6- Coisas que não podem ser ditas.

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Espero que gostem bastante desse capítulo, eu tentei fazer mais que isso, porém gostei do jeito que ficou e acho que mais ficaria ruim digamos assim.

Se puderem comentem bastante e falem a opinião de vocês, quero melhor na escrita...

Enfim, espero que gostem

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POV Kagami

Acabei de acordar. Percebi porque a merda da cortina estava aberta e o sol raiou no meu rosto, fazendo eu acordar mais ainda, porque agora meus olhos ardem. 

— Kagami-kun fechei a janela, pode voltar para a cama… — Kuroko mencionou. Como ele estava no meu quarto? 

— Como você entrou aqui? 

— Eu não tive muita escolha, Taiga. O senhor estava tão alterado que ficou insistindo para dormir comigo. Não pude negar.

Kuroko estava estranho, nunca ficou sem camisa na minha frente tirando quando saía do banheiro. Mas deixei levar, afinal eu dormiria mais.

— Deite comigo — Kuroko estava mandando em algo? Isso realmente era estranho, normalmente ele só mencionava ou dizia o que seria melhor, fazendo escolher a opção dele. Ele nunca foi tão direito. Eu não me contive, como sempre, obedeci ele. 

Quando eu virei meu rosto para ver o dele, percebi seus cabelos azuis espalhados pela cama, seus olhos estavam fechados, sua cabeça estava para cima, como alguém pode ser tão perfeito?

— Nunca pensei que eu iria fazer isso, mas as circunstâncias não me deram opção.

Mal percebi quando ele subiu em cima de mim. Kuroko está em cima de mim e eu estou surtando. O que está acontecendo? Ele sente algo? Ele sente o mesmo que eu? 

— Parece tão espantado — Afirmou. Eu tenho certeza que meus olhos estão arregalados ou que estou branco demais — Parece surpreso. Não esperava que eu fizesse isso?

— N-não esperava — Eu me odeio por gaguejar, quem faz isso quando alguém está tão perto da sua boca?   Principalmente quando sua voz estátão rouca… Isso me dá vontade de beijá-lo. Sua boca parece tão convidativa. 

— Kagami…. Porque não me beija? — Sinto que no momento que ele perguntou isso, meu coração acelerou 20 vezes mais que o normal. Porque não o beijo? Talvez tenha medo de perder ele. 

— C-como a-assim? — Eu definitivamente odeio estar gaguejando. Tetsuya me olhava com os seus olhos azuis penetrantes como uma tempestade violenta.

— Simples assim. Me beijando com sua boca oras? 

Porque era tão fácil para ele falar essas coisas? Ele não sentia nervosismo ou medo? Se bem que Kuroko sempre foi bom demais escondendo o que sente. 

— Realmente quer isso? 

— Quero. Quero muito Taiga-kun — Quando Kuroko sussurrou isso em meu ouvido senti meus pelos arrepiados e nervosos. O que diabos estava acontecendo? 

Kuroko voltou a olhar meus olhos, pegou sua mão e a colocou no meu queixo o pressionando um pouco, assim ele… me beijou, me beijou… 

Acho que fiquei uns 6 segundos sem nenhuma reação, estava surpreso por aquilo está acontecendo realmente, nem aquilo, eu não sei explicar o que esse beijo é, talvez seja uma das coisas mais esperadas por mim ou o mais esperado, não importa agora. Não demoro muito para retribuir mais um pouco do beijo, nossas línguas se encontraram, sinto que posso explodir agora, aos poucos elas dançam, não sei muito muito se é uma dança, algo que elas só sabem fazer, uma coisa que sei é que está muito bom…

Aos poucos largo a boca dele e me concentro em seu pescoço fazendo ele soltar uns gemidos bem baixos, os gemidos são abafados pelo beijo que damos.  Aos poucos vou deixando marcas em seu pescoço. 

— Kagami-kun, sei que posso te dar muito mais que só felicidade...

Quando Kuroko sussurra isso com sua voz áspera, sinto muita vontade de dar a ele tudo que ele pensa agora e que tenho certeza que é o mesmo que penso. 

Sinto um barulho vindo da cozinha, percebi que Kuroko não está mais aqui e quando olho o relógio são 16:46.

Levanto da cama e a arrumo, dobro o meu lençol, que estava debaixo do meu corpo, percebo que tem um lençol dobrado. Saio pela porta e vejo logo a cozinha toda arrumada, a casa estava impecável mesmo depois da festa de ontem...

— Kagami-kun desculpe de acordar, acabei derrubando uma faca sem querer.

Ele lembrava de algo?
Ele estava com minha roupa?
Estou sentindo uma dor de cabeça enorme, queria poder arrancar minha cabeça nesse momento.

— Onde está todo mundo?

— Foram embora à 1 horas atrás.

— Como a casa está arrumada? 

— Eles acordaram umas 12 horas eu já estava acordado então pedi comida, bastante… Eles  comerem e arrumaram isso tudo — Kuroko só me informava o que tinha acontecido quando eu aparentemente estava dormindo — Óbvio que eles não arrumaram por boa vontade, mas eu sou bom convencendo as outras pessoas.

— Onde eles dormiram e porque não me lembro de nada? 

— Você estava bêbado demais para lembrar, inclusive fez um show dizendo que só eu podia dormir no seu quarto e que os outros iam se virar— Ele riu um pouco — Eles dormiram em qualquer canto disponível inclusive o banheiro, foi engraçado acordar e ter pelo menos umas 2 pessoas dormindo na banheira e outra na privada. Um monte de gente no sofá e umas 3 no quarto de hóspedes, enquanto eu e você ficamos no quarto, com ar condicionado, espaçoso. 

 — Eu realmente fiz isso?
 
— Fez isso mesmo, inclusive ainda fechou a porta do quarto não deixando eu pegar a minha mala, tive que pegar uma roupa sua, olha como fica enorme. Já você, nem quis tomar banho, quando deitou na cama dormiu na hora e só foi acordar agora.

Então já tive minhas respostas, foi um sonho, um maldito sonho.

— O que tem para comer? 

— Tem o que está na mesa, tá frio, recomendo esquentar no micro-ondas. 

— O que está assistindo? Kuroko porque está tomando milk-shake essa hora? — Perguntei enquanto ele me dava um remédio,  que suponho que seja para ressaca, e uma água.

— Primeiro eu acordei umas 10 horas, segundo eu já almocei, terceiro porque estou me explicando? Eu sou viciado nisso — Enquanto eu engolia o remédio e colocava um hambúrguer para esquentar, ele falava.

— O que tá assistindo? 

— Ah, estou assistindo Jibaku Shounen Hanako-Kun, quer assistir comigo?

— Quero sim, só espere um minuto — Meu hambúrguer está pronto, peguei ele e um prato e fui direito ao sofá que Kuroko está sentando e fiquei assistindo com ele.

— Posso? — Ele perguntou e balançou a cabeça um pouco pro lado e para baixo indicando que queria deitar no meu colo, isso seria mais difícil do que imaginava. Eu balancei a cabeça falando que sim, e ele deitou. Às vezes eu me pegava olhando ele concentrado na TV.  Isso realmente seria muito difícil.

Forever in Your Eyes | Au KagakuroOnde histórias criam vida. Descubra agora