Momento onze

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 Hinata tentava se desdobrar com apenas os dois braços para carregar aquela enorme quantidade de sacolas do mercado

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Hinata tentava se desdobrar com apenas os dois braços para carregar aquela enorme quantidade de sacolas do mercado. Sasuke tinha sumido do mapa e por isso ele não estava lá para ajudá-la. Revirou os olhos e soprou uma mecha de cabelo que teimava em cair na frente de seu rosto. Aquelas compras estavam pesadas até mesmo para seus músculos bem treinados. Apesar disso, a mulher continuou andando pelas ruas de Konoha, mesmo amaldiçoando-se por ter sido teimosa e ido sem o namorado para fazer companhia a ela.

Repentinamente ela parou, resmungou repetidas vezes e colocou as compras no chão. Mas que diabos, ela era uma kunoichi! Frustrada, fez um selo com as duas mãos e um bunshin apareceu ao seu lado.

— Você é a vergonha da profissão — disse para a sua Hinata clonada, que ergueu uma sobrancelha indignada.

— Eu? Você que é! — ela rebateu, pousando as mãos na cintura.

Reprimiu um riso e distribuiu as sacolas, sentindo-se completamente ridícula por discutir aquilo consigo mesma. Ao menos o clima estava ameno aquele dia, pois algumas nuvens encobriam o sol de forma a deixar as sombras de tudo e todos mais suaves e quase inexistentes. Uma brisa também atravessava seu corpo, refrescando-a e provocando leves arrepios. Assim seguiu até o Clã Uchiha, o qual se encontrava praticamente pronto. Já fazia pelo menos três meses do início das obras e, àquela altura, faltava muito pouco para serem finalizadas. A primeira casa a ficar pronta havia sido a Principal, onde Sasuke tinha passado a morar — e Hinata ainda dizia que não morava lá, embora fosse onde passava oitenta por cento do tempo quando estava na vila. 

Abriu a porta da frente com o pé e andou apressadamente até a cozinha a fim de se livrar de todas aquelas sacolas. A Hyuuga e seu clone deixaram todas em cima da mesa; a verdadeira suspirou, cansada, no mesmo instante que a outra sumia em uma fumaça branca. Seus braços ficaram com marcas avermelhadas por tanto tempo carregando aquele peso. Deslizando os dedos pelo baixo-relevo, Hinata fez uma nota mental de que precisava exercitar mais seus músculos e, consequentemente, ingerir mais água para evitar tanto inchaço.

Tadaima. — A voz masculina irrompeu pelo silêncio da casa, tirando a Hyuuga de seus pensamentos. Ela abriu um sorriso antes mesmo da silhueta de Sasuke aparecer no cômodo, e na verdade apenas aumentou ao vê-lo quando passou pela porta da cozinha. Entretanto, ao voltar a ver as marcas em seus bracinhos, o sorriso sumiu.

Okaeri — disse ao colocar as mãos nas cinturas e franzir as sobrancelhas.

— Para que isso tudo de comida? — ele perguntou, aproximando-se dela e ignorando a cara feia que Hinata fazia. Mexeu nas sacolas só para verificar o que a namorada tinha comprado e depois a encarou.

— Onde você estava? — A pergunta direta fez o homem crispar os lábios. — Olha só — ergueu as mãos para mostrar os baixos-relevos avermelhados —, eu precisava da sua ajuda! — choramingou. Um pouquinho de drama não faria mal, faria?

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