

A ponta esbranquiçada de seus dedos quase tocava a bochecha de Hope. Assim que ela sentiu o toque frio da desconhecida, um arrepio percorreu a sua espinha. Algo dentro da garota gritava para ela sair dali imediatamente, mas havia outra coisa, talvez sua própria curiosidade, que sussurrava em seu ouvido que ela devia ficar.

O delicado perfume da desconhecida, uma sinfonia de chocolate e menta, era uma irresistível melodia que tocava primitivamente nos sentidos, envolvendo-me em uma teia de encantamento.

Ela podia ver os lábios da desconhecida se movendo, mas não podia ouvir, sussurrando para si mesma em um tom tão baixo que se tornava inaudível. Tão imersa naquela sensação que se viu perdida nos olhos da albina, se sentindo hipnotizada pela beleza dela.

Ela não tinha certeza sobre exatamente o que era, mas havia algo nela que a estava atraindo como um inseto indo em direção à luz, estava além do que Hope sequer podia imaginar.

Abruptamente, a albina se afastou de Hope com uma expressão assustada, mas o seu olhar agora parecia tão distante quanto o de um morto.

— Eu sinto muito — Murmurou antes de dar as costas para Hope, saindo de lá rapidamente pela porta e entrando novamente na lanchonete. Foi quando Hope sentiu o gosto metálico invadindo a sua boca. Passando a mão pela região de sua boca, ela percebeu que o líquido carmesim saía de seu nariz. Em uma tentativa falha, ela tentou limpar com a mão e então, com cuidado, se levantou ainda um pouco desnorteada. Mas ela não podia evitar de se perguntar, quem era aquela mulher? Ou por que ela havia saído com tanta pressa? Talvez uma vampira que ficou incomodada com o sangue. Mas aquele olhar tão sombrio e perdido... Aquilo provavelmente assombraria Hope por um tempo.

Saindo dali, ela seguiu até o banheiro, lavando o sangue que restava de uma forma que sua mãe não sentiria o cheiro, tentando não lhe trazer mais preocupações do que ela já tinha.

Enchendo suas mãos de água que saía na torneira, logo a jogando no rosto e tornando a água que escorria levemente avermelhada, com os olhos fechados Hope se viu de novo pensando naqueles olhos. Quando levantou a cabeça e encarou sua própria feição cansada no espelho, ela pôde ver uma fumaça negra se espalhando pelo banheiro como um tipo de fungo. Um cheiro fétido invadiu suas narinas, mas ao olhar para trás assustada, ela não viu nada além de sua própria sombra. A menina saiu apressadamente do banheiro, quase que cambaleando.

𝐒𝐘𝐌𝐏𝐇𝐎𝐍𝐘 𝐎𝐅 𝐂𝐇𝐀𝐎𝐒 •𝐻𝑜𝑝𝑒 𝑀𝑖𝑘𝑎𝑒𝑙𝑠𝑜𝑛Onde histórias criam vida. Descubra agora