Capítulo um

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Remendar o que foi quebradoDesdizer estas palavras lançadasEncontrar esperança na falta de esperançaMe tirar desse desastreDesfazer as cinzasDesencadear as reaçõesEu não estou pronto para morrer, ainda nãoTrain WreckJames Arthur

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Remendar o que foi quebrado
Desdizer estas palavras lançadas
Encontrar esperança na falta de esperança
Me tirar desse desastre
Desfazer as cinzas
Desencadear as reações
Eu não estou pronto para morrer, ainda não
Train Wreck
James Arthur

A chuva bate contra o vídeo escuro do carro, observo o deslizar as costas pelo vidro observando as traças seus próprios caminhos, deslizando e deslizando até se encontrarem no chão em poças de água.

Minhas mãos ainda estão agitadas, o batuque constante dos dedos em meu colo com certeza a incomodativa, mas elas não param.

O aperto constante em meu coração também não, um constante lembrete de pequenos erros.

O refrão da música soa em meus ouvidos através dos fones de ouvido e me pego pensando se levaria um policial por estar ouvido músicas de "baixo calão" como ele se refere.

As cutículas em minhas unhas são resultadas de tentativa de mantê-las quietas.

Me lembro dos olhos de minha mãe enquanto ela me desejava uma "boa aula", me lembro dos seus lábios em minha testa em um beijo estalado, me lembro da sua forma escura no parapeito da janela enquanto entrava no carro.

Aumento o volume da música em uma tentativa inútil de pensar no que pode estar acontecendo com ela nesse momento.

O som da junção da bateria e a guitarra me não são o suficiente para me distrair por completo, o barulho a euforia da plateia, os gritos em admiração são só um lembrete dos seus gritos enquanto ela luta para se defender.

Fecho os olhos pensando nos sorrisos dela enquanto James Arthur soa nos fones de ouvido

– Sr. Stanvy_ O toque contra meu joelho é o suficiente para me deixar em alerta

– Sim? _ retiro um dos lados do fone de ouvido e indago o Brutus, o motorista.

– Chegamos Sendo_ o estalo das portas sendo destacadas me tira da névoa se pensamentos bagunçados me enviando um choque de realidade

Concordo em um aceno antes de abrir a porta.

Com o impacto da porta na lataria do carro tiro os óculos escuros do rosto e logo bagunço os cabelos em um gesto totalmente indiferente a verdade que estou por dentro

Passos confiantes e um sorriso ladinho em meu rosto para cada rosto conhecido que passa por mim

A imagem perfeita.

Garotas piscam quando passo por ela e garotos acenam em respeito

Em respeito a um farsante em sua própria pele.

Adentro os portões da Universidade com as mãos dentro do bolso do moletom, os punhos fechados em busca do controle enquanto nos lábios tenho o sorriso com a mais falsa confiança.

Nightmare ReapersOnde histórias criam vida. Descubra agora