*desculpem quaisquer erros*
Boa leitura!
☆
Jackson Wang
Murphy é um desgraçado filho da puta que nunca esteve tão certo. Tudo o que pode dar errado, dará errado.
Da forma mais fodida, para incrementar ainda mais as coisas.
E eu, como o escolhido preferido da má sorte não poderia ser a divergência.
De frente para mim, Soomin me observava com uma expressão que demonstrava todo o rancor que guardava por mim há anos.
Soomin foi uma aventura, eu diria. Nos conhecemos e nos envolvemos no colegial, como a maioria dos relacionamentos acontecem. De certa forma, eu fui importante em sua vida, pois fui o primeiro homem com quem a loira dormiu - não no sentido literal. O problema surgiu quando ela presumiu que estávamos namorando e decidiu que contar para todo o colégio era uma boa opção. É, não foi. No mesmo dia, ela me pegou recebendo um boquete em uma das cabines do banheiro feminino.
E então eu mudei de colégio.
Não me culpe, por favor. Eu era um adolescente rebelde que não conseguia segurar o pau dentro da calça por conta dos hormônios. Soomin não entendeu bem essa explicação, então eu decidi que era a hora de criar raízes em outro lugar. É claro que o boato de que eu era um traidor não influenciou nas minhas decisões.
Então, depois de tudo, não tive mais contato com a loira, tampouco queria. Não estava disposto a começar um relacionamento, mesmo que me interessasse pela personalidade dela. Ela não aceitou a minha decisão, até perdoou a minha traição - que só existia na cabeça dela, convém ressaltar. Não estávamos namorando, então eu era livre para ficar com quem quisesse -, e ficou insistindo por incontáveis dias. Em algum momento, frustrado e exausto mentalmente pelas investidas, espalhei em meu grupo de amigos que a garota tinha bafo. Foi uma filha da putagem, não nego, e me arrependo. Mas naquela hora pareceu uma boa opção. No entanto, a conversa não se limitou ao meu grupo e se estendeu a outro grupo, depois a outro e mais outro. Chegou em um ponto em que a cidade inteira sabia da mentira que eu havia contado. Soomin, então, tomada pela vergonha e humilhação, mudou-se de cidade. Quase sete anos depois, inesperadamente, encontro a loira em um cybercafé.
− Já faz um tempo, Jackson Wang. - ela diz com um sorriso de canto que evidencia que a sua real intenção é arrancar o meu pau com as unhas postiças.
− Muito tempo, Lee Soomin. - digo no mesmo tom, embora meus olhos observassem discretamente o ambiente ao redor em busca de uma fuga rápida. Infelizmente, tudo o que eu encontro é um rapaz lendo uma revista em quadrinhos enquanto beberica um café.
− A última vez que nos encontramos eu estava fugindo da cidade. - molha os lábios enquanto ergue uma das sobrancelhas. − Por sua causa.
− Águas passadas não movem moinhos, Soo. - um sorriso ladino adorna os meus lábios ao mesmo tempo que as palavras saem da minha boca. − Podemos conversar uma outra hora? Estou tendo um encontro aqui.
Desta vez, as duas sobrancelhas dela se erguem ao passo que os lábios crispam e os braços se cruzam em frente ao corpo, avantajando os seios. Resisto à tentação de olhar para eles, porque peitos são o meu ponto fraco, assim como bundas e paus.
− Encontro, você disse? - indaga, olhando ao redor. − Não estou vendo outra mulher nesse lugar.
− E quem disse que é uma mulher? - retruco em um revirar de olhos. − Você deveria lembrar dos meus gostos, Soomin.
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O que quadrinhos não contam |oneshot;adp.|
Fanfiction|OQNC| Adaptação;oneshot | cr. vanhobi JinYoung não carece de muitas coisas para se sentir feliz. Quadrinhos e uma xícara de café são como o tesouro no fim do arco-íris para ele. Dono de sorrisos fáceis e mentiras bonitas, Jackson não é um bom con...