Voltei, fanfiqueiras!
Antes de tudo, quero agradecer por cada comentário e por todo carinho de vocês com a fic, especialmente quem abraçou essa loucura comigo lá no começo e se manteve até aqui.
Imortal começou como um experimento despretensioso no mundinho DS, sem projeção nenhuma, mas acabou se tornando algo muito maior e mais profundo do que eu imaginava, além da boa e velha putaria que todas nós amamos.
É com muito pesar que informo a hora de dizer adeus, espero que essa história tenha alcançado e marcado alguém da mesma forma que ela me marcou...
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FREIRE
Nunca pensei muito em como iria morrer e apesar de odiar a eternidade concedida pela Imortalidade, especialmente nas atuais circunstâncias, jamais me ocorreu a ideia de acabar com aquela maldição de uma vez por todas...
Até agora.
Durante décadas de existência indesejada, havia algo que me impedia de colocar um ponto final na minha própria história.
Algo não, alguém.
Mas não qualquer pessoa, ela. Somente ela.
Sarah.
Minha força e minha ruína, o equilíbrio perfeito entre a paz e o caos.
Meu primeiro, único e verdadeiro amor.
Após a sua partida, foi como se o restante de luz existente em minha alma degenerada tivesse sido tomado pelas trevas do luto.
Um corte sangrento dolorosamente aberto bem no meio do meu peito, que parecia aumentar de tamanho à medida que as horas passavam e a realidade de que ela não estava mais lá seguia imutável.
Eu sabia o que aquilo significava, eu sabia o que precisava ser feito.
Aonde quer que ela fosse, eu também iria.
A sensação de infelicidade e vazio era tão grande que levei três dias para finalmente sair do torpor causado pela sua ausência e do quarto escuro e gelado onde vivemos nossos últimos instantes.
Juntas fomos infinitas dentro daqueles dias limitados, nosso amor era inimigo do fim.
Atender ao derradeiro desejo de Sarah havia sido um suplício, recusava-me terminantemente a deixá-la ir, mas não havia nada que eu não fosse capaz de realizar por ela.
No fim, restou-me apenas as lembranças do último beijo, do último toque, da última vez que fizemos amor, os resquícios do seu perfume em cada cômodo da nossa casa, o timbre rouco da sua voz cansada ecoando em meus ouvidos e uma urna de cerâmica com as cinzas do que um dia foi a mulher da minha vida.
Eu a amei, sem me dar conta, desde a primeira troca de farpas e continuarei amando além de qualquer explicação lógica, ou humanamente compreensível.
Pelos meus longos anos de vivência, asseguro que não há sofrimento, ou castigo maior do que o de ser condenado a continuar vivendo sem uma razão para viver.
Fato que me trouxe exatamente ao lugar onde eu me encontro agora: Mônaco, França.
Mais precisamente, minha última localização na Terra sem ela.
Segundo informações, Monte Carlo abrigava uma caçadora de vampiros.
Eu havia passado os últimos dois dias observando sua movimentação pela Vila e aguardava o momento mais oportuno para me apresentar a ela.
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Imortal
FanfictionSarah Andrade e Juliette Freire são inimigas capitais desde o "renascimento" como seres imortais. Pertencem a dois, dos três, clãs de vampiros mais poderosos do mundo, cuja rixa milenar perdura até o século XXI. Porém, com a iminente guerra contra o...