Se vestiu com um kimono para noites um pouco mais gélidas e partiu para os afazeres do jantar, indo para a cozinha ; lá chegando, deu de cara um um Kenshin compenetrado acabando de cozinhar o missoshiro. Yahiko acabava de pôr a mesa.
- O cheiro está delicioso – Ela sorriu bondosamente, se colocando ao lado dele para espiar o tacho terminando de borbulhar.
-Sim, e eu estou morrendo de fome. - O jovem esfregava o estômago, já se sentando.
Kenshin sorriu muito levemente, porém logo voltou os olhos para o braço dela, fechando sua expressão .
- Depois de jantar vou tentar te ajudar com isso. – Ele apontou o dedo próximo para a área ferida.
- Ah , isso? - Ela fingiu nem notar , dando pouca importância e torcendo o nariz. – Já tive piores, acredite.
- Nossa , eu não lembro de ter visto nada pior. - Yahiko se espantou com o estado da pele de sua sensei. Mas logo mudou de ideia, ao ser fuzilado pelo olhar dela.
O ruivo se conteve em servir a comida para ambos com cautela.
- Eu acredito que poderia ter sido evitado, se eu estivesse presente. - A calma dele agora era mais frieza.
Estaria bravo com ela?
A jovem se limitou a observá-lo, sem saber direito como responder ainda.
-Eu queria ter batido mais naquele palerma quando eu tive a chance; esse imbecil que não cruze meu caminho pelas ruas. - Yahiko bufava enquanto esfriava sua comida.
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Logo depois da refeição concluída, Yahiko saiu de casa e foi visitar Sano; já o ruivo levou a instrutora para o quarto que ele costumava dividir com Yahiko.
– Vamos cuidar disso antes que piore... – Ele pegou uma garrafinha com um líquido espesso esverdeado que Megumi havia deixado com ele, ainda nova; era um preparado específico para hematomas, vergões e feridas superficiais de batalhas – Pode se sentar, aqui – Ele puxou uma almofada para seu lado, a fazendo se sentar – Sei que está doendo, mas vou precisar esfregar um pouco seu braço com esse tônico; pronta? – Ele vislumbrou o rosto dela com dúvida no olhar.
- Vamos com isso. – E afastou a manga para longe dele, virando o rosto , já tenso, para o outro lado. – Quanto antes começar, antes termina. – E suspirou fundo.
Ele achou graça na semi-bravura dela; de novo via a meninice de Kaoru em ação.
- Prometo que vou devagar . – Ele pegou um pouco do líquido e colocou em cima do vergão no antebraço de Kaoru que já estava ficando cada vez mais roxo. – Espero que o braço dele demore uns 2 meses para se recuperar. – Franziu o cenho, sério, enquanto ela emitia um muxoxo longínquo; tocou devagar a pele dela, circulando o líquido em toda extensão do machucado.
Ela respirava fundo, mantinha o rosto o mais impassível que conseguia, virada para o lado oposto, caso quisesse fazer alguma careta de dor.
- O cheiro é bom. – Ela disse num murmúrio corajoso.
- Sim, concordo. – Ele continuava em movimentos leves. – Vai doer menos se não esticar muito o braço e chegar um pouco mais perto. – Ele puxou a almofada em que a instrutora estava sentada em cima com somente uma de suas mãos; a trouxe para ainda mais perto de si, arrumando o ângulo do braço dela para algo mais confortável.
Agora o rosto dela não estava mais tão longe da face dele; nem que não quisesse ,Kaoru deixaria Kenshin ver suas reais reações .
"Bendito samurai forte e esperto que fui arranjar em minha vida." – Os pensamentos dela a ajudavam a se distrair momentaneamente.
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Até meu último dia
RomanceFinalmente o nosso querido Rurouni Kenshin decide tomar as rédeas de sua vida amorosa, que sempre ficou negligenciada à segundo plano. Uma inexperiente Kaoru é pega de surpresa e começa a pensar em como entender seus próprios sentimentos. Humor e mu...