A ascensão da Lua

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O Ruivo, caído no chão de uma taberna qualquer, é acordado com um balde de agua na cabeça, acorda assustado e sai correndo do tal lugar, ele anda enquanto come um pão que achou na mesma taberna que dormiu.

Após alguns dias sobrevivendo de restos e poças d'água, o pequeno ruivo acha melhor tomar uma iniciativa e ele já não ligava mais para nada, era aquilo ou morrer, ele queria roubar a casa que desde que sua mãe era viva, ele nunca viu ninguém sair ou entrar de lá, ele sempre olhava pela maçaneta e via que a casa era cheia de coisas estranhas como bastões com pontas de ferro, laminas de ouro, e mesmo sabendo que qualquer objeto de ouro era amaldiçoado, ele sabia que aquilo valia mais que sua própria vida.

 A noite caiu sobre seus cabelos ruivos e ele estava preparado segurando um trapo que achou na rua para colocar os objetos de valor dentro, então chegou a hora, ele adentrou na casa e como ele já pensava, ele não viu ninguém lá dentro. Ele foi de quarto em quarto, procurando objetos de valor, ouro, prata ou bronze. Enquanto vasculhava, com sua bolsa já cheia de coisas valiosas como adagas antigas de ouro com alguns rabiscos de alguma língua antiga, espadas de baixo porte, machados dentre outras armas e objetos, como ele já estava no ultimo quarto da casa, optou por ir embora, não quis olhar o andar de cima da casa que era feita de madeira, ele prestes a se virar para ir embora, ele trava, não consegue se virar, sente que se virar é a mesma coisa que morrer, então ele fica estático, sentindo a mesma coisa que sentiu quando viu o médico saindo pela porta da sua casa, ele não se mexe. De repente, uma voz grossa e firme soa, vindo pela porta, dizendo:

– ''Deixe tudo que pegou e saia, e talvez eu poupe sua vida.''

 O garoto tremeu ao ouvir aquela voz, que de tão firme sentiu tremer o chão, mas ele não podia sair dali, ele não podia deixar toda aquela riqueza para trás, ele tinha que sobreviver mais um dia! Então o garoto respirou fundo, virou-se e encarou o homem, que oque não tinha de força, tinha de aura, um homem com cabelos longos brancos como a neve, olhos escuros como a noite e sua pele era clara como a lua. Ambos se encararam por alguns segundos, e o jovem ruivo partiu para cima do homem, que por sua vez, não demorou para reagir, o homem avançou tão rápido que o garoto não conseguiu reagir, seus socos atingiam o ruivo com uma velocidade tão rápida como a luz... Na verdade era muito mais rápido que isso, era mais rápido que a própria magia e o garoto não acompanhava os braços, ou sequer conseguia sentir os golpes um de cada vez, era como as gotas de chuva que caem todas no seu corpo e duram apenas um instante, um milésimo, e o garoto deu dois passos para trás, piscou e caiu desacordado no chão.

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