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Sina Deinert

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Sina Deinert

Coloco minha máscara branca em meu rosto e dou uma olhada na minha aparência pelo reflexo do espelho do meu quarto. Está ótimo.

Desço as escadas, pegando minha garrafa de água na geladeira e são de casa, indo apé para uma academia perto da onde moro.

Não costumo frequentar esses lugares, só estou indo hoje por que é uma forma de eu evitar qualquer contato que possa existir entre o meu meio irmão e eu. Meu personal vai levantar as mãos pro céu e comemorar o milagre quando me ver.

Coloco minhas coisas num canto e começo a me alongar enquanto fico cantarolando baixinho, a música que estava saindo dos meus fones de ouvido.

Eu só saio daqui às 12:00 para o almoço, creio eu que seja um tempo ótimo para recuperar minhas forças e tolerar o ex presidiário que vive lá em casa.

[...]

Tomo um gole d'água e saio finalmente da academia toda exausta e cansada. Olha a distância parece que minha casa tá a muitos de quadra daqui, sendo que na hora que eu vim o caminho parecia ser bem mais curto.

Viro a esquina e solto um suspiro de frustração assim que vejo um grupo de garotos todos sentados, conversando sobre algo e soltando risos.

Eu odeio ter que passar por macho, principalmente quando se tem grupinho reunido.

O que eles tão fazendo na rua afinal? Pensei que era proibido aglomeração entre pessoas.

- Seja o que Deus quiser Sina ... -sussurrei pra mim e continuei andando fingindo que nem vi eles ali.

O que era difícil de se fazer, já que eu estava com as pernas quase falhando.

- Olha aquela mina ali - um garoto cutuca ou colega do lado e eu continuei andando plena.

- Ih qual é gata, não dá nem oi - o menino diz e os outros riram.

- Se eu lhe conhecesse eu cumprimentaria -parei de andar e me virei para olhá-los.

- Ah, qual foi princesa? Não precisa de ignorância não ... - um garoto diz e os meninos assentiram.

- Se não precisasse, eu não estaria usando. Posso ir agora? - Perguntei séria e eles concordaram, me virando as - costas e continuar meu caminho.

-Na verdade não -Um garoto ruivo que eu não havia notado que estava entre o grupo de meninos, diz.

- 0 que foi agora? -revirei os olhos e me virei novamente.

- Meu amigo Bryan gostou de tu, dá uma chance aí para o garotão -disse puxando o menino que havia dito "Olha aquela mina ali".

- Não -falei curta e virei às costas.

- Ah, qual é gata? Só uma ficada -me segura pelo braço, me virando
olhá-lo e eu lhe para encarei furiosa.

- Me solta -ordeno e ele me olha sorrindo sínico.

- Deixa a garota Christopher ... Ela tava quieta -um menino moreno diz.

- Acho que não ... Se Bryan não sabe conquistar uma garota, eu faço isso por ele -me segura com os dois braços e eu lhe encarei com nojo.

- Me solta agora -falei quando vejo o mesmo se aproximar de mim, mas ele ignorou meu pedido novamente.

- Ela mandou você soltá-la !! - escuto uma voz conhecida gritar atrás do garoto nojento.

- E você? Pensa que é quem? - ele se virou para o menino e eu pude ver quem era.

Meu Meio Irmão ...

- Tá surdo ou o que? Ela ordenou que solte-a, agora !! -Noah diz autoritário e eu apenas estava encarando os olhos raivosos, com um certo medo.

- Sou o irmão dela seu babaca, agora solte-a antes que eu acabe com esse merda que você chama de rosto -Noah diz cerrando os punhos ao lado do seu corpo.

Ele disse que é meu irmão?

- Aah, você é irmão dela? E tá pensando em fazer o que cara? - O garoto em solta mas ao invés de eu sair correndo, eu apenas fiquei parada olhando parą meu meio .

- Eu não sei, o que os caras costumam fazer quando estão com uma raiva enorme? Ah, não precisa me dizer. Já lembrei - Noah disse debochado e logo em seguida beijou seu punho, antes de meter um soco na cara do garoto, fazendo-o cair no chão.

Meu meio irmão correu na minha direção e me segurou pelo braço, me puxando para sairmos dali às pressas.

- Vamos logo menina - disse impaciente enquanto corria e eu assenti, lhe seguindo.

Chegamos em casa e eu me joguei no sofá da sala, ofegante. Enquanto Noah foi para cozinha pegar um copo d'água.

-O que estava fazendo na rua uma hora dessas?- me olha e se sentou no outro sofá da casa.

- Fui malhar para não olhar para sua cara. E você? O que estava fazendo na rua? - lhe encarei e ele coçou a nuca.

- Procurando um muro para pichar-disse dando de ombros e eu arregalei os olhos.

- Iria cometer um vandalismo? Você não foi preso por isso? - falei incrédula.

-Era só um desenho pequeno ...Mas agora vamos falar de você, poderia ter sido abusada se eu não tivesse aparecido -disse dando um gole na sua água e eu lhe encarei debochada.

- Você não é absolutamente nada meu. Então por favor, pare de agir como se fosse meu irmão -falei séria e ele me encarou chocado.

- Está me dizendo que saberia se defender sozinha? Mesmo sendo uma briga injustiçada? - me olha feio e eu assenti.

-Sim, é exatamente isso que eu - estou dizendo.

- Você é uma ingênua -disse friamente.

-Sério? E por que eu sou uma ingênua? -me levantei do sofá e ele se levanta também.

- Um obrigado seria mais bonito -disse me encarando sério e eu sorri debochada.

- Quer que eu me ajoelhe e beije seus pés também? Sai fora - falei num tom de desdém e virei como costas para ele, subindo para meu quarto.

Só o que me faltava agora.

Só o que me faltava agora

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𝗺𝗲𝘂 𝗺𝗲𝗶𝗼 𝗶𝗿𝗺𝗮̃𝗼, 𝗇𝗈𝖺𝗋𝗍 𝖺𝖽𝖺𝗉𝗍𝖺𝗍𝗂𝗈𝗇Onde histórias criam vida. Descubra agora