Fiquei um pouco desorientado com o beijo repentino de Mel, mas não precisei pensar duas vezes para corresponder a ela. O beijo era preciso, urgente e quente. A sensação que dava era que perdemos muito por não ter rolado antes, e isso tava me deixando completamente louco.
Intensifiquei o beijo, e tomei todo o controle quando entrelacei meus dedos em seu cabelo e segurei sua nuca com força. Sem desgrudar nossos lábios, fechei a porta e a coloquei contra a parede, colando mais ainda nossos corpos. Quando o fôlego foi se perdendo, cessei o beijo e encontrei seu pescoço, que estava um pouco coberto pelo meu casaco.
- Chay - Ela sussurrou ofegante quando sentiu o toque da minha boca na sua pele, e logo em seguida cravou as unhas com força nas minhas costas. Isso foi o suficiente pra me deixar totalmente excitado.
Descolei dela e segurei no zíper do casaco. Olhei em seus olhos pedindo permissão, que entendeu e assentiu concedendo. Abri devagar e tirei dela essa peça gigante que me impedia de vê-la. Por baixo ela vestia o short jeans e o biquíni que eu havia reparado mais cedo.
Apertei com força sua cintura desnuda e voltei a beija-la com ainda mais desejo. Ficamos um tempo assim até que a coloquei em meus braços. Ela entrelaçou as pernas ao meu redor e fui com ela até a cama sem desgrudar o beijo.
Deitei ela e fiquei por cima. Olhei mais uma vez em seus olhos, que assentiu novamente e continuei. Comecei beijando seu pescoço e fui descendo até encontrar seus seios cobertos pela peça do biquíni. Dei alguns beijos no vão entre eles e segui meu caminho até chegar em seu short.
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Abri lentamente os botões e com sua ajuda tirei mais essa peça que nos atrapalhava. Na mesma hora em que tirei, parei e observei toda a extensão de seu corpo coberto apenas por um biquíni minúsculo. Não era como se eu não soubesse que a Mel é gostosa pra caralho, eu sempre soube, não sou cego, porém nunca a olhei com malícia, ou pelo menos não olhava até agora.
Enquanto admirava seu corpo, percebi que sua respiração estava totalmente descontrolada, assim como a minha. Olhei em seus olhos e eles eram puro desejo. Aquilo estava acabando comigo. Perdi absolutamente tudo quando em um golpe só ela inverteu as posições e ficou por cima de mim.
POV Mel
Gemi involuntariamente quando senti seu volume pulsando embaixo de mim e comecei a me movimentar em cima dele. Tudo o que nos separava era um biquíni e uma bermuda fina. Me movimentei um pouco mais forte e ele gemeu fraco em resposta.
Me inclinei para frente e beijei todo o seu peitoral definido, do início ao fim. O calor tomava conta de mim e não me deixava raciocinar direito. A essa altura o álcool não era mais o culpado.
Gemi mais uma vez, e dessa vez um pouco mais alto, quando ele apertou um dos meus seios por cima do biquíni. Ele passou um tempo focado nisso enquanto eu continuava a me movimentar em cima dele. Ele estava perdido em prazer tanto quanto eu.
- Você ta me deixando doido, morena - Ele falou de olhos fechados enquanto sentia o movimento.
Ele parou o que estava fazendo e me arrepiei toda ao sentir suas mãos percorrerem as minhas costas. Em pouco tempo ele encontrou as tiras do meu biquíni e senti ele afrouxando na medida em que Chay as puxava.
E foi exatamente nesse segundo que eu cai em mim e me dei conta do que estava pra acontecer. Chay estava prestes a me ver completamente nua, e pior, nós estávamos prestes a transar.
- CHAY PARA! - Falei com toda força que ainda me restava e sem nem esperar resposta saí de cima dele enquanto segurava o biquíni desamarrado na frente dos meus seios.
- Oi? O quê? - Ele perguntou completamente desorientado e confuso, e sentou na cama rapidamente.
Catei o casaco dele no chão, vesti, fechei todo o zíper e soltei o biquíni. Olhei pra ele novamente e ele me seguia com os olhos ainda desnorteado e sem entender nada. Deitei ao seu lado e esfreguei as palmas das mãos no rosto.
- Chay, nós estávamos prestes a fazer a maior besteira - Falei tentando recuperar o fôlego enquanto olhava para o teto.
- O que deu na gente hein? - Ele perguntou e deitou também olhando pra cima. Parecia um pouco mais calmo, mas a respiração continuava ofegante.
- Eu sinceramente não consigo pensar em nada agora - Falei rindo de nervoso.
- Mas tava ruim? - Ele perguntou e me olhou ainda assustado.
- Você sabe que não! - Respondi o olhando de volta. Nos encaramos por alguns segundos e precisei me controlar para não começar tudo de novo.
- Éeeer, acho que vou tomar um banho, FRIO - Ele falou envergonhado e eu ri quando notei na sua bermuda o motivo do banho frio. Agradeci mentalmente essa deixa.
- Eu também vou - Eu disse e ele me olhou confuso. - NO OUTRO BANHEIRO - Completei rapidamente.
Sem falar mais nada ele pegou suas coisas e sumiu dentro do banheiro. Fiz o mesmo que ele e fui até o banheiro que tinha no corredor. Desliguei a água quente, afinal ele não era o único que precisava de banho frio.
Permaneci um bom tempo embaixo do chuveiro e durante todo o banho eu revivia na cabeça o que tinha acabado de acontecer. Sempre que lembrava dos toques dele eu me arrepiava dos pés a cabeça, e tive que ser muito forte para tirar isso da mente.
Vesti meu baby doll e pus o casaco dele por cima todo fechado. Achei melhor assim. Penteei o cabelo lá mesmo e quando voltei ao quarto vi que Chay ainda permanecia trancado no banheiro. Imaginei que a situação pra ele estava um pouco mais complicada e ri disso mentalmente.
Deitei na cama olhando pra cima e alguns minutos depois ele saiu de lá. Dessa vez além da samba canção, vestia também uma regata. Ele guardou suas coisas na mala e passou direto da cama indo em direção ao sofá. Notei que ele não me olhou desde que voltou.
O clima no quarto foi ficando cada vez mais tenso. Chay se acomodou no sofá para dormir e não trocamos mais nenhuma palavra se quer. A situação estava ficando constrangedora. Percebi que, assim como eu, ele também demorou um bom tempo até conseguir pegar no sono.
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POV Chay
Acordei com a cabeça estourando e a coluna travada. Olhei para o lado e assim que vi Mel deitada na cama as lembranças da noite passada pesaram 100kgs na minha consciência. Não consigo entender como as coisas chegaram a esse ponto. Em um minuto estávamos rindo e no outro minuto prestes a transar.
Não tinha a menor condição de eu conseguir encarar ela depois de tudo. Eu não costumo ficar tão envergonhado com algo a ponto de não encarar a pessoa, mas poxa, era a Mel. Nunca pensei que ela fosse me ver naquelas condições e também nunca me imaginei vendo ela daquele jeito.
Não sei o que vai ser da nossa amizade a partir de agora e nem como vamos lidar com isso, e o que mais me assusta nisso tudo é que, apesar do álcool na cabeça, eu queria aquilo, eu gostei daquilo. Pelo visto ela também. Não sei o que tomou nossa sanidade naquele momento, mas se Mel não tivesse parado, teria acontecido, e provavelmente a situação estaria bem mais constrangedora agora.
Tentei tirar esses pensamentos da minha cabeça e levantei. Escovei meus dentes, troquei apenas a bermuda, e desci assim mesmo, o mais rápido possível. O que eu pudesse fazer pra evitar da de cara com ela, eu iria fazer. Pelo menos por enquanto. Uma hora a gente teria que falar sobre isso.
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Tô sem palavras até agora pra esse capítulo... O que vcs acharam???
