Introdução

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A fase da adolescência é a pior fase possível, e isso piora ainda mais quando você é um menino de 17 anos, nerd e gay.

Esse livro é para você que não tem medo de se apaixonar ou não tem medo de se jogar de um precipício sem pensar no amanhã. Poderia lhe dizer que esses meus relatos são fáceis de aceitar, que o meu mundo é cor-de-rosa, mas estaria mentindo pra vocês e pra mim mesmo.

Como toda história, a minha se passa também num período caótico e perturbador; o colegial. Uma escola com tantas regras de intolerância a violência, a preconceito e a suicídio. Como essas regras bastasse para mandar alguém seguro; para me manter seguro.

Esses relatos não serão fáceis de aceitar, mas o que nessa vida é fácil de aceitar? Não é mesmo?

...

O pior horário era sem duvida o de matemática. Bom, para alguns alunos não para mim isso é o que me destacava negativamente na multidão horripilante da minha turma de classe. nerd, quatro olho, mariquinha, bicha, baitola era apelidos comum dos que me chamavam, isso quando eles não me atacavam fisicamente, que por sorte não era muito. Nunca pensei como esses ataques poderiam acabar com a meu alto confiança em mim mesmo. Parando para pensar, qual das alternativas eu ainda tinha? Me mudar de sala? Não. Mudar de colégio? Bom avia um colégio a 8 km de distancia de onde eu moro, isso não seria também uma escolha aceitável. A outras duas alternativas eram perigosas demais para cogitar pensar, suicídio ou um aluno perturbado fuzilando geral na escola. Isso não era uma opção.

Com certeza o pior horário era o quarto tempo, literatura, não que eu não gostasse de ler, o que fazia muito, quase o tempo todo. Mas falar, na frente de 43 alunos. Isso sem dúvida era a pior coisa para um garoto com ansiedade e toque.

- "Você quer um coração? Você não sabe o quão sortudo és por não ter um. Corações nunca serão práticos enquanto não forem feitos para não se partirem." – disse pausadamente, estava com a coluna abaixada, com o olhar envergonhado. Tinha acabado de recitar um dos trecos mais difíceis do O Magico de Oz um livro tão lindo com uma mensagem tão inspiradora, mas pouco compreendido e entendido pelos adolescentes.

- Obrigado! Gabriel, bom isso foi diferente. – disse o meu professor de literatura, não poderia o julgar pela sua falta de compreensão, nem eu me compreendia com inteiro. – Alguém tem algo a dizer sobre a citação do Gabriel? Pode se sentar agora. – disse o professor. Me apressei a andar ate a minha mesa, mas Yuri colocou o pé na frente, me fazendo cair de cara no chão; o que fez a classe inteira rir, até mesmo o professor.

- Bom, o que ele quis dizer, foi que as pessoas são más, está cientificamente comprovado que os humanos tem tendencias a machucar uns aos outros para se sentir melhor. O que quero dizer é que eu o compreendo. Não é fácil entregar algo tão importante como seu coração para alguém que tem 99.9% de chance de o machucar – disse um rosto que não conhecia, era novo aquele rosto. Eu nunca tinha visto ele aqui no colégio.

- Obrigado? – disse o professor olhando a lista de chamada.

- Thiago, Thiago Müller, senhor. – disse ele, o aluno misterioso.

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⏰ Última atualização: Sep 17, 2021 ⏰

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