Vaticano - E a ordem dos Seis Clãs.

Capítulo 2.2

Depois da conversa que os dois místicos tiveram, e do sentimento de confiança que havia se formado naquele momento, começaram a andar pra fora da cidade, cada um seu mundinho porém conectados de alguma forma.

-Então, teremos que aparatar. - Leedo fala parando em meio as árvores.

-Tudo bem. - o mais velho diz, mas na verdade não estava gostando da ideia, uma das coisas que menos gostava, era aparatar, se sente tonto e enjoado, odiava, porém era a única maneira de ajudar o menininho, então aceitou de bom grado.

-Ok, só segura em meu pulso. - o mais alto fala estendendo seu braço vendo San segurar de bom grado. -Respira fundo.

-Tu sabe que tecnicamente eu sou um morto vivo, né? - o Vampiro diz.

-Verdade. - sorri com o que o outro fala.

Sem avisar o Bruxo agitou a varinha pensando somente no feitiço, estava tão acostumado a aparatar que seu corpo já o fazia sem prensar. Em segundos se encontravam em uma rua do que parecia um bairro classe média, o céu ainda se encontrava escuro, porém as luzes das casas já se acendiam mostrando que o dia estava começando novamente. Havia várias casas todas aparentemente iguais, continuaram andando até o final da rua que San percebeu ser um beco, pararam enfrente a uma casa com um quintal bem cuidado, havia um caminho de pedras brancas até a porta de entrada, a mesma possuía um coloração amarelo bebê dando um ar de paz e felicidade. 

Antes de entrar na casa ouviram passos do que parecia uma pessoa correndo, os dois se viraram para trás avistando dois seres indo em sua direção.

-Olha, ele resolveu ler minhas mensagens! - diz o Bruxo deixando o outro ao seu lado totalmente confuso do que estava acontecendo.

-Eu não te atendi porque estava ajudando o chefe, o Ravn ainda não apareceu, queria que eu fizesse o que? - um ser de jaleco branco e óculos se pronuncia, na concepção de San ele parecia mais um esquilo, achou fofo.

-Tá Han, já entendi. - o de voz grave tem a vez. -Ravn tá embolado lá no continente dele, vai demorar para ele vir.

-Quem é esse homem? - a conversa é cortada por um ser que no momento segurava na cintura de Han.

-Prazer, Choi - ele se curva.

-Ele é de confiança, está aqui pois é curandeiro, veio me ajudar. - Leedo responde vendo, o que San percebeu só agora, ser um Fada o observar de cima a baixo, o mais interessante para San era o moreno ao lado do esquilo não escondia suas assas como as outras Fadas fazem.

-Não vou comentar nada, mas espero que você esteja certo. - ele fala fazendo o clima ficar tenso.

-Ai Minho, vamo parar com isso tá, já estou estressado o suficiente para "seus climões" - Han sai do aperto de seu marido se dirigindo á San. - Prazer, meu nome é Han Jisung, mas pode me chamar por qualquer um dos nomes. - se pronuncia simpático esticando a mão fazendo o Vampiro apertar o mesmo. -Aquele Fada ali atrás, com cara de poucos amigos, é meu marido Minho, eu sou o Humano médico por sinal, então já que veio curar o filho desse bruta montes aqui do nosso lado. - diz apontando para Leedo que fecha a cara. -Talvez precise de minha ajuda. - termina com um sorriso no rosto. - Agora, vamos. - fala já andando para a casa e entrando sem nem bater. 

-Como eu amo, e odeio, esse homem ao mesmo tempo. - Minho sussurra, porém alto o suficiente para todos ouvirem.

Os três que sobraram ali fora, começam a caminhar até a casa adentrando em um corredor que possuía uma escada logo ao lado direito, indicando haver mais um andar, tiram seus sapatos os deixando na entrada, Leedo começa a guiar os outros pelo caminho no térreo, até chegar a uma sala,  a mesma é espaçosa porém não muito grande, ela é dividida por uma cozinha tipica americana onde se encontrava uma mulher que já conversava com Han, ela era de estatura média, possuía longos fios pretos cacheados com traços Europeu, vestida com um longo casaco de crochê branco com uma camisola de cetim de mesma cor por de baixo, parecendo que havia acabado de acordar, ou por conta dos acontecimentos, nem dormido.