Capítulo 11

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Enquanto jantava no refeitório, se lembrou que no próximo dia seria aula sobre dominância, teria que dar um jeito de esconder a sua falta de magia.

Estava sozinha, já que preferiu jantar mais cedo para dar uma olhada nos livros que encontrou.

—Posso me sentar aqui?— Taylor pede com um olhar baixo. Andrômeda apontou que sim, não estava nem um pouco contente com sua presença depois do conflito de mais cedo, mas se lembrou da cena da diretoria, precisava conseguir informações.—Quero me desculpa pela forma que agi mais cedo. Estava de cabeça cheia e acabei jogando tudo em cima de você, sinto muito.

—Tudo bem, não tem que se preocupar...está desculpado.—A garota respondeu, não estava acostumada com esse tipo de desculpa, se lembra dos seus alvos. A maioria traficastes, abusadores ou golpistas, suplicando em perdão, pedindo que poupa-se sua vida em misericórdia prometendo que iriam mudar, porém todos acabavam do mesmo jeito, mortos.

—Tem se adaptado ao ritmo da academia?—Thompson pergunta tentando estabelecer um diálogo.

—Sim, não é tão pesado quando consegue se organizar.— Andrômeda respondeu com um levantar de ombros.— Como é ser monitor?—Se tiver um pouco mais de conhecimento sobre suas obrigações, conseguiria saber seus percursos e observá-lo.

—Um pouco cansativo na verdade,  somos responsáveis pela vista grossa de noite, e por resolver os problemas pela maioria dos treineiro.

— Como achar sutiãs?—Perguntou com um sorriso irônico.

—Como achar sutiãs, exatamente. E olha que esse não foi tão complicado.—Respondeu com um suspiro.—O que me lembra Andy, que se não tivesse pegado aquela briga justo no dia de chegada teria sido suspensa, em qualquer outro dia no ano isso teria acontecido.—Falou retomando ao dia que se conheceram.—Uma pena, eu iria adorar escolher como seria punida.—Completou com típico sorriso malicioso e arrogante.

—Vá sonhando Thompson, farei questão de não lhe dar esse prazer.— Disse com um olhar irritado apontando a faca para Taylor, que logo gargalhou tombando a cabeça para trás.

—Não seja rabugenta Andy, pode ser mais divertido do que pensa. Eu poderia colocá-la para limpar o banheiro masculino do corredor principal.— Andrômeda fez uma careta de nojo, ao se lembra do terrível odor que o lugar tinha só de passar na sua frente. A careta em seu rosto gerou outra risada no monitor.

—Prefiro ter que me jogar do terceiro andar do que entrar naquele banheiro ou seja lá o que for aquilo.

—Pense pelo lado positivo, se sair de lá com o tato funcionando do mesmo jeito, nada mais vai conseguir te afetar. Seria como uma lenda viva.

—Sabe, quando as pessoas contam sobre seus feitos elas falam de algo heróico não sobre ser um sobrevivente de efeitos químicos de um banheiro.—A garota o retrucou fazendo gestos com a mão.

—Tem razão, acho que não seria a melhor escolha para um discurso sobre bravura.— Respondeu com um gesto pensativo.

Continuaram comendo normalmente já que ar de tensão tinha se dissipado pela conversa descontraída.—Bom tenho algumas coisas para resolver, vou indo.— Andrômeda dessa vez se despediu, iria tentar mudar essas pequenas ações.

—Olha só, se despediu dessa vez isso já é um grande avanço.—Se levantando para sair também quando continuou.— Que bom que decidiu se responsabilizar por mim, foi um pouco atrasado, mas não sou tão exigente.—Falou piscando o olho, ele realmente gostava de irritá-la.

—Sinto muito dizer, mas eu ainda sou muito jovem pra isso. Terá que se consolar e esquecer essa ideia, se quiser tem uma garota ruiva bem ali. Tenho certeza que ela ajudaria sem reclamar.—Falou apontando com a cabeça posta uma treineira que não parou de olhá-lo o jantar inteiro.

Depois de perceber a presença da garota o mesmo virou de volta e disse.—Quem sabe eu supero algum dia, mas não se preocupe sei onde ficar seu quarto.—Não iria parar de usar essa piada por tão cedo.—Adeus!— Terminou ao ver Andrômeda saindo.

———

Se sentando na cama, observou os dois livros que pegou da biblioteca, abriu um deles para ler sobre a história da Academia, mas logo rolou seus olhos até o de capa marrom que caiu misteriosamente ao seu lado, por algum motivo se sentiu totalmente imersa em escolher ele quando finalmente cedeu há "Pervainos: o fio de esperança".

Assim que abriu o livro percebeu uma mensagem posta na primeira página, "Quando sucumbir ao terror dos males escondidos, deve portar a magnificência dos maiores e crer nos decendentes de uma luz...o fio de esperança ." Assim que abriu a próxima página teve a visão de um desenho um tanto incomum, era um ser de vestes brancas que realçava as curvas em seu quadril que possuía um tipo de jarro, seus cabelos enormes em contraste com a máscara de lua em seu rosto tapando todo o rosto com excessão de seus lábios e maxilar. Assim que olhou o título entendeu "a deusa Elpída"contava sobre "seu poder e vislumbre, participou da criação dos seres com poder de animação sobre qualquer coisa que circula sobre si, o seu poder e a pequena amostra dele, é carregada em seu jarro capaz de dar vida a qualquer coisa que o tocasse" olhando o restante algo chamou sua atenção " o descendente do dom de criação, tem o poder de seduzir e encantar qualquer ser místico a segui-lo, tem o dever de justiça e paz sobre a devastação eminente. Seu Oplos é representado por um arco dourado com sua pedra verde brilhante" Tinha um desenho do arco também, suas curvas nas pontas em linha e desenhos em ouro que percorriam suas curvas. Quando terminou de ler essa parte, tudo começou a se encaixar Pervainos eram os trancedentes, o grupo de guerreiros.

Começou a folhear rapidamente as outras páginas até que encontrou uma figura que a fez estremecer, era ela...a mesma imagem que a atormentava durante os últimos anos estava bem ali em tinta e papel. A "Morte" lhe perseguia mais uma vez, "Porque ela estava ali? Pior porque ela estava em meus sonhos? Onde as sombras vão estar? ". A sua primeira pergunta foi respondida ao ler "Thanatos, deus da morte e tempo, capaz de devastar tudo ao seu domínio, o maior medo e única certeza de todos os seres místicos que respiram" continuou lendo até chegar onde queria " o descendente da morte, herdara a presença medonha e grande poder de devastação, responsável pela matança bruta e dominante na guerra. Seu Oplos se passava pela grande foice pontiaguda tão negra quanto o céu a noite com sua pedra roxa".

A mesma que viu em seus sonhos, mas logo teve uma lembrança o nome Oplos, era isso que o rei estava procurando, ele quer um objeto sagrado dos transcendentes, mas se ele estava procurando e tinha certeza disso, quer dizer que tudo era real, os deuses, seus descendentes. "Para que Alerec quer uma arma sagrada? Se ele estava procurando quer dizer que tem uma dentro da Academia." Abriu rapidamente o outro livro procurando alguma informação que lhe ajudasse, quando viu uma página que dizia que antes da Academia Real ser construída o local foi o principal quartel da guerra, "A guerra...os transcendetes estavam acampados aqui, por isso a presença do Oplos!"

Tentando raciocinar o número de informações em sua cabeça, percebeu que aquilo era algo muito maior do que pensava, estava disposta a tudo que fosse necessário pra chegar até o fundo disso. "Vou achar o Oplos antes do rei" decidiu querendo respostas sobre seus sonhos e o que o rei está tramando.

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