Após a garota correr por tanto tempo, ela se cansa e cai de joelhos com seus pés doendo de tanto correr, com suas mãos ao chão ela olha pra frente e vê muitas coisas desconhecidas; casas tão altas quando as nuvens, seres baixos e com narizes tão pontudos quando uma lança, e homens enormes como os de um exercito andando em um grupo, ela fica maravilhada com tudo aquilo que sua pupila dilata, seus olhos se enchem de coisas que ela nunca viu antes, e foi nessa hora que veio seu primeiro contato com a magia, dava para sentir no ar toda aquela magia que emanava daquela cidade, ela nunca viu nada igual.
Então ela criou forças para se levantar e decidiu andar pela cidade, ela queria ver mais coisas e adentrando cada vez mais fundo naquela cidade magica parecia que quanto mais coisas ela via, mais sua curiosidade aumentava, ela queria ver mais, e então após andar admirando os lugares ela se vê na frente de um lugar com uma placa escrito ''Brothel'' (Bordel em latim) encima, e então uma mulher quase totalmente despida abre as portas de madeira que haviam na entrada e sai deste lugar dizendo para a Garota:
– ''Esse não é um lugar para crianças. Saia daqui.''
Mas a garota não conseguiu compreender oque a mulher disse, mas tal mulher disse as palavras com tal intensidade que fez a pobre Garota dos Olhos Púrpura sair correndo da frente daquele lugar e voltou a cambalear pela cidade, ela viu tanta coisa que ela não conseguia descrever porque tudo para ela era magico, mas então a noite veio e com a noite caindo, a lua subiu e veio a fome, o frio e as memórias ruins. A garota deitou-se em uma calçada e fechou seus olhos, e então de tanto cansaço de admirar a cidade e de correr pela sua vida, ela caiu no sono e ao fechar de seus olhos, um asteróide de uma estrela distante passava muito próximo da terra, foi tão lindo que alguns reinos paravam apenas para admira-lo. Já ao amanhecer a garota se vê dentro de uma espécie de prisão com várias outras crianças que tinham uma marca em sua mão, a marca era claramente a letra ''B'', na língua que a garota falava e as crianças estavam todas juntas na mesma cela, mas ela estava em uma cela diferente se sentindo muito confusa, porém não ela tinha a marca na mão, e então ela ficou se questionando por alguns instantes até que começou a pensar em como fugir dali, e quando ela se levantou, guardas entraram pela porta, homens altos, pálidos e fortes com armaduras de prata entraram e abriram a grade, segurando a menina pelos braços e escoltando-a, saindo da prisão que ela estava, ela se viu a caminho de um tipo de castelo, muito grande.
Chegando lá, os guardas deixaram-na de joelhos, não a amordaçaram pois acharam que ela era muda por não gritar e nem resmungar, ela estava de joelhos bem na corte do rei na frente de um trono vazio, e então, o salão logo se encheu de pessoas, pessoas altas e brancas, vestindo vestes de ouro e prata, não havia um bronze sequer dentro daquela sala, e então, um homem não tão alto, com uma barba enorme, e um cabelo grisalho com tranças, e vestes de ouro, entrou na sala e sentou-se no trono, um homem que estava entre a multidão aos lados, saiu da multidão e foi ao lado do homem sentado no trono, falou algumas palavras que a garota não conseguia entender, e então o homem que estava sentado no trono levantou-se e foi para bem perto da garota, que estava sendo segurada pelos guardas com armaduras de prata, e perguntou olhando em seus olhos falando na língua da menina:
– ''Você não é deste reino, o que faz aqui?''
E a garota, apavorada, ficou em silêncio, encarando o homem. E o homem olhou fundo nos olhos da menina, tão fundo que ficou admirado com a beleza de tais olhos, e então, levantou-se e voltou a seu trono, mandou os guardas soltarem-na e então o julgamento começou, com o homem no trono interrogando-a.
VOCÊ ESTÁ LENDO
It's not about revenge
AdventureEm um reino atual, tecnologicamente evoluído, existem guerreiros mas não há guerras. Existe o mal e o bem, contanto a paz sempre prevalece neste reino e dentre as raças existentes: elfo, gnomo, humano, independentemente de suas convicções, nenhum se...