New Beginning [Temporada 2]

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Estávamos na fila do drive, para pegar nossos pedidos, Theo pediu um hambúrguer e eu pedi batata frita e milkshake, após pegarmos as coisas ele parou no estacionamento, que por conta do horário estava completamente vazio.

-Se você derrubar alguma coisa eu te mato.-Ele falou enquanto eu tirava as coisas da sacola.

-Mas aí você só vai sujar o carro todo de sangue-Dei de ombros.- Sabe você devia lavar seu carro, quem sabe assim o cheiro horrível do seu perfume saia dele.

-O meu perfume é ruim? O seu é tão doce que poderia me dar diabete.

-Mas você gosta.-Eu falei e ele me encarou.

-Para de ler a minha mente.

-Eu não li a sua mente.-Eu sorri e ele me encarou por alguns instantes e depois voltou sua atenção para seu hambúrguer.

-Porque é tão difícil para você confiar em mim?-Ele falou de repente.

-Se eu confiar em você e depois estiver errada, eu que vou acabar saindo machucada.-Eu disse e ele ficou em silêncio por um tempo, e depois virou seu rosto para mim.

-Sabe, eu queria ser amado e acabei caindo na tentação de ser temido, na época aquilo fez sentido para mim.-Ele começou e eu me virei, para ficar de frente para ele.- Eu tinha inveja do Scott, de tudo que ele tinha, tudo que ele conseguiu e eu estava tentando conseguir.... No começo eu realmente desejei o poder, e a morte de todos..... Quando percebi que o que eu estava fazendo não era certo, foi tarde de mais.-Ele parou de falar e eu coloquei minha mão sobre a dele, sem perceber.-Quando eu fui arrastado para aquele buraco, eu vivi todos os pesadelos possíveis, até que Liam me tirou de lá, mas os pesadelos nunca deixaram de vir e eu apenas aceitei, porque sei que no fundo eu mereço, por tudo que eu fiz, e eu não posso mudar isso, mas eu posso tentar ser melhor e é isso que eu estou tentando fazer.

Eu fiquei em silêncio por um tempo, "você não precisa dizer nada" a voz dele ecoou na minha cabeça, eu conseguia sentir como ele se sentia em relação a isso, como doía, e como ele realmente se arrependia, eu abri a boca para dizer algo mas então vi uma coisa do lado de fora da janela, Theo percebeu minha mudança de expressão repentina e virou seu olhar para fora também.

Tinha quatro carros, totalmente pretos, nos cercando, e no carro que estava parado na nossa frente desceu uma pessoa, que pela musculatura parecia um homem, ele estava com roupas pretas e não deu para ver direto seu rosto, Theo ameaçou sair do carro mas eu segurei seu braço.

-Não sabemos quantos deles tem lá fora.-Falei sem tirar os olhos do homem, que permanecia parado.

Theo levou a mão para a chave devagar mas antes que ele pudesse ligar o carro, o homem pegou uma arma e atirou contra nós, era uma flecha, mas ela não atravessou o vidro do carro ela apenas se colou nele, e uma luz parecia estar piscando na ponta.

-Vai explodir.-Theo falou arregalando os olhos.-SAI.

Abri a porta do carro e me joguei no chão ao mesmo tempo que a flecha explodiu, escutei um zumbido no ouvido, abri os olhos com dificuldade e levei a mão na testa, que estava cortada, vi Theo correr para cima do homem em sua forma de coiote.

Eu me levantei com dificuldade, então gritei de dor quando senti alguma coisa me acertar no ombro, minhas pernas balançaram, uma mulher tinha me acertado pelas costas, ela retirou a flecha do meu ombro e me virou de frente, agarrando meu pescoço, respirava com dificuldade, e senti o ar faltar em mim, apertei o braço da mulher que estava me segurando, e ela comecou a ficar com falta de ar, e se afastou cambaleando para trás, eu corri até o Theo, tinha dois homens no chão ensanguentados, com a respiração quase falhando, os outros carros tinham ido embora e logo depois a mulher que tinha me atacado também.