Inclinei meu tronco sobre a cama, deixando alguns lençóis escorregarem pela cama enquanto eu me espreguiçava. Gemi dolorido ao sentir meu corpo inteiro latejar e meus músculos doerem.
Cocei os olhos e percebi que Jeongin já não estava mais ali, o que não era anormal.
Estávamos há algumas semanas naquela relação indefinida em que Jeongin passava algumas noites aqui, fazíamos sexo e depois ele ia embora.
Era compreensível, já que ele tinha faculdade e precisava ir para sua casa se arrumar. Então eu não me importava.
Praticamente me arrastei até o banheiro, ligando o chuveiro e entrando dentro do box enquanto a água quente caía em meu corpo dolorido. Pude ver meu corpo completamente marcado e roxo quando passei em frente o espelho, analisando meu reflexo.
Por sorte estávamos no inverno, podia facilmente cobrir com roupas. Caso contrário, teria descido o cacete em Jeongin por não ter o mínimo de decência de não me marcar em áreas naturalmente expostas como meu pescoço e braços.
Assim que terminei de lavar meu corpo, desliguei o chuveiro e me enrolei na toalha, pegando meu celular – que repousava em cima da pia – e checando as horas.
– Oh merda! – resmunguei ao perceber que estava quase na hora de ir pegar o metrô.
Corri para o quarto e enfiei em meu corpo a primeira roupa quente que encontrei. Arrumei minha mochila com o uniforme do trabalho e enfiei cuidadosamente o quadro mediano que Jeongin havia feito para minha vó.
Ele lamentou muito não poder ir entregá-lo pois estava em semanas de prova e não poderia faltar.
Assim que terminei de me aprontar, corri para fora do apartamento e tranquei a porta antes de partir. Estava com um pouco de fome, porém não iria dar tempo para comer algo então comeria algo fora antes de ir para o asilo.
– Bom dia, senhor Kim! – saudei o senhor de idade, que me sorriu gentilmente e acenou de longe para mim.
Meu corpo dolorido estava inconformado por ter que correr contra o tempo para não perder o horário do metrô. Minha vó estava muito animada para ver o quadro e me mataria se eu não chegasse a tempo do horário de visitas.
Meu peito já doía por conta do ar gelado entrando rapidamente em meus pulmões e pude me recuperar quando consegui entrar na locomotiva antes das portas se fecharem.
Me apoiei em uma das barras de ferros e ofeguei, tentando normalizar minha respiração. Vi de longe Jeongin, sentado no meu lugar enquanto acenava para mim.
Caminhei até ele e cerrei os olhos, fazendo o garoto levantar na mesma hora e ir para o banco da ponta, deixando-me sentar na janela.
– Acordou tarde, bebê? – ele perguntou, colocando um de seus braços em meu ombro e beijando minha bochecha.
Sorri minimamente, sentindo meu coração acelerar brevemente.
– Sim, achei que ia perder o horário. – resmunguei, virando o rosto para encará-lo enquanto apoiava a cabeça no banco.
– Queria poder ir com você. – Jeongin comentou, fazendo um beicinho nos lábios e imitando minha posição enquanto me fitava de volta.
– Outro dia talvez... Estudou para suas provas? – questionei, percebendo as olheiras arroxeadas abaixo dos seus olhos e suspirei. – Você está dormindo direito?
– Mais ou menos, durmo bem quando durmo com você. – o garoto sorriu ladino e minhas bochechas esquentaram. – Mas lá em casa é gritaria vinte quatro horas por dia, então acabo ficando estressado e com insônia.
– Seu pai ainda está morando com vocês?
– Sim, se recusa a sair de casa. Diz que a casa é dele, que ele que comprou e que se estamos incomodados e para nós sairmos. – ele respondeu com um leve rancor, suspirando com chateação enquanto pressionava os olhos. – Felix está tão mal, ele chora quase o dia inteiro e isso está me matando. Não gosto de ver meu irmão assim.
Mordi a parte interna da bochecha e suspirei junto com ele, não sabendo muito bem o que dizer para lhe confortar. Nunca tinha passado por uma situação daquelas, então era um pouco difícil para mim.
– Sinto muito, Jeonginnie. – resmunguei, abraçando desajeitadamente o seu corpo.
Jeongin sorriu e apoiou seu rosto na curva do meu pescoço, deixando alguns beijinhos em meu maxilar.
– Hoje é sexta, podemos passar o final de semana juntos? – Jeongin pediu depois de um tempo em silêncio, me olhando com as bochechas coradinhas e os olhos pidões.
Soltei uma risadinha e fingi pensar.
– Não sei não... – murmurei, fazendo Jeongin fechar a cara no mesmo instante.
– Por favorzinho, Hyun... Faço massagem em você. – ele subornou.
– Ah, então sim. – sorri.
Abri minha mochila e entreguei a chave do apartamento para ele.
– Vou chegar por volta da meia noite, você pode ir para lá antes se quiser.
– Tá bom, eu irei jantar fora com os meus pais. – ele suspirou revirando os olhos. – É com um sócio do meu pai então temos que manter e fama de família unida. Mas enfim, de qualquer forma irei chegar antes de você.
Jeongin se levantou, olhando para a janela e eu o acompanhei, percebendo que já havíamos chegado em nosso destino.
Como íamos para direções contrárias, nos despedimos ali mesmo.
– Até mais tarde, bebê. Mande beijinhos meus para sua avó. – Innie falou, descendo sua mão para minha cintura enquanto me olhava sorridente.
– Boa sorte com sua prova. – murmurei, sentindo os lábios de Jeongin se colarem aos meus segundos depois.
oi filhotinhos, desculpem a demora para postar o capítulo. Eu estava zero animação semana passada então acabei esquecendo de postar a segunda att da semana.
vou tentar postar mais dois capítulos ainda essa semana, talvez saia um pela madrugada pq gosto de escrever antes de dormir.
postei uma fanfic hyunknow em meu perfil, caso queiram dar uma. olhadinha. (•ө•)♡
mommy ama vocês <3
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drawings in a subway • hyunin
Fanfic[𝐂𝐎𝐌𝐏𝐋𝐄𝐓𝐀][+16] Jeongin era um veterano da faculdade de artes e Hyunjin um garçom aspirante a escritor. O que eles tinham em comum? Absolutamente nada além do metrô que pegavam para ir até a zona sul da cidade e o sonho de um dia serem recon...