Foi aqui que pediram fanfic erótica vampiresca, meus cactos?
Quero e vou dedicar essa fic às luazinhas do Twitter.
Amo vocês, ruma de PRAGAS SAFADAS!Meu agradecimento especial à manipeira mais gostosa do fandom que me ajudou com a capa, old que estou falando da Anny (@HopeSariettes).
Obrigada, gostosa!
Sem mais delongas, simbora ler a fanfic.
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ANDRADE
Estranho seria se eu não a odiasse.
Nossos clãs eram inimigos desde os primórdios da existência de nossa espécie.
A rivalidade era incontestável, as batalhas lendárias e o motivo inicial completamente oculto.
Apesar da rixa perdurar por milênios, nenhum dos Originais ousava mencionar a razão pela qual os Andrades e Freires deveriam se odiar em primeiro lugar.
Os novatos, após o renascimento, eram imediatamente doutrinados a tratar o clã adversário como rival sem questionamentos.
As lendas humanas narravam versões cômicas e patéticas sobre os vampiros, mas a verdadeira história por trás da maldição da imortalidade surgiu em decorrência de um embate entre deuses, bruxas e humanos.
Meu pai foi um dos três humanos amaldiçoados pelos deuses por desafiarem sua autoridade, condenados a vagarem pela eternidade sobrevivendo exclusivamente de sangue.
Os Originais, como eram chamados, foram abençoados após a maldição, desenvolvendo habilidades especiais sobre-humanas, além das inerentes a todos os vampiros, graças aos encantamentos das bruxas que não concordavam com a punição severa dos deuses.
Sendo assim, apenas os vampiros renascidos por um Original teriam o que nós denominávamos de dom-original, pois descenderia diretamente de uma linhagem de vampiros tida como pura.
Minha mãe era uma camponesa comum que foi seduzida e acabou gravida de um vampiro.
Durante o meu nascimento, a fragilidade do corpo humano não suportou o parto de uma criatura amaldiçoada, o que ocasionou o seu falecimento.
Fui criada como órfã até atingir a maioridade, mas pouco me recordava dessa época. Depois de tanto tempo de imortalidade, tal período parecia agora uma vaga lembrança.
Desde a minha transformação, no ano de 1891, quando aos vinte e nove anos tomei conhecimento da minha verdadeira árvore genealógica, fui treinada para me tornar líder do clã Andrade um dia.
Muitos anos se passaram sem que eu cogitasse assumir tal posto, afinal somente a exterminação do líder do clã passaria a “coroa” para um descendente e matar um Original não era uma tarefa tão simples.
Tamanha foi a minha surpresa quando na virada do século XX para o XXI, Érick Andrade, o terceiro Original, foi esquartejado por um caçador de vampiros, cujo coração eu fiz questão de arrancar com minhas próprias mãos após drenar todo o sangue quente corrente em suas veias.
Não que meu genitor tenha sido um pai amoroso, ou que eu sentisse o luto pela sua morte, muito pelo contrário, não havia nenhum resquício de qualquer tipo de sentimento afetivo em nossa relação e, consequentemente, sua derrota não significava absolutamente nada para mim além da óbvia transferência de liderança do clã.
O órgão do caçador, no entanto, serviria como um lembrete palpável do ódio que eu cultivaria por Juliette Freire até o último dia da minha mísera existência na Terra, considerando que, por sua culpa, nós estávamos prestes a entrar em guerra contra os humanos.
A principal razão pela qual eu a odiava tanto não era a iminente batalha, mas sim porque somente aquela vampira dos infernos parecia ser capaz de despertar meus sentimentos mais profundos.
FREIRE
Odiá-la era tão natural quanto esbarrar em um vampiro sondando um humano desavisado perambulando pelos becos e vielas escuras da cidade durante a madrugada.
Não lembro exatamente quando a vi pela primeira vez, mas recordo que a primeira impressão que tive foi a de que ela certamente seria um ser desprezível e odioso mesmo sem os dons vampirescos adquiridos através da transformação por um Original.
Éramos seres naturalmente sedutores e atrativos, mas sua pose soberba e nitidamente convencida era extremamente irritante, mesmo para uma vampira.
Sarah achava que era a rainha da nossa espécie e que suas determinações deveriam ser acatadas por todos como uma ordem absoluta, o que só piorou após a derrota do líder Original Andrade e sua ascensão na hierarquia no clã.
Assim, ainda que a rivalidade entre nossos clãs não existisse, eu certamente a odiaria profundamente.
Nossas histórias eram bem parecidas: descendentes de Originais, portadoras do dom e futuras líderes dos respectivos clãs.
Porém, nossa maior diferença residia no fato de que eu havia tomado o lugar de líder do meu próprio clã ao exterminar o anterior - meu criador, Alec Freire, o primeiro Original - com o auxílio de um caçador de vampiros.
Há anos, poucas décadas após a minha transformação em 1889, comecei a questionar as práticas sanguinárias dos vampiros e aderi uma nova forma de sobrevivência ingerindo apenas sangue animal.
Pelas minhas crenças e convicções, não havia sentido continuar matando seres humanos inocentes para saciar momentaneamente uma sede que nunca seria plenamente satisfeita.
Poderia parecer loucura, mas o fato de eu habitar a pele de um monstro não significava que eu gostaria de permanecer sendo um pela eternidade.
Entretanto, quando me rebelei expressivamente contra as tradições, Alec foi severo e irredutível em sua punição, obrigando-me a tomar sangue humano durante décadas e odiá-lo tanto quanto eu odiava a maldição da imortalidade.
Após cinquenta anos, minha vingança finalmente se concretizou quando a estaca de carvalho branco foi fincada no buraco onde deveria supostamente existir um coração.
Entretanto, algumas consequências desastrosas haviam decorrido da recente morte dos dois líderes Originais: os humanos sabiam, sem sombra de dúvidas, sobre nós.
Como?
Resumidamente, a morte do caçador de vampiros responsável pelo extermínio do primeiro e do terceiro Original direcionou todos os alertas vermelhos para nossa existência, já que Sarah não foi exatamente um exemplo de descrição ao arrancar o coração do indivíduo após mordê-lo na frente de centenas de pessoas em plena virada do século enquanto ele me caçava.
Sim, aquela idiota inconsequente havia exposto nosso mundo ao impedi-lo de me matar.
A principal razão pela qual eu a odiava tanto não era sua postura prepotente característica, mas porque somente aquele diabo loiro parecia ser capaz de satisfazer meus desejos mais obscuros.
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Uma mordidinha em vocês!
Volto mais tarde com o início da put4ri4... 🥵
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Imortal
FanfictionSarah Andrade e Juliette Freire são inimigas capitais desde o "renascimento" como seres imortais. Pertencem a dois, dos três, clãs de vampiros mais poderosos do mundo, cuja rixa milenar perdura até o século XXI. Porém, com a iminente guerra contra o...