henlo,
para uma melhor experiência, escutem com a sua playlist mais triste :( bjs
¨
Aki grunhiu com a dor maçante; aparentemente metade de suas costelas estavam quebradas, seu pulmão já deveria ter sido perfurado e estava completamente comprometido. Seus braços estavam dormente e também não conseguia sentir as pernas. Gradativamente sua visão ficava mais escura e a respiração mais lenta. Notou que estava morrendo.
Seu corpo estava encostado em um beco sujo e abandonado longe de toda a confusão que aquele demônio conseguiu causar; sua espada estava fincada no chão de concreto, e Aki quase não acreditava que ela seria a única testemunha da sua morte.
Ele também não acreditava que, à beira da morte, estava profundamente arrependido de ter vivido a sua vida de forma tão leviana. Talvez a coisa mais extraordinária que tenha feito foi cuidar de Denji e Power, e ele também estava arrependido de não poder ter feito mais por eles. O arrependimento lhe queimava por dentro de forma que ele não conseguia pensar em nada de bom que tenha feito durante os anos que viveu.
Os olhos ardiam, o coração apertava mais a cada segundo que sua vida se esvaia. Perguntava-se onde Denji e Power estavam no meio daquele caos, Aki queria poder vê-los antes de morrer, queria se desculpar por ter sido tão negligente e irresponsável.
Lembrou-se que eles planejaram uma viagem... Angel iria com eles desta vez... vamos ter que marcar para uma outra vida.
Encostou a cabeça na parede e fechou os olhos, a morte era uma velha amiga a qual Aki sempre esteve familiarizado, ele esteve esperando-a por um longo tempo, mas agora que ela estava tão próxima, queria mais tempo para fazer algo da qual se orgulhasse.
Uma certa lembrança o fez rir e uma lágrima correu solitária pelo seu rosto. A imagem de Angel preencheu toda a sua mente.
Todos costumavam dizer que Angel era a própria morte perambulando pela terra; Angel ouvia tanto isso na agência que acabou acreditando, e foi difícil para Aki conseguir convencer Angel de que nada daquilo era real, queria fazê-lo ver quem ele era através dos seus próprios olhos.
Merda.
Queria vê-lo. Estava com saudades. Estava apaixonado e tinha medo de que não fosse esquecê-lo mesmo depois que morresse.
Aki acreditava que Angel foi a sua penitência pessoal por uma vida cheia de pecados, por isso ele nunca pôde tocá-lo. Aki sempre soube que a morte seria a última coisa que faria, mas ele preferia viver uma vida sem tocar em Angel do que viver uma morte sem ele. Viver uma morte.
Ele riu de si mesmo, nunca imaginou que a morte o deixaria tão sentimental. Estava-o fazendo pensar em coisas que ele jamais pensaria, e se Angel, Denji ou Power estivessem ali, também diria coisas que jamais diria em outras circunstâncias.
— AKI!
Uma ventania forte atravessou o beco, e então Denji apareceu à frente de seus olhos. O loiro correu até o corpo de Aki e se ajoelhou em frente à ele, verificando o ferimento em seu estômago; Aki podia ver o desespero escorrendo pelos olhos de Denji.
— Você está morrendo?! — Denji perguntou, e Aki tinha quase certeza de que isso era muito óbvio.
Hayakawa suspirou, os olhos ardendo mais do que antes.
— Você está bem? — Aki indagou.
Denji ficou quieto, desacreditado que aquela pergunta foi feita.
