Dúvidas

14 3 0
                                    

Após fugirem do monstro no prédio e fugirem da cidade, Arthur prosseguiu com seu novo conhecido, Howl, um homem de mais ou menos 1,72 de altura, de pele escura e sem cabelos, além de usar uma calça cargo beje, uma bota e uma camisa preta. Eles se encontravam em um grande deserto sem fim, apenas areia e destroços do que um dia foi a civilização moderna estavam largados em um horizonte vazio. A noite estava prestes a cair e eles se refugiaram embaixo de pedaços de concreto que estavam enfincados na areia, um em cima do outro. Após Howl conseguir fazer fogo com itens de sua mochila, ele quebra o silêncio:

- Mas, e aí? Como você foi parar lá?
- Como assim? - Arthur diz um pouco confuso
- Como você chegou naquele apartamento? Até onde eu sei, ou sabia, ninguém mora mais nas antigas ruínas.
- Ah, sinceramente, eu não sei... Eu não me lembro de nada antes de hoje.
- Pesado...

O silêncio paira por alguns segundos

- Mas relaxa meu mano, vou te levar pra onde a minha comunidade fica e a gente vai te ajudar. Você só precisa me ajudar a chegar vivo lá também! - Howl diz mostrando um grande sorriso e soltando uma risada.
- Ah, valeu cara... - Arthur, então, se dá conta do que acabou de ouvir - Pera, tem mais gente? Por que a gente não chegaria vivo? Tem mais coisas como daquela?
- Opa, opa, opa cara, calma, uma coisa de cada vez! - Howl diz ainda sorrindo - Primeiro, sim, tem mais gente por aí, meu grupo fica em uma cidadezinha perto daqui, mais ou menos. Segundo, temos perigos pelo caminho, esse deserto é escasso, quente de dia, frio de noite e sim, tem muitos outras "coisas" como aquela, chamamos de Corredores, mas tem outros tipos.

Arthur olha para o chão, um pouco espantado, são muitas informações de uma vez só.

- Cacete... O que aconteceu com esse lugar? - Ele pergunta a Howl
- O mundo virou uma bagunça depois que os antigos governos do mundo começaram a querer provar quem tinha mais poder, um deles teve a brilhante ideia de criar tipo uns soldados mais fortes, rápidos e outras brisas com experimentos mirabolantes lá e... Basicamente deu errado - Ele diz com uma risada forçada no final.
- Que merda.
- Põe merda nisso meu mano, agora come aí e vê se você se mantêm acordado. Eu preciso dormir e alguém precisa ficar de olho aí.
- Pe... Pera! O que eu faço se um monstro daqueles aparecer?
- Mata ele ué.
- Eu não sei como fazer isso cara!
- A cabeça é o ponto fraco meu mano - Ele diz se deitando com os olhos fechados.
- Mas...
- Cara, relaxa aí, a chance de eles aparecerem aqui no meio do nada é praticamente zero.

Arthur consente, mas se mantêm apreensivo por horas. Ele tentou se manter acordado, o que foi fácil nas primeiras horas, dado que ele estava dormindo a um bom tempo antes de despertar nessa nova vida, se é que dá pra chamar de vida. Entretanto, algumas horas no meio da madrugada, Arthur acabou cochilando e de repente teve um sonho, estava tudo escuro, mas ele podia ouvir uma voz:

"Ah, Arthur, por que você não acorda? Eu estou tão sozinho sem você aqui cara. Eu só tenho você e mais ninguém, não tem ninguém nessa cidade além de nós e mesmo assim os recursos são poucos e menores a cada dia... Acorda logo irmão, por favor..."

Ele acordou no susto com a visão de Howl olhando para ele de perto.

- AAH!!! Desgraçado!

Howl solta uma gargalhada

- Mano, você tinha que ver a sua cara - diz ainda rindo
- Eu quase te dei um soco, você é esquisito.
- É, dizem muito isso, mas eles me amam. Bora? Aproveitar que tá cedo e não é tão longe.
- Vamos...

Eles continuam sua caminhada, passam por dunas e mais dunas daquele infindável mar de absoluto nada além de mais destroços e ruínas antigas e, com sorte, nenhum Corredor ou mais daquelas "coisas". Poucas horas depois, chegaram a uma imensa duna e começaram a escalar e subir, Howl chegou ao topo primeiro, Arthur chegou logo atrás, e ouviu:

- Chegamos, é ali.

Ele chega ao lado de Howl e vê uma espécie de cidadezinha com muros de metal, casas e um casarão ao centro com pessoas adultas e até crianças caminhando, também vê aparentes soldados.

- Seja bem vindo ao meu lar, Hopeland.

Horizonte ErmoOnde histórias criam vida. Descubra agora