Rimando

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- Harry rima com Berry, água rima com tábua, meu amor por você é mais forte que uma bala - Draco falou.

- Fica quieto, Draco. Logo vai passar - Harry disse, quase rindo sem controle dele, que havia sido amaldiçoado por Hermione. E ela nem quis dizer quando o feitiço de rima iria passar. Mas achava que foi justo depois de Draco ficar a atormentando.

Harry ria ainda mais porque o companheiro é péssimo em rimar.

- Não ria de mim, não vai ser fácil me aguentar assim, daqui a pouco vai estar chorando e eu ainda rimando.

Harry não gostou da parte de chorar, choraria porque não aguentaria mais Malfoy rimando ou porque iria levar uns tapas dele por rir tanto?

Percebeu que era a segunda opção quando Malfoy veio em sua direção. Quase correu, mas não recebeu nenhuma bordoada, foi abraçado.

- Seu babaca, depois te quebro na pancada - Draco continuou, o apertando como ótimo consolo, muito receptivo, carinhoso e quente. - Desfaz esse feitiço nessa hora, porque já não aguento mais essa história, só faz algumas horas e eu já quero matar toda a escola.

Harry riu lembrando-se de como o refeitório inteiro caçoou de Draco. E até mesmo os amigos Sonserinos quando os dois cheram no Salão Comunal da Sonserina. Agora sentia pena, fez carinho no cabelo platinado dele, sentido a cabeça dele descansando no ombro.

- Você quer dormir? - Harry pensou que seria melhor para poder passar o tempo mais rápido.

- Mas são quatro da tarde, eu nem tenho vontade - Cruzou os braços.

- Mas vamos mesmo assim - Harry pegou na mão de Draco para o levar do Salão Comunal da Sonserina para o dormitório do local.

Estavam quase lá quando Snape entrou no Salão e disse, frio:

- Quem disse que grifinórios podem transitar na área sonserina?

Draco entrou na frente de Harry.

- Ele é meu namorado, na história você não foi chamado - Recomeçou a levar Harry para dentro do dormitório, já com raiva pela intromissão.

- Menos 50 pontos para a Grifinória e Sonserina - disse Snape.

- Danem-se os pontos, vai embora professor, seu opressor, que eu só quero estar com meu amor - Beijou o pescoço de Harry e o empurrou para dentro, batendo a porta. Depois os dois escutaram:

- Detenção hoje à noite. Na minha sala às oito, os dois - Snape saiu soltando fogo, com sua capa esvoaçante.

- Você fica bem corajoso rimando - Harry riu, sentando na cama de Draco. - Espero que não tenhamos que ir para a Floresta Negra.

- Floresta Negra? - Draco se sentou também. - Depois dessa, meu amor, não duvido que ele nos jogue uma Avada e nos abandone numa vala.

Draco esqueceu esse pequeno detalhe e chegou perto de Harry. O deitando de costas na cama, em cima dele.

- O que é, o que é - Draco iria indagar -, tem olhos verdes mais brilhantes que a lua - disse e deu um beijo em Harry - e uma boca linda que vai ser trilhada muito mais do que uma rua?

Harry riu da brincadeira sem sentido e de como Draco era péssimo naquilo, ainda mais tentando fazer charme, o que o deixava muito engraçado.

- Vai fazer pouco caso de mim? Então é assim? Mostro o que sinto por ti e sou tratado assim - Foi se levantando. - Seu paspalho, vai para a casa do... - Harry não o deixou xingar, segurou suavemente o quadril dele, o espantando.

Draco o olhou com um pouco de raiva.

- Espelho - disse, rindo, depois. Logo voltou à posição normal e recomeçou a o beijar.

- Espera!

Draco se assustou enquanto cheirava seu pescoço.

- Você só disse espelho!

Draco sorriu.

- Eu só disse espelho, sem nenhum empecilho - rimou de novo.

A animação de Harry se acabou com a rima.

- É mentira! Parei de rimar mesmo! - Draco pulou.

Harry sentiu todo o peso dele em sua barriga. Não conseguiu respirar por alguns instantes de dor.

- Desculpa, desculpa - Saiu de cima e se deitou ao lado. Sorria sem graça e pedia perdão ao mesmo tempo. Passou a mão carinhosamente na barriga de Harry por debaixo da roupa.

- Seu... - Harry ficou tão perdido que não conseguiu pensar em algo para xingá-lo.

Draco amenizou o seu ódio ao começar a beijar o local.

- Desculpa - Parou para pedir, com uma carinha muito fofa de arrependimento.

Para Harry, ele nem precisava de perdão.

- Só continue, mocinho - Harry mandou.

Então riu da mudança de Draco de arrependido para safado, sentindo cócegas e arrepios ao mesmo tempo e sua barriga molhada.

Rimando <Drarry>Onde histórias criam vida. Descubra agora