O carro estacionou próximo à entrada onde um homem de aparência elegante e com um black power imponente aparentemente aguardava a chegada de Louis.
O dia estava ensolarado, pássaros alegres cantavam rodopiando no ar próximos às arvores que compunham a estética do hospital, que de longe parecia ser algum tipo de base militar disfarçada.
- Olá, Louis me chamo Malcom, e vou te ajudar com toda a burocracia inicial. Me siga por favor.
E assim Louis fez. Ele foi guiado por Malcom e os dois tiveram que aguardar cerca de quarenta minutos em uma pequena recepção para que finalmente fosse lhe dado os papeis. Os benditos papeis.
As condições de admissão do hospital se estendiam por duas folhas tortuosas que Louis fingiu ler nem se esforçando para disfarçar seu desinteresse.
- Huh... Os meus pais que deveriam-
- Tem que assinar senhor Tomlinson. Tem mais de dezoito anos, a decisão é sua. - A secretária o interrompeu sem muita paciência.
Louis baixa a visão para a terceira folha da pilha se deparando com uma descrição que insinuava tentativa de suicídio e uma possível depressão.
- Olha, e-eu não tentei me matar. - Explicou.
- Esse tipo de coisa se conversa na terapia, querido. Não aqui. - A velha secretária disse calmamente.
Malcom abriu um tímido sorriso encorajador, e assim Louis jogou tudo para o alto assinando todos os papeis afim de acabar logo com o inevitável.
- Essa é a ala masculina, também conhecida como pavilhão sul. - Malcom acrescenta caminhando alguns passos à frente de Louis. - É aqui que você vai ficar, e é aqui que eu trabalho.
O prédio de quatro andares tinha uma aparência sóbria, e não era grandes coisas. Apenas paredes de tijolos vermelhos e algumas janelas brancas.
Malcom andava rápido e Louis estava sofrendo um pouco para acompanha-lo. O lugar era simples, sendo apenas uma enorme sala com alguns sofás que faziam parte da recepção.
- Muito bem, este é o segundo andar. - Acrescentou. - Preciso que fique perto de mim, pois é fácil se perder aqui.
- Tá bom. - Concordou Louis dando um salto pelos dois últimos degraus da escada de madeira.
Malcom abriu uma grande porta apresentando o local. Tudo era muito branco.
- Muito bem, vamos começar com esta sala. - Anunciou abrindo a primeira porta do longo corredor principal. - Esta é a sala de artes.
O lugar claramente soava como uma sala de artes. Muitas telas, pinceis e tintas nas prateleiras com pequenas mesas individuais organizadas em um padrão pelo lugar.
No canto esquerdo logo próximo à entrada havia um rapaz sentado, tentando incansavelmente enfiar alguns dedos pelas grades que continham um cômodo repleto de instrumentos musicais.
- Niall, o que está fazendo aqui?
- Eu me sinto bem musical hoje. - Informou sorrindo alegremente. - Posso ficar aqui mais uns segund-
- Hoje não. - Malcom interrompe negando.
Niall recatadamente se levanta do chão e segue caminhando para a saída. E foi aí que Louis pode reparar em sua pele. Sua pele era completamente diferente.
Na época, Niall não tinha idade suficiente para dirigir, então provavelmente caminhou até o posto de gasolina do bairro e disse que o carro do pai tinha ficado sem combustível.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Garoto, interrompido {versão Larry Stylinson}
FanficVersão Larry Stylinson da obra "Garota, interrompida" Todos os direitos estão reservados a Susanna Kaysen.