Capítulo 2

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Confesso que tive medo quando o carro parou ao meu lado.

No mundo que vivemos hoje não temos um minuto de paz onde quer que seja, então podia ser um assaltante um sequestrador o que for no carro preto.

Quando o vidro abaixa e vejo de quem realmente se tratava eu desejei que fosse um assaltante, burrice eu sei.

- Quer uma carona? - Urrea pergunta sorrindo gentilmente.

Querer eu até quero, o sol está me matando e já estou toda suada. Mas não iria aceitar uma carona do Noah.

- Não.

Respondo e saio andando.

Reparo que o Audi preto acompanha meus passos, até que está ao meu lado novamente. Mas não paro de caminhar.

Então escuto a voz dele novamente.

- Qual é Any, é só uma carona, o que custa aceitar?

- Eu não preciso Urrea. Mas obrigada.

- O sol está mais quente que o normal hoje, caminhar até sua casa não é uma boa opção.

Eu não o respondi só continuei andando, e ele acompanhando meus passos em seu carro.

- Vamos Any, não seja orgulhosa.

- Não estou sendo orgulhosa, eu apenas não quero, será que pode me deixar em paz?

- Eu apenas quero te ajudar, da pra ver daqui as gotas de suor escorrendo por seu pescoço - ele deu uma pausa - está quente de mais, você vai acabar desmaiando nesse sol.

Ele estava certo, o sol devia estar encostado na terra para estar tão quente assim, eu já estava mole no pouco que caminhei, imagina ir até em casa.

Eu não queria aceitar, mas eu senti que precisava, porque se andasse mais um quilômetro cairia de tão calor.

- Tudo bem eu aceito.

- Entra aí - fala parando o carro com um sorriso vitorioso no rosto.

Entrei e me sentia muito melhor, o carro tinha ar condicionado e eu parecia até estar em outro mundo.

Noah deu partida. Não falamos nada por um bom tempo. O silêncio era constrangedor, porém era melhor assim.

Paramos em um sinal vermelho e Noah quebrou o silêncio.

- Não queria aceitar a carona por causa da Sina? - Disse virando o rosto para me olhar.

- Não. Isso não tem nada a ver Urrea. Entre a gente não tem absolutamente nada para a Sina se preocupar.

No fundo ele estava certo, mas eu nunca admitiria isso.

- Any, quero te fazer uma pergunta, e quero que seja sincera.

Não disse nada apenas o encarei, encontrando seus lindos e perfeitos olhos verdes.

- Antes da Sina entrar na escola, um pouco depois do trabalho de literatura, a gente se falava e você de repente se afastou.

- Eu não me afastei... - ele me interrome

- Se afastou sim, e mais que isso você anda me evitando desde então.

Eu mal prestava atenção em suas palavras, seus olhos me distraiam.

- Eu só queria entender o motivo pelo qual me evita.

- Eu... - sou interrompida novamente mas dessa vez pela buzina do carro atrás de nós. O sinal já estava aberto.

Noah volta a prestar atenção no trânsito. E o silêncio volta a reinar.

E eu esperava que ele não me fizesse responder sua pergunta.

Alguns minutos depois Noah estaciona o carro na frente da minha casa.

- Obrigada Urrea. - falo me virando e abrindo a porta.

Antes que eu saia Noah segura meu braço.

Me viro para ele que me fitava. Se aproxima e beija minha bochecha.

O que me fez arrepiar de todas as formas possíveis.

Acho que ele nunca esteve tão perto antes.

Se afasta do meu rosto e fala:

- Pode me chamar só de Noah.

- O-o que? - pergunto meio confusa depois do beijo que ele me deu na bochecha.

- Você me chama de Urrea, mas pode me chamar só de Noah, eu prefiro.

Todos da escola o chamavam de Urrea, a não ser seus amigos mais próximos que o chamavam apenas de Noah.

- Tudo bem então. Obrigada mais uma vez e tchau Noah. - falo e dou um sorriso.

Desço do carro e vou até a porta da minha casa.

Noah grita do carro.

- Tchau Elly até amanhã.

E depois dessas palavras vai embora.

Entro em casa, e pelo horário não tinha ninguém, minha mãe estava trabalhando.

Subo para o meu quarto e tiro aquele uniforme apertado, visto uma roupa fresca por causa do calor e me deito na cama para relaxar.

Eu não conseguia tirar os olhos verdes dele da minha cabeça. O toque dos seus lábios na minha bochecha. Estava tudo gravado. E eu guardaria aquele momento na minha memória, pois sabia que não aconteceria de novo. Ele era o namorado da minha amiga.

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O Namorado da Minha Amiga ;Noany; Onde histórias criam vida. Descubra agora