Sweetheart- JJ Maybank

🌊 001🌊

POV JJ

A multidão da escola começava a me irritar mais que o habitual e Kie e Pope já terem ido embora deixava tudo pior. 

John B e Sarah tinham sumido e dados como mortos há quatro meses e Outer Banks era um inferno desde então tudo ficava um pouco mais insuportável do que já era.

as aulas eram só um pluss. 

eu estava sentado num banco no pátio da escola que aos poucos ia se se esvaziando e tentava ligar para Kie, que não me atendia.

eu iria almoçar com ela e Pope hoje. provavelmente a garantia de que eu comeria algo até eu pensar em algo para o dia seguinte.

ao longe eu podia sentir o olhar de alguém me observando. 

Quando me viro, não me surpreendo ao ver aquela menina. de novo.

o vestido florido, a faixa passando pelos seus cabelos castanhos que batiam no ombro. o all star branco esfolado.

era tão adorável que chegava a ser patético. 

ela me observava tinha quase duas semanas e eu só não tirava satisfações com ela pelo fato de eu ter o dobro de seu tamanho e dela ser mulher.

quando ela percebe que eu a encaro, vem até mim.

saltitando.

- Quer almoçar lá em casa?- sua voz era meiga e eu a olho confuso.

- O que?

- você sempre sai com seus amigos e hoje não saiu, então suponho que você não tenha companhia para almoçar, portanto, estou te convidando para comer em minha casa.- fala rápido e ela parecia nervosa.

- está me espionando?- ela faz careta.

- Não, apenas reparei neste fato.

- eu nem sei seu nome.- digo irritado. essa menina era louca.

- Eu sou a Dalilah, com 'h' no final.- fala e ela estende a mão para mim, esperançosa para eu apertar.

- JJ.- digo desconfiado mas não aperto sua mão o que a faz abaixar.

- agora nos conhecemos, e então?

penso no assunto. provavelmente eu não iria ter o que comer pelo resto do dia a não ser uma meia porção de batatas velhas do The Wreck, então eu posso comer na casa dela e ter uma refeição garantida. Mesmo essa garota sendo louca.

- tudo bem.- me rendo e vejo um sorriso crescer até seus olhos. 

então ela se vira me puxando pela mão, andando pelas ruas.

um ser daquele tamanho se vestindo daquele jeito não poderia me sequestrar.

- Você não é uma kook, é?- pergunto e a vejo gargalhar.

- Não, pogue pura da cabeça aos pés.- fala brincalhona.

- como nunca te vi se você é uma pogue? mora aqui desde pequena?

eu nunca tinha reparado nela na vida.

- moramos na fronteira Pogue e Kook por conta da confeitaria. eu só não chamo muita atenção.- fala simples e quando vejo, estamos em frente de um estabelecimento. 

" GARCÍA'S"

era uma confeitaria num lugar super movimentado e eu nunca tinha percebido.

- minha mãe não tem muita criatividade para nomes.- explica e eu assinto, meio atordoado.

quando entramos, céus, é quase um mundo a parte.