Capítulo 130

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Mariana P.O.V

Seu celular apitava e vibrava com notificação de mensagem a cada um minuto. E a cada vez que soava, a cara do meu marido piorava, assim como desde o nosso beijo. Desisto de ignorar, e desbloqueio a tela vendo que são mensagens do Ricardo.

- Soube da novidade? 

- A chefe do hospital
já te ligou? 

- Estou de plantão,
devo demorar para
responder.

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Sorri com a suas mensagens, mas só percebi que fiz isso quando o Rafa estalou a língua bravo com algo, mas sentia dentro de mim que esse algo era o meu sorriso para o celular. Pressiono meus lábios um no outro, e respondo as mensagens, dizendo que soube pela Dany e que a chefe do hospital ainda não me ligou e que falaria com ele melhor depois.

- É só..- tento avisar.

- Não perguntei quem é..- ele me cortou ao seguir com o carro quando o sinal verde abriu. 

Respiro fundo, e decido deixar essa passar. Deixo meu celular entre as minhas pernas de novo, e observo a rua que estamos passando. Minha padaria favorita entra no meu campo de visão, e a observo quieta.

- Quer alguma coisa de lá? - a pergunta dele me faz sorrir interiormente, mas não deixo nada transparecer.

- Eles não vendem nada que te faça tirar essa cara de bravo, então não..- digo, torcendo para que ele esboce algo, e pressiono meus lábios um no outro quando ele vira o volante na curva, entrando no estacionamento da padaria.

Ele para o carro, o estacionando. Permaneço quieta, apenas olhando para a vista da minha janela. Sinto o olhar dele em mim, mas não me viro para o olhar.

- Vai vir ou não? - perguntou tirando o cinto.

- Vai ficar com essa cara pra mim lá dentro? - retruco tranquila, ao me virar para ele. 

- Vai ter que vir para saber..- disse, sem me olhar ao sair do carro. Molho meus lábios, o assistindo fechar a porta, e me surpreendo quando ele abre a minha porta, e gesticula para que eu saia.

Assim que piso fora do carro, ajeito meus jeans no meu corpo. Passo a mão pela camisa, a arrumando também, e ouço quando ele trava o carro. Jogava meus cachos para trás quando sinto a mão do Rafa pegar na minha para andarmos juntos e de mãos dadas. Na porta de entrada, sua mão desliza para a minha cintura, me direcionando para dentro do lugar fresco pelo ar condicionado.

Escolhemos alguns duas fatias de torta, e alguns pães, mas fomos avisados que um dos pães ainda está no forno. Meu marido avisou que íamos aguardar lá mesmo, na área das mesas. Sua mão me guiou e sinalizou para que eu me sentasse perto da janela, e ele se acomoda ao meu lado, mas fica com a atenção na rua um pouco movimentada.

- Amor, não me ignora..- peço baixo, finalmente recebendo a sua atenção - Eu me expressei mal, fiz uma péssima escolha de palavras naquela hora, eu não..-

• Everything we shouldn't do is better • (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora