Chapter 2

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- Temos que ir logo, antes que a gente acabe no jornal – Gin falou, chorosa, andando tão rápido que quase corria.

Eu a seguia para o estacionamento ao lado da academia, pela porta dos fundos, onde os paparazzi não nos alcançariam.

- Quem foi que contou pra mídia, Ginny? – eu explodi, segurando seu braço com um pouco de força. Queria atenção... Puta, eu queria mesmo era a Gin .

- Foi a vaca da Romilda Vane– ela respondeu, e eu me lembrei da morena de cabelos cacheados amiga de Gin , com risada estridente, e bem gostosinha, devo admitir. – Ela e a Luna estavam comigo quando eu fiz os testes. – Ela respirou profundamente e depois me encarou, com relutância: - Sei que a Lunny não faria isso comigo.

Chegamos ao carro que ela estava usando, e Ginny sentou-se no banco do motorista e engatou a primeira marcha. Confesso que o feminismo de Ginny me excitava bastante, com toda aquela postura de quem sabe se virar sozinha. Dentre meus devaneios e fetiches, dominar Gin sempre foi o maior, certeza.

- Onde a gente vai? – eu perguntei, olhando assustado para ela. Ginny até dirigia bem, mas ela estava meio alterada e... grávida.

- Para a casa dos meus pais – ela respondeu, sem olhar para mim. – Temos que contar a eles antes que vejam nos sites!

Saímos do estacionamento.

- Ginny, você não quer passar na casa dos meus pais antes? É bem mais perto... – eu dei a ideia, tentando ser racional. A verdade é que eu queria contar logo para os meus pais e livrar-me logo disso.

- Não, Harry, eu tenho que falar com meus pais – ela disse, meio desesperada. – Não é como se meu pai adorasse você, não é mesmo?

Um flashback do meu primeiro encontro com os pais de Ginny passou pela minha cabeça.

Nós nos conhecemos num cassino, durante uma das milhares de festas que eu e Ginny éramos convidados - a da vez fora dada por Cho Chang (uma modelo famosa), então você podia imaginar o que era o lugar. A mãe de Ginny, era ruiva assim como ela e gordinha, o Sr. Weasley também era ruivo e um pouco calvo. Ginny não me apresentou a eles como namorado, apenas disse "Esse é o Harry", e desde então seu pai ficou me olhando e soltando faíscas. Mas o ápice mesmo foi no jogo de pôquer.
Assim, eu sempre fui muito bom em pôquer, e o royal flush simplesmente se atraía pela minha mão, assim como ímãs se atraem, a gravidade atrai as coisas para o chão, eu me atraio pela Ginny, esse tipo de coisa. Não foi exatamente uma surpresa para mim quando eu levei praticamente a mesa toda, mas o Sr. Weasley ficou impressionado, de certa forma, uma vez que tinha um full house em mãos, e não achou que eu conseguisse coisa melhor.
Ruim pra ele, não é? Não exatamente, terrível para mim também, já que ele adquiriu uma eterna implicância com a minha pessoa.

- Então... Harry – ele começou, logo após a partida de pôquer terminar. – Parece que você é bastante acostumado a jogar pôquer. Vive em cassinos?

- Não, senhor – eu respondi, me perguntando aonde ele queria realmente chegar.

- Mas joga bastante, não é mesmo?

- Com os amigos, sim.

- Aposta muito dinheiro? Ganha muito com isso? É viciado em jogo?

- Não, senhor – eu me defendi, meio assustado.

- Tem levado a minha menina para jogar pôquer com os seus amigos? – ele acusou, elevando o tom de voz.

- Não! – eu respondi, quase surtando. Será que ele sabia do strip poker da semana anterior?

- É o que veremos, Potter ... É o que veremos.

It was just one night | Hinny Onde histórias criam vida. Descubra agora