• Capitulo 1 •

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Você já confundiu um sonho com a realidade?

Ou roubou alguém quando já tinha grana? Ou já ficou triste? Ou achou que o trem ainda estava se movendo quando na verdade ele estava parado?

Talvez eu, Louis William Tomlinson estivesse mesmo louco.

Talvez tenha sido os anos 60. Ou talvez eu tenha sido apenas um garoto, interrompido.


Louis se encontrava agora em um consultório improvisado, localizado ironicamente em um bairro residencial. Ele havia levado cerca de trinta minutos a mais do que esperado para chegar ao local. Acordou no horário de sempre e ao invés de seguir caminho para seu brilhante emprego, encaminhou-se para o outro lado da cidade.

O lugar era consideravelmente aconchegante, mas o Dr. Crumble não fazia isso tudo ser mais fácil.

- Louis, como você pegou a aspirina?

Louis apenas direcionou a visão para uma das janelas e pode ver sua mãe tirando uma grande bolsa de seu porta-malas. Ela nem mesmo se incomodou em avisa-lo que estaria lá, o que era estranho.

- O que é que minha mãe está fazendo?

- Quer responder minha pergunta? Por favor. - Disse calmo. - Como pegou a aspirina se você não tinha ossos nas mãos?

- Bom, é que até aí eles já tinham voltado.

- Oh, entendo.

- Não, não entende. - Louis fala se endireitando na cadeira para alcançar um isqueiro que estava na mesa ao lado.

- Bem. - O médico abriu um sorriso contido. - Então por favor, me explique.

- Explicar o que? - Se recostou na cadeira. - Explicar para um médico que as leis da física podem ser suspensas? Que o que sobe pode não descer? - Tragou profundamente seu cigarro fazendo uma pausa.

- Explicar que o tempo pode ir do presente pro passado, e aí voltar pro presente de novo? E você não pode controlar?

- Por que não pode controlar?

Louis não tinha vontade de se abrir, começa tudo por aí. Ele sempre dera seu melhor para que o mínimo fosse descoberto. Afinal, como descrever algo que está apenas em sua mente sem parecer um completo idiota auto piedoso?

Existem problemas tão ferrados por aí, e sempre que Louis associa isso se sente mal por ser como é. Sempre dando voltas em situações desagradáveis incansavelmente como um disco velho e arranhado que não presta para nada.

Por que você é assim, Louis? Eu te odeio.

Afastando os pensamentos e sacodindo brevemente a cabeça, Louis notou que o Dr. Crumbe falava seriamente algo que não teve tempo de assimilar.

Ao puxar seu braço agora dormente para cima, ele percebe que o cigarro que tinha em mãos se encontra apagado e com uma quantidade considerável de cinzas.

- Você está drogado? - O médico não esperou que o rapaz respondesse e apenas continuou. - Fuma maconha?

Louis tinha estado aéreo ultimamente, mas ao notar novamente a quantidade de cinzas em seu cigarro, de repente seu estomago borbulhou em nervosismo.

- Toma LSD? - Prosseguiu. - Nenhuma droga?

Louis apenas negou com a cabeça saindo de seu estado fosco.

- Como está se sentindo?

- Eu não sei. Eu não sei o que estou sentindo.

- Você tem namorada? - Louis discordou movendo a cabeça. - Namorado? - E ele concordou seguindo com os olhos para o rosto do Dr. Crumble.

Garoto, interrompido {versão Larry Stylinson}Onde histórias criam vida. Descubra agora