Parte 2

13 4 0
                                    

***

20 de setembro de 2010

Marie estava em sua casa na Califórnia, empacotando os últimos pertences de seu falecido marido. Ela sobe em uma escada para pegar uma última caixa, na parte mais alta do guarda-roupa. A caixa está difícil de alcançar, ela se estica e estica e, quando consegue alcançá-la, acaba derrubando-a.

"Droga" - ela pragueja baixinho. Dentro da caixa há diversos papéis, ao que parece ser documentos, porém, um desses lhe chamou a atenção. Era um envelope de carta envelhecido pelo tempo, e ao pegá-lo, ela sentiu um estranho arrepio. Quando leu o remetente, ficou intrigada, "o que será que essa carta faz aqui", pensou, e, para acabar de vez com sua curiosidade, abriu o envelope e começou a ler os dizeres da carta.

 Quando leu o remetente, ficou intrigada, "o que será que essa carta faz aqui", pensou, e, para acabar de vez com sua curiosidade, abriu o envelope e começou a ler os dizeres da carta

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

***

Marie não sabia o que fazer, tanto tempo tirando conclusões precipitadas da situação, tanto tempo se perguntando o porquê de ele não a ter procurado, insistido no amor dos dois e ali estava a resposta: ele lhe tinha enviado uma carta, ele a havia esperado, ele tentou lutar pelo amor. Muitas perguntas se passam na cabeça dela. De onde veio essa carta? Como ela foi parar nos pertences de seu marido? E a mais importante, por que ela nunca sequer recebeu essa carta? Infelizmente essas são perguntas ficarão sem respostas, pois o único capaz de respondê-las, não está mais nessa terra.

Impulsividade nunca foi do feitio de Marie, mas quando se mexe com o coração, a história é diferente. Seria loucura pegar um avião, neste instante, para Nova Iorque e tentar reencontrar seu grande amor? Com toda certeza, afinal, o que ela espera encontrar lá? Ela espera que ele ainda esteja pacientemente a esperando? Seria loucura! 50 anos se passaram. Ele pode estar casado, pode ter formado uma família, pode nem se lembrar mais dela, ele pode estar... morto - não, ela não quer pensar nisso. Mas ela não seria capaz de dormir sem saber como ele está hoje em dia, seria?

***

Além do tempo | Concluído Onde histórias criam vida. Descubra agora